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Curtas e grossas – Câmara Municipal

qui, 26 de fevereiro de 2015 00:01

abertura Direito e Justiça

·    Ao todo, são 17 (dezessete) os nossos preclaros Vereadores. Hoje, penitencio-me por haver defendido o acréscimo de 6 (seis) vagas. A QUALIDADE DESPENCOU.

·    Todavia e pelo que me consta, há somente 1 (um) Vereador-Presidente, cujo mandato é de 2 (dois) anos. Então, por que todos se intrometem a falar alhos e bugalhos na mídia, adentram de chofre nas repartições públicas, arvoram-se em fiscais disso e daquilo?  E, POR VEZES INTIMIDAM E ATÉ AMEAÇAM?

·    O que vemos ainda? Um punhado de desarvorados Edis, a toda hora e sem melhores critérios que não os pessoais, indo e vindo alhures, entrando e saindo da sede do Ministério Público, por vezes de forma desnecessária, abjeta e subserviente, levando assuntos e problemas que são unicamente seus como representantes eleitos do povo, REPRESENTANTES QUE DEVERIAM BUSCAR SER DE FATO, EM EFICIÊNCIA E QUALIDADE.

·    Passa da hora: o atual Presidente denota sentir-se incomodado com “essas estranhas e impertinentes atuações externas”, nem sempre a ele avisadas e indisciplinadas de alguns dos seus pares. Podem eventualmente até beneficiar ou aparentemente resolver problemas pontualmente, ou seja, aqui e ali, mas que subvertem, sim, a harmonia organizacional do Poder Legislativo. Toda essa situação faz parecer que a Casa de Leis local possui múltiplas cabeças dirigentes e deliberativas, no final das contas, COMO SE FOSSE UMA HIDRA DE LERNA.

·    A HIDRA DE LERNA (mitologia grega) era um dragão que possuía 7 (sete) cabeças; se cortadas uma a uma, renasciam. Foi destruída por Hércules, que, de um só golpe, cortou-lhe todas as cabeças. Assim também deveria fazer o Vereador-Presidente: DE UMA SÓ VEZ, CORTAR TODAS AS CABEÇAS DA SUA INCÔMODA HIDRA DE LERNA.

·    A roupa suja deverá ser lavada interna e urgentemente.  Isto, se o Vereador-Presidente quiser preservar intactas as suas atribuições legais. POIS, EM CASO CONTRÁRIO, DEIXARÁ A BAGUNÇA SEGUIR COMO ESTÁ.

·    Enfim, resido em Araguari desde 03.07.1984, portanto, há mais de 30 (trinta) anos. Jamais pude perceber UMA LEGISLATURA TÃO ATABALHOADA E PROBLEMÁTICA (PARA NÃO SE DIZER MAIS …).

P. S.: Próxima:
“Pugilato político – Prefeito versus “seu” Vice-Prefeito.”

Impiedade Castigada

No palácio da princesa de Lorena, havia frequentes reuniões, compostas geralmente de pessoas que se distinguiam pelo saber, por suas virtudes, ou pelo prestígio das posições elevadas que desfrutavam.

Lá foi ter, um dia, o célebre matemático d’Alembert, homem sem crença religiosa, amigo íntimo de Voltaire. Professando as mesmas doutrinas desse filósofo, desejava propagá-las entre as pessoas mais importantes e, quando o salão da ilustre princesa se apresentava repleto de convidados, o impiedoso homem vangloriou-se publicamente das suas opiniões irreligiosas, dizendo:

– Sou eu o único, neste palácio, que não crê em Deus e por isso não o adora!

Justamente revoltada com essas irreverentes palavras, a princesa de Lorena replicou-lhe com desassombro:

– Engana-se, senhor d’Alembert. O senhor não é o único que, neste palácio, não crê em Deus, nem o adora.

– Julgava-me sozinho e tenho companheiros — replicou o ateu. Quem são os outros, senhora princesa?

– São todos os cavalos e cães, que estão nas cavalariças e pátios deste palácio.

– Assim me iguala aos irracionais — tornou d’Alembert, com indisfarçável ironia.

– De modo algum — discordou a inteligente princesa. Bem sei que os irracionais, embora tenham a desgraça de não conhecer nem adorar o Ser Supremo, não têm, todavia, a imprudência de vangloriar-se disso.

As palavras irrespondíveis da princesa de Lorena deixaram o vaidoso incréu confuso e humilhado.

FONTE:        Lendas do Céu e da Terra; Malba Tahan.
Editora Record, 19ª Edição, pág. 52.

·        Rogério Fernal:  Juiz de Direito aposentado. Ex-Professor Universítário de Direito, Advogado militante, Mestre Maçom, conferencista e articulista.

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