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Criança de 12 anos relata atos de abuso sexual sob a permissão da mãe

sáb, 6 de setembro de 2014 02:12

DA REDAÇÃO – O relato de uma infância interrompida pela mentalidade de quem, a princípio, deveria educar. Da voz de uma menina de 12 anos, as cenas de abuso sexual circulavam por aqueles que a ouviam na sala de uma escola municipal de Araguari. Depois de somar diversas faltas durante as aulas, o motivo veio à tona.

Em contato com a diretora da instituição, a menor relatou que ela e sua irmã, de 14 anos, deixavam de ir à escola com frequência para visitar um senhor de 63 anos. Sem a companhia da mãe, elas relataram a lembrança de quando o homem injetava uma seringa nas veias antes de entrar para o quarto com uma delas. Quem estava de fora, tinha direito a drogas e refeições.

De acordo com a menor, a família se desloca para o endereço todos os fins de semana, além de determinados dias úteis. Em algumas ocasiões, a filha mais nova da mulher, de apenas cinco anos, chega a acompanhá-las. A cada visita, as menores recebem a quantia de R$ 10,00, enquanto a mãe embolsa R$ 20,00.

Conforme apurou a reportagem, as crianças são de pais separados, enquanto o pai da filha mais nova é mantido em um presídio. Diante do relato, as equipes do 53º Batalhão de Polícia Militar se deslocaram até a residência do suposto autor, que autorizou a entrada da guarnição.

Dentro do imóvel, detalhes relatados pelas menores apareciam sob os olhares dos militares. Seringas nos banheiros, um par de brincos e o nome de uma das menores escrito ao lado da cama do morador. Indagado, o suspeito alegou sofrer de diabetes, mas não soube explicar sobre o restante dos materiais.

Depois de deixar o endereço, a viatura conseguiu encontrar a mãe das menores. Durante reunião na escola municipal, situada no bairro Novo Horizonte, a genitora afirmou à direção, militares e aos integrantes do Conselho Tutelar, ser ela quem mantém relações com o suspeito. No entanto, a alegação foi desmentida pela avó das crianças, que teme pelas condições das netas, principalmente a mais nova.

Na casa da mulher de 28 anos, uma motocicleta foi encontrada com o nome do suspeito. Conforme apurou a reportagem, ele é reincidente na infração. O caso ocorreu no começo do ano, quando as menores de 12 e 14 anos acabaram apreendidas como usuárias após a localização de drogas dentro da casa da mãe.

De acordo com o Conselho Tutelar e a Polícia Militar, a falta de provas e do flagrante impede a prisão do suspeito, que segundo a PM, deve ter o caso repassado ao Ministério Público. Apesar disso, a delegada da Delegacia de Proteção à Mulher, ao Idoso e ao Adolescente, Paula Fernanda de Oliveira, garante que novas providências serão tomadas.

“Iremos instaurar um inquérito para apurar o fato e, dependendo da gravidade, tomaremos as medidas cabíveis. Até então, a ocorrência não havia sido passada para a delegacia, mas a partir do momento que recebermos iniciaremos o processo para garantir a saúde e a segurança das crianças”, ratificou.

3 Comentários

  1. antonio disse:

    É com os olhos cheios de lagrimas e com um nó na garganta, que eu me pergunto até que ponto chega uma pessoa dependente de droga, usando as próprias crianças. O que me doí muito é pensar que essas crianças vão sofrer o resto de suas vidas com traumas psicologicos das lembranças macabras, que eram obrigadas pela pessoa que deveria estar apenas abaixo de DEUS na sua proteção. Alguém, por favor alguém nessa cidade ajude essas crianças a se libertar dessa mulher.

  2. SIRLENE PEREIRA DE ARAUJO disse:

    FALTA DE PROVAS E FLAGRANTE? TENHA SANTA PACIÊNCIA….O DEPOIMENTO DAS MENINAS,NOME ESCRITO DE UMA DELAS,PAR DE BRINCOS,PELO AMOR DE DEUS NÉ? ATÉ OS POLICIAIS NOTARAM OS DETALHES CONTADOS PELAS MENINAS,QUE LEI MAIS DO QUE ULTRAPASSADA,EU ACHO QUE DEVERIA TER PRENDIDO ELE SIM.PELO MENOS DURANTE AS INVESTIGAÇÕES,ESSE BABACA TARADO JUNTAMENTE COM A MÃE DAS MENINAS TINHAM QUE FICAR PRESOS SIM…

  3. camila disse:

    È possivel chamar uma mulher dessas de mãe? que isso…. que futuro terá essas crianças? que cabeça? olha o trauma piscológico que essas garotas sofreram e o pior com o apoio daquela que diz ser mãe. estou indiquinada com tao situação. aonde iremos parar

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