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Concurso que premia cafés de qualidade é lançado nessa quinta-feira

sex, 7 de julho de 2017 05:37

por Tatiana Oliveira

Inscrições devem ser realizadas na sede da Coocacer Araguari até o dia quatro de setembro

A Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado – Coocacer – de Araguari lançou na manhã de quinta-feira, 6, a segunda edição do Concurso de Cafés de Qualidade. A iniciativa tem como objetivo valorizar a produção de cafés especiais, proporcionando ao consumidor, através dos parceiros da premiação, a oportunidade de degustar os melhores grãos produzidos em Araguari, Indianópolis e região. “Isso faz com que os produtores sintam-se incentivados a melhorar toda a produção, não só o lote especial, mas todo o café acaba sendo cuidado de uma forma melhor”, afirma a superintendente da cooperativa Eliane Cristina Barbosa Cardoso.

Produtora rural entrega lote para avaliação na sede da Coocacer

Produtora rural entrega lote para avaliação na sede da Coocacer

 

Segundo nota oficial da Coocacer, “o concurso é uma ferramenta de valorização dos cooperados que se dedicam na produção de cafés de qualidade durante anos”. No ano passado, 24 amostras foram classificadas de um montante de 200 amostras realizadas, chegando a dez finalistas na última etapa do concurso. A solenidade final do concurso de Cafés de Qualidade de 2017 acontece no dia 19 de novembro.

Ao contrário do ano passado, o concurso irá trabalhar com micro lotes. “O café especial não é uma produção de grandes lotes, por isso resolvemos reduzir pela metade a quantidade de sacas exigidas”, afirma a superintendente. Neste ano, para se inscrever o produtor deve levar um lote de 10 sacas de 60kg de café beneficiado na cooperativa. “Só poderão participar cooperados, mas os interessados que ainda não fazem parte da Coocacer ainda estão em tempo de se unirem a nós e concorrer”, ressalta.

No total, serão distribuídos R$ 50 mil em premiações. O terceiro colocado receberá o valor de R$ 1.200 por saca, totalizando R$ 12 mil ao lote. O segundo melhor café ganha o prêmio de R$ 16 mil pelo lote, R$ 1.600 por saca. A grande premiação para o primeiro colocado ficou em R$ 2 mil a saca, recebendo um prêmio de R$ 20 mil. “Outra diferença é que neste ano a equipe de funcionários do produtor campeão irá receber R$ 1 mil e o funcionário da cooperativa que identificar o maior número de amostras que forem classificadas no concurso também receberá o mesmo valor”, afirma Cardoso.

A primeira análise é realizada pelos funcionários da Coocacer. Os lotes entram na cooperativa, é feita a análise física e sensorial das amostras, para avaliação do potencial de concurso de cada uma. É a primeira triagem de seleção desses cafés. Nesse momento é avaliada a singularidade do café, com características diferenciadas de acidez, corpo, sabor e até fisicamente”, afirma o consultor de café e degustador Rodolfo Carneiro. “O produtor precisa dar um aval para participar do concurso, pois pode acontecer de ele já ter feito um compromisso com o lote”, diz.

Apesar do concurso ser promovido pela Coocacer, ele não será executado por ela. “Tivemos um cuidado com a transparência do concurso. Contratamos empresas terceirizadas e independentes para fazer a gestão operacional e técnica do concurso. Nós entregamos as amostras e elas fazem toda avaliação e organização dessas amostras”, explica a superintendente.

O processo de seleção e avaliação será realizado pelas empresas Agrocert, de Patos de Minas, e Savassi, de Patrocínio. De acordo com o consultor de cafés Rodolfo Carneiro, a Agrocert conduz toda a avaliação de amostras. “Eles codificam para dar segurança e credibilidade para o concurso, provando que não há inferência alguma de nossa parte”. Junto a isso a Savasse faz a classificação das amostras. “Eles veem se o café está nos critérios do regulamento, fazem a torra, nos procedimentos seguindo o protocolo da Associação Americana de Cafés Especiais, e também o julgamento, que é a degustação depois nas xícaras”, acrescenta.

O vencedor do concurso no ano passado, o produtor Emerson Cândido Costa, afirmou à Gazeta do Triângulo que o prêmio trouxe visibilidade para sua produção. “Temos um café mais valorizado, o que aumenta a responsabilidade para esse próximo ano. Além da concorrência ser maior, temos também que manter o nível, não podemos ganhar e no outro ano não ter qualidade nenhuma”.

Conforme explicou o ganhador do ano passado, são diversos os detalhes que devem ser observados para produção do café especial. “São vários cuidados que precisamos ter na lavoura, desde a floração até a colheita e no pós colheita também. Então o processo que a gente faz no terreiro, na pós colheita, é tentando tirar a máxima qualidade do café”.

Neste ano, também acontece o lançamento nacional de um ou mais lotes classificados entre os dez finalistas por uma grande exportadora/indústria parceira da cooperativa. “O lançamento será uma edição especial de café torrado e moído em uma grande rede de supermercado com selo da Região do Cerrado mineiro, valorizando a região e o produtor escolhido”, afirma a superintendente da Coocacer. Cada saca será adquirida pelo valor de R$ 1 mil.

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