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Comunidade deve se atentar aos cuidados para eliminar criadouros do mosquito Aedes aegypti

qua, 31 de outubro de 2018 05:55

por Mel Soares

Neste mês de outubro, o departamento de Epidemiologia – Controle de Doenças e Zoonoses da secretaria de Saúde promoveu mais um LIRAa (Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti). O resultado foi de 2,0%, o que representa médio risco. A pesquisa anterior aconteceu no mês de abril, resultando também em médio risco, 3,3%. A análise mais preocupante foi registrada em janeiro, onde o índice foi 5,4%, de alto risco.

Dados foram repassados durante a 5ª reunião do Comitê de Enfrentamento e Combate ao Aedes aegypti

Dados foram repassados durante a 5ª reunião do Comitê de Enfrentamento e Combate ao Aedes aegypti

 

No último levantamento, a maioria dos depósitos (criadouros) positivos para o Aedes aegypti foi encontrada em recipientes de plásticos, latas e lixos, em geral, deixados nos quintais; além de vasos de plantas e bebedouros de animais.

Segundo informações do coordenador do departamento de Zoonoses, Vicente de Paula Marques de Oliveira, um novo método para identificar o índice de infestação foi implantado recentemente. Mais de 200 ovitrampas estão espalhadas pela cidade, em residências e pontos comerciais. Elas simulam o ambiente propício para a procriação do Aedes aegypti: um vaso de planta é preenchido com água, que fica parada, atraindo o mosquito. Nele, é inserida uma palheta de madeira, facilitando com que a fêmea do Aedes coloque os ovos. “Iremos organizar nossas ações de acordo com o índice de manifestação de cada localidade. Está sendo mais uma arma para direcionar as atividades de prevenção, sobretudo no período chuvoso”.

O coordenador aproveitou para destacar acerca de uma informação equivocada sobre os benefícios do bloqueio de transmissão, o chamado fumacê. Ele afirma que a utilização deste mecanismo apenas ocorre quando há indício de epidemia e que o encaminhamento é feito por meio do governo estadual. “Ele não pode ser utilizado fora destas circunstâncias, mesmo porque, causa impacto ambiental destruindo insetos importantes para o equilíbrio ambiental, como as abelhas.”

Tais informações foram divulgadas nessa terça-feira, 30, durante a 5ª reunião do Comitê de Enfrentamento e Combate ao Aedes aegypti, que tem a parceria de servidores da Saúde e outras secretarias, além de representantes de órgãos públicos e de bairros os quais participam dos encontros e socializam o conhecimento adquirido. “Estamos no período chuvoso, tempo crítico, em que são necessárias ações de combate ao mosquito por meio da eliminação de criadouros. A parceria dos Agentes Comunitários de Saúde tem sido muito importante, pois eles visitam as residências e tem repassado as orientações. As pessoas precisam além de ser informadas, serem sensibilizadas”, destacou o coordenador da Zoonoses.

A educadora em saúde, Maria Vitória dos Santos, também fez um alerta. “Trata-se de um problema que afeta a todos nós e precisamos ter os cuidados necessários e isso inclui a participação efetiva de representantes da comunidade e de órgãos públicos com o intuito de fazer parte das nossas discussões e das estratégias de combate”.

Ao final da reunião houve a recomposição do Comitê de Enfrentamento e Combate ao Aedes aegypti. De acordo com votação dos participantes, os eleitos para funções da diretoria são: Maria Vitória dos Santos, como coordenadora; Marina Aparecida Vieira, vice-coordenadora e primeira e segunda secretárias: Amanda Dias Dutra e Keilla Cristina Arruda.Também foram apresentadas as novas coordenadoras de Vigilância em Saúde e de Epidemiologia: Priscilla Silva Oliveira Pelegrino e Natália Luiza Alves, respectivamente.

 

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