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Coluna: Direito e Justiça

sex, 22 de maio de 2020 08:01

Abertura-direito-e-justica

Pinga-fogo:

  • “Ele rouba, mas faz”. Houve época em que essa máxima valia no Brasil.

  • “Venda seu voto, mas vote em outro”. Que forma vergonhosa de orientar!

  • Cortem os vencimentos, as verbas de gabinete e de indenização e vamos ver quantos candidatos ficarão para a disputa de Vereador.

  • Se houvesse uma prova simples de conhecimentos básicos, estimo que pelo menos 80% desses pré-candidatos não passariam nela. Pois são analfabetos por completo.

  • Não se exige diploma para uma candidatara. Correto! Mas precisam ser tapados assim? A cupidez pelas mordomias é descarada demais.

  • É difícil mudar. Somente através de uma educação de qualidade e massificada. E isso demanda pelo menos duas gerações: 50 anos…!

  • Nenhuma lei nova irá resolver a situação do país. Há que se fazer uma nova Constituição. Enxuta, atualizada, o mais isenta possível.

  • Dez mandamentos em final de mandato:

1) – mantenha a sua dignidade;

2) – não arranje polêmicas ou entreveros;

3) – se ainda não fez, não pense mais em reformas;

4) – enxugue a máquina como for possível;

5) – economize nos desperdícios e gastos supérfluos;

6) – tente terminar as obras pendentes ou iniciadas;

7) – evite ou deixe poucos “restos a pagar”;

8) – não contraia novos empréstimos;

9) – seja mais sensato do que foi;

10) – não se candidate outra vez.

Diversidades:

Os bolsolóides

“Bolsolóides”! Eis um neologismo interessante e que poderá pegar. Evidentemente, o sentido é totalmente pejorativo, embora sempre possa haver alguns que pensem o contrário.

Covardear

Em BH um morador de rua foi “covardeado” por outro. Duas facadas nas costas. Não morreu, mas reclamou dessa forma, digamos, inusitada. O brasileiro é mesmo muito criativo (para não dizer mais).

Desaglomeradores

O Prefeito de uma cidade do Sul de Minas contratou 50 “desaglomeradores”. A palavra existe de fato na língua portuguesa e designa os encarregados de desfazerem aglomerações, ajuntamentos, coisas assim. Todavia, bem poderia ser um novo nome para fiscais de rua.

Neologismos hipócritas

Empregados viraram colaboradores; domésticas, secretárias do lar. Eufemismos ou puras e simples hipocrisias desses novos tempos? Mais importante seria tratar com dignidade e decência esses colaboradores, essas secretárias do lar. Como? Pagando-lhes com justiça e reconhecendo-lhes os direitos trabalhistas básicos sem necessidade de que se recorra à Lei.

 

A pandemia politizada

A pandemia aqui no Brasil foi inteiramente politizada. Para o bem e para o mal. Os dados estatísticos são apresentados e interpretados a bel-prazer de cada uma das correntes ideológicas envolvidas na disputa. Sim, uma crise sanitária que se transformou lamentável e vergonhosamente em disputa político-partidária. Ninguém, ou poucos, quer saber se isso é bom ou mau para o Brasil.

A quarta guerra mundial

Certa vez perguntaram a Albert Einstein como ele achava que poderia ser a terceira guerra mundial. Apenas sei dizer que o gênio teria respondido mais ou menos assim: “- Como será a terceira guerra mundial eu não sei dizer, mas asseguro que a quarta guerra mundial será com paus e pedras…” Para um bom entendedor um pingo é letra.

Juntando beleza e inteligência

De Albert Einstein seria também uma resposta à proposta de uma bela jovem que desejava ter um filho dele, unindo assim beleza e inteligência na pessoa de uma futura criança, quiçá numa forma fácil de eugenia: -“Minha filha, melhor não; pode acontecer o contrário: a criança nascer com a minha beleza e a sua inteligência…” Os nazistas foram mais longe. Fizeram horrores.

Iguais e desiguais, fracos e fortes

Ainda ontem assisti um debate entre duas sumidades, que filosofavam sobre vários temas relevantes e controvertidos. Um deles dissertou sobre a realidade atual, valendo-se de conceitos existentes na filosofia grega antiga. Segundo ele, os filósofos gregos entendiam que era preciso tratar desigualmente as desigualdades para que possa haver maior igualdade.  Dizia que devemos permitir aos fracos ficarem com sua fraqueza, para que os fortes fiquem com sua fortaleza. Argumentou que deve, sim, haver proteção da Lei, para que haja ascensão ou movimentação social e econômica.

Os nossos fracos são fracos demais

Bem, se é por aí que a coisa toda deve caminhar, o Brasil está no rumo certo, pois os “nossos fracos” contam-se aos milhões. O problema é que são fracos demais e estão sendo absolutamente esmagados pelos mais fortes sem qualquer consideração ou piedade. Um por cento de privilegiados retém quase cinquenta por cento de toda a riqueza nacional. A ajuda (para não dizer mais) de R$ 600,00 por mês está sendo disputada por dezenas de milhões de brasileiros e brasileiras. Seria totalmente comovente, se o que vemos não fosse tão degradante.

Petralhas e calhordas

Os petralhas governaram o país por 14 anos. Isso fazia parte de um projeto de poder, de eternização no poder, sem alternância. Deu no que deu e eles tiveram que ser escorraçados. Todavia, ainda resistem os seus resquícios e vícios, pondo-se eles na condição de vítimas e de injustiçados. Foram, dizem os petralhas e calhordas, vítimas de um “golpe parlamentar”, como se a legitimidade, ou seja, a vontade da maioria da população brasileira não contasse. Aliás, a vontade da maioria da população brasileira pouco importa para esses fanáticos abusados. Estão fazendo de tudo para uma volta triunfal. De tudo…!

Minas Gerais, o último bastião

Minas Gerais, o Estado montanhês, o Estado das alterosas, sempre foi um resumo do Brasil, sempre foi o centro da resistência inquebrantável contra as tiranias e as arbitrariedades que se perpetraram ao longo da nossa História: Inconfidência Mineira (1789), revoltas liberais (1848), Proclamação da República (1889), revolução de 31 de março (1964, redemocratização com Tancredo Neves (1985). Agora, com certeza, Minas Gerais será novamente chamada ao protagonismo da História, a fim de que seja o fiel da balança que irá definir o futuro do Brasil: para o bem ou para o mal.

Aqueles que roubaram haverão de pagar

Cedo ou tarde, não importa, todos aqueles que roubaram do Brasil e de Minas Gerais haverão de pagar caro pelos seus atos de surrupio e de arbítrio. De esquerda ou de direita, furto é furto, roubo é roubo e o dinheiro público existe para ser respeitado e aplicado em prol do bem-comum. Presentemente, estamos de joelhos, mas Minas Gerais levantar-se-á altaneira e mostrará aos brasileiros o verdadeiro valor da sua gente.

 

Os abutres rondam famintos pelos restos da carniça

Temos um governador honesto, eleito de forma surpreendente e com uma percentagem esmagadora de 70% dos votos válidos Ele está aprendendo rapidamente a arte do seu ofício. Alguns abutres desavisados ameaçam-no com impeachment, se não lhes assegurar as benesses dos duodécimos. Como disse o Zema: “- Se o impeachment resolvesse o problema da falta de dinheiro, eu sairia daqui com prazer.” E agora, hein?

O Monge Mordido

 Um monge e seus discípulos iam por uma estrada e, quando passavam por uma ponte, viram um escorpião sendo arrastado pelas águas. O monge correu pela margem do rio, meteu-se na água e tomou o bichinho na mão. Quando o trazia para fora, o escorpião o picou e, devido à dor, o homem deixou-o cair novamente no rio. Foi então à margem, tomou um ramo de árvore, adiantou-se outra vez a correr pela margem, entrou no rio, colheu o escorpião e o salvou. Voltou o monge e juntou-se aos discípulos na estrada. Eles haviam assistido à cena e o receberam perplexos e penalizados.

– Mestre, o senhor deve estar doente! Por que foi salvar esse bicho ruim e venenoso? Que se afogasse! Seria um a menos! Veja como ele respondeu à sua ajuda; picou a mão que o salvara! Não merecia a sua compaixão!

O monge ouviu tranquilamente os comentários e respondeu:

– Ele agiu conforme sua natureza; e eu, de acordo com a minha.

“Se compreendermos a natureza de cada um daqueles que nos cercam, certamente viveremos melhor e em harmonia”.

 

 

         FONTE:Parábolas Eternas  –  LEGRAND,
                                     Solar Editora,  - Belo Horizonte – MG.

2 Comentários

  1. Anônimo disse:

    Mas não paga mesmo. Tem gente que nem bem entrou já foi logo comprando casa, apartamento em outra cidade para não ficar recebendo nome de lalau,porque se não der alguma coisa para o fraterno o pau quebra, pagando os impostos de propriedade rural, o antepassado quebrou os bancos, tem água de graça e etc. etc. etc.
    Dr. do que, se não chegou nem na metade do curso. E ainda por cima são blindados.
    Quem entra na política não sai, aonde arrumar um emprego que não faz nada e ganha salário gordo dobrado e muita mordomia. Não precisa nem fazer projetos é só apoiar o projeto do outro que tem mais talento. Enriquecer a custa de treta é fácil.

  2. Anônimo disse:

    Pois deveria exigir diploma, pós graduação para fazer jus a um salário desse montante. E não tiram um centavo do bolso, quando fazem caridade é com o chapéu dos outros.

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