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Coluna: Direito e Justiça (19/10)

qui, 19 de outubro de 2023 08:09

Direito e Justiça:
Jacó e Raquel (Luís Vaz de Camões):
– Jacó encontra-se com Raquel, filha de Labão e irmã mais nova de Lia. Foi, certamente, amor à primeira vista, que inspirou  pintores e poetas de todas as épocas, mas especialmente do Renascimento.. O logro aplicado em Jacó por seu futuro sogro, Labão, inspirou Luís Vaz de Camões – durante o seu exílio amargo – a escrever um dos maiores e mais belos poemas (sonetos) da Líongua Portuguesa: Jacó e Raquel.
====================================================================Jacó e Raquel :
Sete anos de pastor Jacó serviaLabão, pai de Raquel, serrana bela;Mas não servia ao pai, servia a ela,E a ela só por prêmio pretendia.
Os dias, na esperança de um só dia,Passava, contentando-se com vê-la;Porém o pai, usando de cautela,Em lugar de Raquel lhe deu a Lia.
Vendo o triste pastor que com enganosAssim lhe era negada a sua pastora,Como se não a tivera merecida;
Começou a servir outros sete anos,Dizendo: Mais servira, se não fora,Para tão longo amor, tão curta a vida.
• Luís Vaz de Camões (1524-1580)
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A Família:
– Na Bíblia: Os filhos são herança do Senhor (Salmo 127.3).
– Os pais têm o sagrado dever de criar os filhos com amor e retidão, atender as suas necessidades físicas e espirituais, ensiná-los a amar e servir uns aos outros, guardar os mandamentos de Deus e ser cidadãos cumpridores da Lei e úteis  aos semelhantes.
– As famílias são fonte de carinho e cuidado entre as pessoas que ocupam aquele ambiente. Não importa se é de sangue, ou adotiva, mas o que vale é o gesto. Ser família é estar presente no dia-a-dia e preocupar-se com o bem estar daqueles que amam.
– A família é responsável pela educação básica e primeira, pelos exemplos de valores, ética, moral, honestidade, respeito, empatia, solidariedade, etc. É também dever da família dar e ensinar limites aos seus filhos, pois vivenciamos uma crise de total falta de limites das crianças. Tudo querem e tudo podem e esses maus hábitos irão acompanhá-las na escola e na vida adulta, gerando pessoas indesejáveis, perniciosas e até perigosas ao convívio social harmônico.
– Agora, digo eu: cabe ao Estado proteger as famílias e adotar políticas públicas que facilitem e incentivem os fins para as quais elas, as famílias, existem desde os  primórdios da Humanidade. Não foi e não é sem razão que se diz ser a família “a célula mater da sociedade”, ou seja, o segmento menor, porém e mais importante de toda e qualquer sociedade minimamente organizada e civbilizada. Quando o Estado, ao invés de cumprir esse seu dever ancestral de proteger a família, atua para desmantelá-la, dificultar ou até destruir a sua estrutura e coesão, então, tudo o mais virá abaixo cedo ou tarde.
Fonte: Pesquisa rápida e superficial no Google.
A  Criança e Deus:
Uma criança – pronta para nascer – perguntou a Deus:
– Dizem que amanhã serei enviado à Terra … Como viverei lá, sendo assim pequena e indefesa?
Deus disse: – Entre muitos anjos, eu escolhi um especial para você. Estará te esperando e tomará conta de você.
A criança:- Mas, diga-me: aqui no céu eu não faço nada a não ser cantar e sorrir, o que é suficiente para que eu seja feliz. Serei feliz lá?
Deus: – Seu anjo irá cantar e sorrir para você… A cada dia, a cada instante, você sentirá o amor do seu anjo e será feliz.
A criança: – Como poderei entender, quando falarem comigo, se eu não conheço a língua que as pessoas falam?
Deus: – Com muita paciência e carinho seu anjo ensinará você a falar.
A criança: –  E o que eu farei, quando quiser Te falar?
Deus: – Seu anjo juntará as suas mãos e lhe ensinará a rezar.
A criança: – Dizem que na Terra há homens maus. Quem me protegerá?
Deus: –  Seu anjo defenderá você mesmo que tenha que arriscar a própria vida.
A criança: – Mas, eu serei sempre triste porque não Te verei mais.
Deus: – Seu anjo sempre falará sobre mim;  ele ensinará a maneira de vir
a mim, e eu estarei sempre dentro de você.
  Nesse momento havia muita paz no céu, mas as vozes da Terra já podiam ser ouvidas. A criança, apressada, perguntou suavemente:
  – Oh, Deus, se eu estivesse a ponto de ir agora, diga-me, por favor, o  nome do meu anjo…
  E, Deus respondeu:
– Você chamará seu Anjo de Mãe.
OBS. :  Autor desconhecido.
Interpretação livre:
(Anteriormente)
– Deus deu à criança o seu Anjo protetor: a Mãe.
Ou seja, se foi Deus quem criou a vida, e foi  – algo sublime, ainda incompreensível e inimitável -, no entanto, concedeu à mulher o dom sublime e único de gerá-la em seu próprio ser.
Não nos atrevamos a impedir ou mudar isso de forma inconsequente.
– Pois, o preço a pagar será enorme, e a própria espécie humana estará sob risco.
O tempo dirá.
(Atualizando)
Acredito que ainda tenhamos uma Constituição (embora rasgada, vilipendiada e mutilada por aqueles que deveriam defende-la) e um Código Penal (embora antigo, defasado, ultrapassado, obsoleto e muito leniente com os infratores e criminosos), mas que ainda criminaliza o aborto, regulamentando-o nos seus artigos 124 a 128, e somente permite duas exceções (abortos legais) para a sua realização. São elas:
Art. 128 – Não se pune o aborto praticado por médico
Aborto necessário:
I – se não há outro meio de salvar a vida da gestante.
Aborto no caso de gravidez resultante de estupro:
II – se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante, ou, quando incapaz, de seu representante legal.
  Todavia, legislando – indevidamente, nada mais e nada menos do que isso – os “ministros supremos” acrescentaram outra hipótese que, “normalmente”, seria privativa, do Congresso Nacional, decorrendo de Lei e não de um ativismo judicial.
A permissão de aborto para o caso de feto anencéfalo.
Não me cabe aqui discutir – e também não quero — boas ou más intenções, necessidades, omissões, etc., mas tão somente apontar legalidade e legitimidade.
Portanto, agora que nos encontramos em uma situação verdadeiramente caótica, que os deputados federais e os senadores assumam na íntegra as suas competências e legislem em todos os casos onde haja omissão, obscuridade ou contradição ou ainda a necessidade de atualização, se preciso for, ouvindo a população através de plebiscitos (antes da lei) ou de referendos (depois da lei). É o que diz a Constituição Federal vigente…
Afinal de contas, para isso eles foram alçados. E, até onde eu saiba ministros e juizes não são políticos e não representam a população por meio dos votos recebidos.
Muito embora – tanto que eleitos – o povo torna-se para eles um mero detalhe…

1 Comentário

  1. Eliane disse:

    Tem criança que tem sorte de vir em uma boa família, ser tratada com carinho tanto em uma família humilde como em uma família de melhores posses, mas têm crianças que não tem a menor sorte com tantas coisas ruins acontecendo com elas e pior que são indefesas. Tem que tomar essas crianças desses monstros e dar para famílias acolhedoras.
    Os brasileiros são apaixonados por siglas políticas, parece que o país ficou em terceiro plano, o que interessa para eles é conservar no poder sempre os mesmos políticos idolatrados, deveria ser oito anos para cada um e tem político que joga sujo em época de eleição, parecem aqueles trapaceiros, por isso que o Brasil e demais da América Central e do Sul não vão para frente. Questão de cultura, de colonização, povo de memória curta, também esperar o quê desse país.

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