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Coluna: Direito e Justiça (10/08)

qui, 10 de agosto de 2023 08:09

Direito e Justiça:

 

Uma frase antiga e icônica:

libertas quae sera tamen. Na versão tradicional e histórica soa como “liberdade ainda que tardia”. Todavia, considerando estes novos e tumultuados tempos poderíamos atualizá-la; então, ficaria assim: “a liberdade virá de novo ainda que tardia”. Vamos esperar.

 

Jô Soares (in memoriam):

– A mulher interessante não é propriamente bonita, mas tem personalidade, tem postura, tem um enigma no fundo dos olhos e uma malícia que inquieta a todos quando sorri… As pessoas se questionam . O que é que essa mulher tem? Ela tem algo. Pronome indefinido: algo. Ficar bonitinha, muitas conseguem, mas ter algo é para poucas.

 

Dez pensamentos do Papa Francisco (Jorge Mário Bergoglio):

1) – O primeiro em pedir desculpas, é o mais valente. O primeiro em perdoar é o mais forte. O primeiro em esquecer, é o mais feliz.

2) – Um cristão nunca pode andar chateado nem triste. Quem ama Cristo é uma pessoa cheia de alegria e que irradia alegria.

3) – Felizes os que têm misericórdia. Felizes os que sabem colocar-se no lugar de outro, os que têm a capacidade de abraçar, de perdoar.

4) – O coração humano deseja alegria. Nós todos queremos alegria, cada família, cada povo aspira à felicidade.

5) – Felizes aqueles que são capazes de ajudar os outros a sair dos seus erros, das suas equivocações. São verdadeiros amigos e não deixam ninguém caído por terra.

6) – Jesus sabe que, neste mundo de tanta concorrência, inveja e agressividade, a verdadeira felicidade passa por aprender a ser paciente, a respeitar os outros, a não condenar nem julgar alguém.

7) – Posso dizer que as alegrias mais belas e espontâneas que vi ao longo da minha vida são as alegrias de pessoas muito pobres que têm pouco a que se agarrar.

8) – Ore pela graça de não falar mal dos outros, de não criticar, de não difamar, mas de amar a todos.

9) – Felizes aqueles que se fixam especialmente na parte boa dos outros.

10) – Deus não cansa de perdoar… Nós é que cansamos de pedir perdão.

 

 

Mutatis mutandis:

– Todos estamos cautelosos com o que falamos e retraídos em nosso comportamento. Os maus tempos chegaram mais uma vez à corte do rei Henrique, e todos estão com medo, todos são suspeitos. É como viver em um pesadelo, todo homem, toda mulher, sabe que cada palavra que diga, cada gesto que faça, pode ser usado como prova contra si mesmo. Um inimigo pode transformar uma indiscrição em crime, um amigo pode trair a confiança por uma garantia de segurança. . Somos uma corte de covardes e mexeriqueiros. Ninguém mais anda normalmente, todos caminhamos na ponta dos pés, ninguém nem mesmo respira, todos estamos prendendo a respiração. O rei tornou-se desconfiado de seus amigos e ninguém pode se sentir seguro.

 

FONTE: A Herança de Ana Bolena — Philippa Gregory.

Editora Record – 2019, págs. 127 / 228.

Capítulo “Jane Bolena, Palácio de Westminster, junho de 1540.

 

P. S.: Mutatis mutandis é uma expressão latina que literalmente se traduz como “mudando o que tem que ser mudado”. No contexto jurídico, é utilizada para indicar que uma determinada regra, lei, cláusula ou condição deve ser aplicada a uma nova situação, mas com as devidas adaptações que a nova situação requer.

– Pois, então…! A expressão pode também ser aplicada a situação ou situações da vida diária, real ou quotidiana. Não me canso de repetir e enfatizar o que já diziam os antigos gregos: a História é cíclica e sempre se repete. E vem o irrecusável complemento deste raciocínio: quem não a estuda ou não aprende com ela ver-se-á obrigado a repeti-la da pior maneira possível, muitas vezes arruinando nações, povos, países e a si. Parece-me óbvio que – mutatis mutandis – o ambiente por aqui está ficando muito parecido com aquele que existia lá na Corte do Rei Henrique VIII, por volta de 1540. . Ou não…?

 

Vox populi vox dei:

– É incrível a veracidade do velho dito popular: “se você quiser conhecer o caráter de uma pessoa, dê poder a ela”. Mal assumem um cargo (qualquer um) ou exercem uma função (qualquer uma) desandam a falar besteiras e a fazer bobagens. Não conhecem e nem reconhecem mais os antigos amigos e companheiros, espezinham o povo e criam o seu pequeno mundo. Esquecem-se de que o tempo passa e passa muito rápido e de que virá o dia em que, eles também, serão apeados do poder. Na subida, desdenharam, na descida, estarão sozinhos. Espalham-se por aí, lotando todos os níveis da federação. No que eles menos pensam é no bem-estar do Brasil e do nosso bom povo brasileiro. Para nós, eles dizem: perdeu, mané; não amola… E o que é triste: somos mesmo manés!

 

Se “todes” (eles e elas) valessem tostão a tostão…:

– Quero crer que os nossos preclaros edis, no decorrer do ano passado (2022), já tenham reajustado generosamente os vencimentos dos agentes políticos municipais (prefeito, vice-prefeito, secretários e vereadores) e dos cargos ditos superiores (superintendente da SAE, presidente da FAEC, procurador-geral). Enfim! Se todos (eles e elas em linguagem normal e antiga…) valessem, tostão a tostão, o que ganham, vencimentos, salários, acessórios e penduricalhos, nada haveria que reclamar. Mas, o problema é justamente este. Não valem! Quando se aumentam, dizendo que apenas repõem a inflação, fazem isso em sessões obscuras, não divulgadas e que soam como se fossem feitas na “calada da noite ou da madrugada”. Barbaridade…!

 

Mas, em Santo Antônio da Platina – PR…:

– Em Santo Antônio da Platina, estado do Paraná, a coisa foi bem diferente. E não foi a primeira vez. O comércio fechou as portas, e o povo em peso acorreu à Câmara Municipal. Os vereadores não tiveram outra opção: cortaram os vencimentos (salários) do prefeito, do vice-prefeito e reduziram substancialmente os seus próprios ganhos. Se a moda pega…!

 

Infelizmente, em Araguari…:

– Infelizmente, Araguari não é Santo Antônio da Platina. E parece-me que tão cedo não será, é claro, nesses aspectos de alta politização e firme vontade popular. Será que não temos brio? Será que somos nababos ou marajás? Ou os nossos políticos são mesmo de uma extrema qualidade, não necessitando de quaisquer reparos? Bah…!

 

O Censo IBGE 2022 serviu para alguma coisa?

– Serviu, claro que serviu. Podou a população do Brasil em cerca de 10 milhões de habitantes e manteve a de Araguari abaixo dos 120.000. Frustrou um tanto de gente! Com isso, muitos planos políticos de aumentar o número de cadeiras nos legislativos municipais foram por água abaixo. Melhor assim…!

 

Se a zona azul é ruim, muito pior ficará sem ela:

– É isso mesmo. Queixam-se da zona azul, ou seja, do estacionamento rotativo remunerado e querem mesmo acabar com ela. Melhor seria que arrumassem esse trânsito bagunçado, caótico e doido de Araguari. Aqui, ninguém – ou poucos — respeita sinal, faixa, locais de parada ou estacionamento, limite de velocidade ou dá seta para virar. É cada um por si. Carros, motocicletas e bicicletas. Ah, e carroças com seus cavalos e carroceiros. Tampouco os pedestres respeitam as suas faixas. É hora de repensar, voltar

 

ao zero e recomeçar. Penso que a zona azul é a menos culpada disso tudo. Dão calote nela. Fraudam as paradas e estacionamentos, imobilizando o veículo por entre os censores.. Fazem o diabo. Está apenas servindo de bode expiatório. Sim, eu penso!

 

As APAE (s); Um elogio para variar:

As APAE (s) são uma das instituições não governamentais que mais merecem afeição, colaboração e respeito. Primam, em todo o país, por uma atuação de excelência. Os órgãos públicas e todas as pessoas, jurídicas e físicas, têm o indeclinável dever social e moral de auxiliar As APAE (s) – incluindo a de Araguari –, para que possam continuar na plenitude de sua capacidade, atendendo os que necessitam de seus cuidados especiais. As APAE (s), por tudo que vejo e sei delas, dão e doam muito mais do que recebem de nós todos, como sociedade. Devemos, pois, ao menos igualar essa troca…!

 

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O Eterno Descontente:

Um homem, descontente com a sorte, queixava-se de Deus.

– Deus – dizia ele – dá aos outros a riqueza e a mim dá coisa alguma. Como é que eu hei de fazer o meu caminho nesta vida, sem nada possuir?

Um velho ouviu essas palavras e disse-lhe:

– Acaso és tu tão pobre quanto dizes? Deus não te deu, porventura, saúde e mocidade?

Não digo que não e até me orgulho bastante da minha força e do verdor dos meus anos.

O velho, então, pegou na mão direita do homem e perguntou-lhe:

– Deixa-te cortar esta mão por mil rublos?

– Nem por dez mil!

– E a esquerda?

– Também não!

– E por dez mil rublos consentirias em ficar cego por toda a vida?

– Nem um olho dava por tal dinheiro.

– Vês – observou o velho – que riqueza Deus te deu e tu ainda te queixas?

AUTOR: Léon Tolstoi.

2 Comentários

  1. Eliane disse:

    Eu acho que não é muito interessante para o governo contar direito todos os habitantes, aumentariam as despesas, agora os vereadores o interesse deles é só para ter a oportunidade de entrar mais pessoas e assim se beneficiarem de um salário gordo. Em relação a liberdade são umas coisas estranhas e cheias de mi mi mi antes os meninos assistiam filmes de bang bang e outros seriados internacionais e ninguém nunca saiu na rua matando ninguém e tinham respeito pelos professores, hoje qualquer coisa que se diz está incitando a violência, e o povo nunca foi tão violento como estão atualmente, só vivem grudados na tela do celular. Os políticos fazem às leis pensando neles, aí ela acaba protegendo todos sem distinção, na televisão mostra e fala sem essa de proteção, já em outros meios de comunicação são só iniciais. Aqui está precisando de prisão perpétua para quem mata por motivo torpe e para quem mata no trânsito e cumprir pena completa sem saidinhas. Isso jamais vai acontecer porque o brasileiro é um povo que aceita tudo.

  2. Eliane disse:

    Quem sobe de cargo costuma menosprezar os que ficaram lá embaixo, em alguns casos a amizade já fica meio abalada devido a responsabilidade de estar ocupando um cargo alto aí já não é tão amigo mais porque tem que chamar atenção por coisas erradas, porque tem gente também que pensa assim o gerente é meu amigo eu vou chegar atrasado, eu vou faltar aí já complica. Tem outros casos também de gente que pega um cargo alto e acha que pode fazer o que quiser pode roubar o dinheiro público, pode usar para pagar funcionários de outra empresa particular, pode comprar casa, pode pagar contas particulares, pode sumir com dinheiro que chega, porque tem gente que gosta de pagar as contas é com o dinheiro que não lhe pertence e ainda saiu com a ficha limpa, tem vários casos.

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