Coluna: Direito e Justiça (09/11)
Direito e Justiça
Municípios legislam sobre o fim das carroças:
– Realizei uma pesquisa rápida e constarei que dezenas de municípios, inclusive alguns aqui da nossa região, legislaram ou estão legislando sobre o fim do emprego das carroças para o transporte de cargas nos seus respectivos perímetros urbanos (cidade e distritos).
– Nada tenho contra os carroceiros; muito antes pelo contrário. Todavia, não é mais possível suportar e permitir o atual estado de coisas: ver pelas ruas animais esquálidos, esfomeados, judiados, surrados, sobrecarregados até a exaustão ou a morte. Enfim…!
– Muitas legislações municipais instituíram um prazo de transição até o final deste tipo de transporte. Há exageros para mais ou para menos. O ideal seria um prazo de cinco anos e a permissão – com efetivação imediata – do auxílio público ou particular, direto ou indireto, para que as carroças fossem substitutas por veículos motorizados ou tracionados por motocicletas, enquanto os carroceiros seriam reciclados, conforme viesse a ser aprovado e regulamentado.
– O trânsito intenso nas cidades, incluindo a nossa, não mais permite esse tipo de transporte ultrapassado, obsoleto e muitas vezes abusivo e cruel. Sinto muito dizer isto, mas é a verdade. Reitero e acentuo: abusivo, cruel, danoso, irresponsável e muitas vezes clandestino e antieconômico;. Somente se mantém pela teimosia e inércia de alguns.
– Não sei como é que se encontra a legislação do município de Araguari, mas é preciso que acompanhe as alterações que estes novos tempos de um trânsito veloz e perigoso exigem. Não posso deixar de citar a vereadora Débora de Sousa Dau, tida e havida entre nós – com justiça e razão – como a autêntica e briosa protetora dos animais: cães, gatos, equinos, de todos os “nossos irmãos irracionais” que necessitem de socorro humano. Lamento que esteja praticamente sozinha e tão sacrificada, passando pelos seus Pares, os demais Edis, até o Poder Público Municipal, que pode e deve fazer mais do que ora faz.
– Nenhum Município poderá criminalizar o transporte de cargas por carroças (ou veículos assemelhados) com tração animal, porque isto é matéria privativa da União (legislar sobre Direito Penal), mas poderá instituir medidas alternativas, como cadastramento, emplacamento (ou outro meio de identificação), área territorial de circulação, proteção dos animais e fiscalização.
– O entrave maior encontra-se no retrocesso, nas idas e vindas da legislação e dos regulamentos, no populismo barato e demagógico dos nossos políticos locais (Prefeitos e Vereadores), proibindo e liberando, ou concedendo prazos longos e intermináveis. No final das contas, poucos querem resolver este problema, que já beira o ridículo.
• Que as carroças sejam retiradas o mais rápido possível dos perímetros urbanos;
• Que os carroceiros atuais tenham um prazo de transição ou para aposentadoria;
• Que novos e adequados veículos sejam introduzidos, financiados e fiscalizados.
• Que os animais ainda empregados sejam protegidos e punidos os maus tratos.
• Que os vereadores saiam da sua inércia e omissão e cumpram com o seu dever.
• Que a “nossa” Protetora dos Animais, vereadora Débora Dau, seja valorizada.
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O homem dos vinte contos:
Um homem de Belo Horizonte disse, um dia, ao Chico:
– Tenho ido ao “Centro Espírita Luiz Gonzaga” sempre que me é possível, e, nas preces, tenho rogado a Loteria.
E, vendo a estranheza do médium, acentuou:
– Se eu ganhar, darei ao “Luiz Gonzaga” vinte contos.
Os dias correram e o homem ganhou a sorte grande. Duzentos mil cruzeiros.
Quando isso aconteceu, sumiu de Pedro Leopoldo…
Se via o Chico por Belo Horizonte, evitava-lhe a presença.
– Imaginem! — costumava dizer na prosperidade recente que o Céu lhe concedera —, em minha ingenuidade, prometi uma dádiva a um Centro Espírita, se melhorasse de sorte! Quanta asneira falamos sem perceber!
Catorze anos rolaram e o homem da sorte grande morreu… Passados alguns dias, apareceu, em Espírito, numa das sessões do “Centro Espírita Luiz Gonzaga”.
– Chico! Chico! — disse ao médium, buscando abraça-lo — preciso pagar a minha dívida. Estou devendo vinte contos ao “Luiz Gonzaga” e vou trazer o dinheiro…
– Acalme-se, meu amigo, agora é tarde — respondeu o médium —. O câmbio mudou para você. Não se preocupe. A sua fortuna está em outras mãos.
Por quê? Nada disso… O dinheiro é meu…
– Já foi, meu irmão! Você está desencarnado.
A entidade gritou…, gritou… e acabou perguntando em lágrimas:
– E, agora, que fazer?
Mas o Chico lhe respondeu:
– Esqueça-se da Terra, meu amigo. Nós todos somos devedores de Jesus. Paguemos a Jesus nossas contas e tudo estará bem.
Amparado pelos benfeitores espirituais da casa, o homem dos vinte contos, já desencarnado, retirou-se chorando.
FONTE (no Google):Lindos Casos de Chico Xavier.
Ramiro Gama.
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Comentários pessoais:
Ninguém é obrigado a prometer; todavia, se prometer, deve cumprir. Ninguém deve jurar, muito menos empregando o sagrado nome de Deus, mas, se o fizer, que seja por coisas justas e relevantes, que expressam a verdade e a realidade dos fatos. Se assim não for, num e noutro caso, estaremos em face da pusilanimidade, da irreverência e até mesmo da blasfêmia. Com certeza, advirão consequências…
Foi esse o caso estampado na passagem havida com o Chico Xavier. Um Centro Espírita, sem quase nenhuma exceção, é pobre, simples e vive das doações que lhe dão e dos trabalhos voluntários que lhe possam ser prestados. Não corre atrás de dízimos e nem pressiona, sob qualquer forma, atrás de contribuições.
Os vinte contos não foram solicitados, porém, prometidos. A promessa não foi cumprida, quando o evento fortuito ocorreu (a sorte grande na loteria). Mas não se pense que Deus interveio nisso; de forma alguma. Adveio o egoísmo do laureado, que renegou a palavra dada e, desencarnado, já era muito tarde para que o penitente pudesse dar o que não mais lhe pertencia. Que seguisse, então, o seu caminho com esperança e fé no resgate de quaisquer e eventuais débitos que amealhou neste plano.
Cumpre lembrar que a prática do espiritismo segue os seguintes princípios:
– É gratuita.
– É realizada com simplicidade.
– Não tem sacerdotes.
– Não possui imagens, altares, andores, velas, procissões, sacramentos, concessões de indulgências, paramentos, bebidas alcoólicas ou alucinógenas, incenso, fumo, talismãs, amuletos, horóscopos, cartomancia, pirâmides, cristais ou quaisquer outros objetos, rituais ou formas de culto exterior.
– Não impõe os seus princípios. Antes, convida ao conhecimento e ao uso da razão, para que se tenha uma fé raciocinada.
– Reconhece a existência da mediunidade em todo ser humano, mais ou menos desenvolvida, mais ou menos utilizada, enfim, que per mite a comunicação dos Espíritos com os homens, independentemente da religião que estes adotem.
– Respeita todas as religiões e doutrinas, valoriza todos os esforços para a prática do bem e trabalha pela confraternização e pela paz entre todos os povos e entre todos os homens, independentemente de sua raça, cor, nacionalidade, crença, nível cultural ou social. Reconhece, ainda, que o “verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza”.
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ELIANE
Em uma cidade do Sul do Brasil, uma pessoa criou uma bicicleta estilo triciclo chamado cavalo de lata, leva até 500 kl. Teve um vereador que até viajou para arrumar soluções para esse problema, mas, não deu em nada. Na ilha de Paquetá foram proibidos o uso de cavalos, aí criaram umas charretes elétricas. Agora aqui em Araguari se estipular um prazo de tantos anos nenhum carroceiro vai tomar providência só na hora que vencer o prazo, aí a prefeitura tem que dar o dinheiro, até quem não tem carroça vai virar carroceiro e perto de política ninguém assina porque tem medo de perder votos e aí os pretendentes a candidato aproveitam para fazer campanha e jogar os carroceiros contra os que já são vereadores. Até que se tivesse de fácil acesso para vender essas bicicletas, era mais fácil ir substituindo, mas acho que não é fácil encontrar porque não tem fabricação em grande escala, mas podia adaptar na carroça também é só tirar a parte que é de tração animal.