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Coluna: Cantinho do Mário (29/10)

sáb, 29 de outubro de 2022 09:06

 

CANTINHO DO MÁRIO

PARADOXO

Estamos vivendo uma situação sui generis no Brasil, conhecido como a pátria do futebol. Por ocasião da Copa do Mundo vemos camisas da seleção brasileira expostas em todas as vitrines, em todas esquinas e botecos tem um grupinho discutindo futebol e hoje não são só os homens, as mulheres chegam junto e tomaram gosto, competindo palmo a palmo com os homens suas opiniões e disputando campeonatos importantes: estaduais, nacionais e internacionais. Devagarinho vão conquistando seu espaço nos estádios. Pois é, amigos, aí é que está o mistério, de repente a política tomou os holofotes e botou a Copa do Mundo na segunda divisão. Não se vê quase ninguém tocando no assunto, há jornalistas esportivos fazendo uma força danada para puxar a atenção do povão, mas parece que não está dando muito certo. Não me lembro de ver coincidir Copa do Mundo com eleição para presidente, e principalmente ver tanto envolvimento do povo em uma eleição. A mídia diz que há um empate técnico entre os candidatos, botando mais fogo no certame, criando um clima de incerteza no ar. É natural que cada um tenha suas próprias opiniões e preferencias, mas a coisa chegou em nível de disputa de final em Copa do Mundo, de repente os brasileiros acordaram para o espírito nacionalista, todos sonhando com um Brasil melhor e de primeiro mundo, mas como não poderia deixar de ser entre eles há os oportunistas, conhecidos como papagaios de pirata, sempre na aba do chapéu dos políticos querendo se dar bem, a procura de cargos, (não de trabalho), gente interessada no plano de governo do fulano, outros do beltrano e tantas outras coisas que não cabem nesta página e forma-se uma egrégora, negativa ou positiva dependendo da conveniência. Com tudo isso, o mundo lá fora está de olho nas eleições aqui, também com seus interesses e preocupados com a possibilidade de descontinuidade em seus negócios bilaterais com o Brasil. Aí entra síndrome do medo: e se meu candidato perder? Todo mundo roendo as unhas, alguns com os olhos pregados no zap zap, outros nos telejornais e fake News sem fim. Conheço gente que está com problemas pra dormir, já arrumou um mundão de inimigos nas redes sociais, sem contar com as amizades desfeitas por nada. Existem alguns países que a política é tranquila, não tem essa fissura, porque o povo confia plenamente nos candidatos e sabem que qualquer um que ganhar dará continuidade ao sistema com honestidade e lisura. Enquanto nas plagas tupiniquins vive-se de fofocas, preconceitos e interesses, talvez por isso nossos candidatos careçam da confiança popular, e tenham até rejeição, aliás, na “campanha” um puxando o tapete do outro, o resultado disso é esse clima de suspeição. O Brasil é um grande país, seu povo sempre foi pacífico e cordial, precisamos manter nossas tradições, vote com responsabilidade e mudaremos o amanhã. País perfeito ainda não existe, mas, dependendo do que fizermos no dia 30 se refletirá no futuro pra melhor ou pior. Depois não adianta botar na conta de Deus as mazelas que poderão advir, Ele não vota. Espero sinceramente que essa cizânia após as eleições desapareça, e que vejamos novamente aquele sorriso fraterno no rosto dos brasileiros.

MÁRIO FERREIRA.:

 

 

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