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Coluna: Cantinho do Mário (25/09)

sáb, 25 de setembro de 2021 08:16

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APEGO

O Zé sem dúvida é uma pessoa diferenciada, já conseguiu uma evolução moral invejável. Ontem nos encontramos e depois de um papo saudável, ele que é católico, passou-me uma mensagem espirita, e alertou para eu ler nas entrelinhas, assim passo a vocês. A mensagem é baseada no seguinte texto de João, 2:15: “Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele”. Lendo nas entrelinhas, deve-se tomar a palavra amor no sentido de apego. Isto nos remete ao consumismo e ao materialismo desenfreado que estamos vivendo. Nem a Covid conseguiu dar um breque no desvario humano. Os valores morais estão em decadência, aqueles que nos deveriam servir de exemplo estão cada vez mais envolvidos com coisas que a traça rói e o ladrão rouba. Tal como, “onde estiver o teu tesouro, aí estará seu coração.” O amor de Deus pelas criaturas é superior a tudo que nos rodeia. Somos seus filhos, fomos criados a sua imagem, embora agindo como crianças birrentas. Pra quem acredita que a vida continua após o desenlace físico, sabe que devemos desenvolver amor às coisas espirituais, nos projetarmos além do mundo material. Será que caixão tem gaveta? Nossas obras no bem deveriam ser nosso tesouro. Ter uma fé maior que um grão de mostarda, acreditar e confiar mais em Deus do que naquilo que as mãos tocam. Quantos exemplos temos à nossa volta: Madre Tereza, Irmã Dulce, Francisco de Assis, Chico Xavier e centenas de outros que o Criador nos envia com o claro recado de que “é possível.” Os apóstolos eram homens comuns, no entanto Jesus conseguiu ver em seus corações nobres a gema pronta pra ser lapidada. Maria Madalena então… Qual a nossa dúvida? A realidade tanto pode ser sentida pelo tato como concebida pela intuição. Nós agimos diariamente pela intuição e pela inspiração, vivemos em mar de pensamentos interagimos uns com os outros, embora sutis, as ideias surgem, influenciadas ou não, se são acatadas depois de analisadas tendem a surtir efeitos positivos, ou negativos, dependendo da fonte. A falta de siso, não vigiar, nos remete as influencias maléficas com sugestões negativas que nos arrastam à perdição. Entretanto na intuição que é a soma de nossos conhecimentos adquiridos e armazenados em nosso subconsciente, agimos sem influência, baseados no “instinto” que pode agir como defesa ou solução. Não sei se fui claro! Mas, assim, o apego ao mundo transitório escraviza a consciência dificultando o processo de libertação que nos leva a planos mais altos de amor e felicidade. Poucas pessoas conseguem entender ou alcançar aquele exercício daqueles monges tibetanos em transe, quanto mais se libertam da matéria mais conseguem se elevar no imponderável. Questionados sobre o que veem ou sentem durante o transe, dão diversas respostas: Libertação, felicidade, integração com o todo, etc. E nós aqui presos à matéria, coagidos pela força da gravidade, reféns de dores, tristezas, angustias e outros. Não estou dizendo para vivermos no mundo da lua. Se nascemos, temos que valorizar nossa estadia neste sítio. Mas se tanta gente consegue, por que não nós?  Quando, enfim, libertaremos âncora do apego e empreenderemos a grande viagem rumo a felicidade?  Precisamos desapegar de tudo que tira nosso sossego para podermos viver com o coração em paz!

1 Comentário

  1. Juca D. disse:

    Parágrafos!! Facilite a leitura, pelo amor de Deus!!

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