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Coluna: Cantinho do Mário (14/04)

qui, 14 de abril de 2022 10:10

CANTINHO DO MÁRIO

A GRANDE ILUSÃO

Nascemos, crescemos, vivemos e morremos para renascer novamente, até que triunfemos da matéria. Corremos atrás de quimeras que acreditamos que nos darão sentido à vida. A procura da felicidade é uma constante, entretanto só encontramos alegrias passageiras. Quando uma pessoa chega a idade madura, se torna um ancião e tem mais tempo para filosofar dá um giro pelo seu passado e vê muita coisa que gostaria de passar uma borracha e se tivesse tempo faria de outra forma, mas o tempo não para, não espera, não volta atrás. Apenas o remorso e o arrependimento são nossos companheiros quando recordamos das oportunidades em que fomos egoístas, orgulhosos e falimos em nossas romagens. Mas… conosco isso não acontece, ou acontece? Baseado nisso, ganhei uma mensagem que passo na íntegra aos amigos leitores para que cada um tire suas conclusões. “Orlando, distinto pregador do Evangelho, na noite em que atingiu meio século de idade, no corpo físico, depois de orar enternecidamente com os amigos, foi deitar-se. Sonhou que alcançava as portas da Vida Espiritual, e deslumbrado com a leveza de que se via possuído, intentava alçar-se para melhor desfrutar a excelsitude do Paraiso quando um funcionário da Passagem Celeste se aproximou a lembrar-lhe solicito: Orlando para evitar qualquer surpresa desagradável no avanço, convém uma vista d’olhos em sua ficha… E o viajante recebeu primoroso documento em cuja face leu espantadiço: -Orlando, renascimento na Terra em 1904, berço manso, pais carinhosos, inteligência preciosa, cérebro claro, instrução digna, bons livros, juventude folgada, boa saúde, invejável noção de conforto, sono calmo, excelente apetite, seguro abrigo doméstico, constante proteção espiritual, nunca sofreu acidentes de importância. Aos 20 anos de idade, empregou-se no comércio, casou-se aos 27 anos em regime de escravização da mulher, assistiu a 672 palestras, realizou 602 palestras e pregações doutrinárias, escreve cartas comoventes, notável narrador, polemista cauteloso, quatro filhos, boa mesa em casa. Não encontra tempo para auxiliar os filhos na procura do Cristo, efetuou 106 viagens de repouso e distração, grande intolerância para com os vizinhos, refratário a qualquer mudança de hábitos para prestação de serviço aos outros. Nunca percebe se ofende ao próximo, através de sua conduta, mas revela extrema suscetibilidade ante a conduta alheia. Relaciona-se somente com amigos do mesmo nível, sabe defender-se com esmero em qualquer problema difícil. Além dos recursos naturais que lhe renderam respeitável posição e expressivo reconforto doméstico sob o constante amparo de Jesus, através de inúmeros mensageiros, conserva bem imóveis no valor de R$3.000 000,00 e guarda em conta de poupança a importância de C$1.500 000,00. Para Jesus que o procurou na pessoa de mendigos, necessitados e doentes deu durante toda a vida cinco reais, Para cooperar no apostolado do Cristo, já ofereceu R$300,00 reais. Quando ia ler o item referente as próprias dívidas, fortemente impressionado Orlando acordou. Era manhazinha. A noite bem-humorado reuniu-se aos companheiros relatando-lhes a ocorrência. Estava transformado, o sonho modificara seu modo de pensar. Consagrar-se ia ao trabalho mais vivo no movimento espírita. Pretendia renovar-se por dentro, reuniria agora palavra a ação. Para isso estava disposto a colaborar substancialmente de um lar destinado a recuperação de crianças desabrigadas, que desde muito desejava socorrer. A experiencia daquela noite inesquecível, era decerto um aviso precioso. E sorridente despediu-se dos irmãos de ideal, solicitando-lhes novo reencontro para o dia seguinte. Esperava assentar as bases da obra que se propunha a fazer. Contudo na noite imediata, quando os amigos lhe bateram à porta vitimado por um acidente das coronárias Orlando estava morto”. (Irmão X, Chico Xavier.) Para pensar.

MÁRIO FERREIRA.:

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