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Coluna: Cantinho do Mário (05/03)

sáb, 5 de março de 2022 08:56

CANTINHO DO MÁRIO

ORIGENS DO CARNAVAL

Dizem que o Carnaval foi trazido para o Brasil pelos portugueses. Alguns historiadores afirmam que a festividade se estabeleceu no país entre os anos de 1500 e 1600 e teve como primeira prática o entrudo (era uma antiga celebração que acontecia nos três primeiros dias antes da Quaresma e que foi substituída pelo atual Carnaval). Segundo os historiadores, há semelhança com o Carnaval, que era uma comemoração portuguesa, nos três dias que antecedem a entrada da Quaresma, na qual os foliões jogavam água uns nos outros, farinha de gesso, etc. Existiu em Portugal até 1817, enquanto no Império do Brasil foi reprimido desde 1854, quando deu lugar ao moderno Carnaval. Essa brincadeira fixou-se primeiramente no Rio de Janeiro e era realizada dias antes do início da Quaresma. O Carnaval é uma tradicional festa popular realizada em diferentes locais do mundo, sendo a mais celebrada no Brasil. Apesar das origens do Carnaval, a festa é tradicionalmente ligada ao catolicismo, uma vez que sua celebração antecede a Quaresma. O Carnaval não é uma invenção brasileira, pois sua origem remonta à Antiguidade. A palavra Carnaval é originária do latim, carnis levale, cujo significado é “retirar a carne”. Esse sentido está relacionado ao jejum de carne que deveria ser realizado durante a Quaresma e também ao controle dos prazeres mundanos. Isso demonstra uma tentativa da Igreja Católica de controlar os fiéis. Na Babilônia, duas festas possivelmente originaram o que conhecemos como Carnaval. As Sacéias era uma celebração em que um prisioneiro assumia, durante alguns dias, a figura do rei, vestindo-se como ele, alimentando-se da mesma forma e dormindo com suas esposas. Ao final, o prisioneiro era chicoteado e depois enforcado ou empalado. Outro rito era realizado pelo rei no período próximo ao equinócio da primavera, um momento de comemoração do ano novo na Mesopotâmia. O ritual ocorria no templo de Marduk (um dos primeiros deuses mesopotâmicos), onde o rei perdia seus emblemas de poder e era surrado na frente da estátua de Marduk. Essa humilhação servia para demonstrar a submissão do rei à divindade. Em seguida, ele novamente assumia o trono.  associação entre o Carnaval e as orgias pode ainda relacionar-se com as festas de origem greco-romana, como os bacanais (festas dionisíacas, para os gregos). Seriam eles dedicados ao deus do vinho, Baco (ou Dionísio, para os gregos), marcados pela embriaguez e pela entrega aos prazeres da carne. Havia ainda, em Roma, a Saturnália e a Lupercália. A primeira ocorria no solstício de inverno, em dezembro, e a segunda, em fevereiro, que seria o mês das divindades infernais, mas também das purificações. Tais festas duravam dias, com comidas, bebidas e danças e eram muito parecidas com as Sacéias. Hoje por trás disso, está o interesse financeiro, através do turismo que é o carro chefe. Contudo, por mais que queiram tapar o sol com a peneira, a festa é uma desculpa para soltar as bestas que dormitam nos foliões e que só acham oportunidade de se manifestar no carnaval. É como se dissessem: pode tudo (drogas, álcool, sexo, perversões sem fim). É uma desculpa esfarrapada para que nossos mais íntimos desejos venham à tona. Sem dúvida alguma é uma demonstração inequívoca de inferioridade moral. Parece que nós, seres humanos temos o dom de desvirtuar tudo. Aí alguns perguntam como o mundo pode estar da maneira que se encontra? O plantio é livre, mas a colheita é obrigatória. Não é questão de moralismo barato, mas de uma constatação que salta aos olhos. Será que para ser feliz precisamos descer o nível dessa forma? Será que a vida não oferece elementos bastante para que possamos viver em harmonia, uns com os outros, com o planeta, com nossa consciência? Brincar carnaval não é proibido, o problema é como fazemos isso, é uma alegria espontânea ou forçada? Vários países tem esta festa, mas varia de acordo com os gostos e evolução moral dos habitantes. Este histórico foi baseado em artigos do Wikipédia, de jornais, pesquisas de universidades e livros diversos.

 

MÁRIO FERREIRA

 

 

 

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