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Cineclube celebra os 50 anos do Golpe Militar

qui, 8 de maio de 2014 14:32
Fotos: Divulgação

Fotos: Divulgação

DA REDAÇÃO – Com o tema “O Cinema Amordaçado”, a Secretaria Municipal de Cultura montou uma programação sobre os 50 anos do Golpe Militar no Brasil. Em três finais de semana, serão exibidos no total seis filmes que estão entre os mais importantes no período da Ditadura, a partir de 1964. As películas escolhidas ou foram proibidas de passar nas salas de cinema ou tiveram cenas cortadas para que a exibição fosse autorizada.

Os filmes serão exibidos aos sábados e domingos deste mês, às 20h, na sala Roberto Rezende, na Oficina Cultural (Praça Clarimundo Carneiro, 204 – Bairro Fundinho). A entrada é franca.

Confira a programação e a sinopse de cada filme:

10/05 (sábado)
Título: Cabra marcado para morrer (Brasil, 1984)
Direção: Eduardo Coutinho
Sinopse: No início dos anos sessenta, um líder camponês, João Pedro Teixeira, é assassinado por ordem dos latifundiários do Nordeste. As filmagens de sua vida, interpretadas pelos próprios camponeses, foram interrompidas pelo golpe militar de 1964. Dezessete anos depois, em 1981, o diretor retoma o projeto e procura a viúva Elizabeth Teixeira e seus dez filhos, dispersados pela onda de repressão que se seguiu ao episódio do assassinato. Cor, 119min.
 
11/05 (domingo)
Título: Macunaíma (Brasil, 1969)
Direção: Joaquim Pedro de Andrade
Sinopse: Nascido numa tribo de índios da Amazônia, um menino negro cresce habituado a ingênuas malandragens. Em delirantes aventuras, ele sai em busca de uma medalha da sorte e chega a São Paulo onde, já adulto e branco, reafirma seu comportamento de herói preguiçoso e sem caráter. Baseado no romance homônimo de Mário de Andrade.

17/05 (sábado)
Título:Terra em transe (Brasil, 1967)
Direção: Glauber Rocha
Sinopse: Em Eldorado, em algum lugar da América Latina, o poeta Paulo agoniza e evoca seus dilemas. Ele oscilou entre dois pretendentes à presidência: Don Porfírio Diaz, político paternalista da capital e Don Filipe Vieira, governador da província de Alecrim, eleito num momento de crise. Este, ajudado pela igreja, abandona suas promessas eleitorais e vira as costas ao povo, sob pressão dos proprietários. O místico Diaz obtém o apoio de Don Julio Fuentes, magnata proprietário de meios de comunicação. Com eles alinham-se as multinacionais. Paulo e sua companheira Sara, militante de esquerda, não encontram saída para as contradições do país. P/b, 115min.

18/05 (domingo)
Título: Como era gostoso o meu francês (Brasil, 1970)
Direção: Nelson Pereira dos Santos
Sinopse: Brasil, 1554. Prisioneiro de Cunhambebe, o grande chefe dos Tupinambás, um aventureiro francês tenta assimilar a cultura indígena graças ao casamento com Seboipepe, viúva de um importante guerreiro. Cor, 83min.

24/05 (sábado)
Título: Iracema, uma transa Amazônica (Brasil, 1974)
Direção: Jorge Bodanzky e Orlando Senna
Sinopse: Em contraste com a propaganda oficial da ditadura, que alardeava a construção da Transamazônica como símbolo do desenvolvimento do país, uma câmera sensível flagrava os problemas que a estrada traria para a região: desmatamento, queimadas, trabalho escravo, prostituição infantil. Alternando documentário e ficção, o filme narra a história da jovem Iracema e do motorista Tião Brasil Grande. Iracema permaneceu proibido pela censura durante seis anos. Nesse período, ganhou prêmios em festivais internacionais e, em 1980, quando liberado, foi o grande vencedor do Festival de Brasília. Cor, 90min.

25/05 (domingo)
Título: O bandido da luz vermelha ( Brasil, 1968)
Direção: Rogério Sganzerla
Direção: Um assaltante de casas de luxo em São Paulo, apelidado pela imprensa sensacionalista de “Bandido da luz vermelha” por usar sempre uma lanterna, surpreende a polícia com seu comportamento fora do comum. Ele possui as vítimas, com quem mantém longos diálogos; e protagoniza fugas ousadas para depois gastar o dinheiro roubado de maneira extravagante. Seu mundo é povoado por personagens singulares, como o detetive Cabeção, a prostituta Janete Jane e o político corrupto J.B. da Silva. P/b, 92min.

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