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Cigano confessa ter matado aposentado na região das Araras

sex, 16 de janeiro de 2015 01:17

DA REDAÇÃO – Na tarde de ontem, o delegado Fernando Storti ouviu o investigado Araújo Marques, de 23 anos, residente em um acampamento cigano na região do bairro São Sebastião. Acompanhado de seus advogados, o jovem confessou ter assassinado a tiros Antônio Cardoso dos Santos (68 anos), no dia 14 de outubro de 2014, nas proximidades da Chácara das Araras, às margens da MG-414, em Araguari.

Araújo Marques foi preso na tarde de ontem. Foto: Divulgação

Araújo Marques foi preso na tarde de ontem. Foto: Divulgação

Araújo Marques contou que seguia sozinho para a represa das Araras, deparando-se com o aposentado Antônio, e este o teria provocado sem motivo. O investigado disse ter pedido para que o senhor fosse embora, mas o homem teria descido de sua bicicleta para agredir o rapaz, que revidou com dois disparos de arma de fogo e evadiu.

Ainda afirmou que costumava ir sempre armado à represa e que o revólver utilizado no crime foi apreendido pela Polícia Militar, em dezembro do ano passado. O mesmo tinha sido adquirido através de uma negociação de veículos.

A versão do cigano sobre a legítima defesa, mesmo sendo constatado um tiro na nuca do idoso, não convenceu ao delegado. “O que o investigado alega não tem qualquer fundamento”, observou Fernando Storti, que deve concluir o inquérito nos próximos dez dias. Não havendo imprevistos, Araújo Marques será indiciado por homicídio duplamente qualificado.

Ainda nesta quinta-feira, o jovem teve a sua prisão preventiva decretada. “Araújo Marques é cigano, que tem como característica ser nômade, mudando o acampamento de endereço de forma constante, sendo um fator que o caracteriza como pessoa que facilmente se furtará da aplicação da lei penal”, argumentou o delegado em seu pedido à Justiça.

Para completar, o policial enfatizou que o delito de homicídio é um dos mais graves crimes previstos no ordenamento jurídico pátrio, atingindo o bem mais valioso ao ser humano e gerando grande repercussão social, mormente em uma cidade de tamanho médio como Araguari, onde fatos dessa natureza estão ocorrendo com frequência raramente vista, gerando enorme clamor social.

Também participaram das intensas investigações deste crime de homicídio os policiais Alei, Cassimiro e Marcelinho, da 4ª DRPC.

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