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Cantinho do Mario – Odilon Neves 1933-2019.

sáb, 1 de junho de 2019 05:04

Abertura-cantinho

Natural de Araguari, nascido aos 14.1.1933. Pais: Jerônimo Neves e dona Ludovina Vieira Neves. Foi casado com a senhora Marcy Gonçalves de Paiva Neves. Filhos: Odilon, Coordenador Administrativo do Distrito Federal no Ministério da Fazenda e Marcio, Juiz de Direito em Cumari-GO.

O Odilon iniciou sua carreira como radialista trabalhando em um parque de diversões. Quando o parque foi para Campinas-SP, ele o acompanhou, chegando lá, conheceu Geraldo José de Almeida que o convidou para trabalhar na Rádio Educadora de Campinas, daí sua carreira alçou vôo, trabalhou na Rádio Piratininga de São Paulo, depois na Rádio Record também em SP.

Ofereceram-lhe um emprego na Rádio Mayrink Veiga  no Rio de Janeiro, ficou lá um tempo e depois foi para a Rádio Bandeirantes – SP, e finalmente, para a Rádio Tupi no Rio de Janeiro. Dava assistência ao Palácio do Catete no Rio de Janeiro, fazendo cobertura e prestava serviços nos cerimoniais do Governo, era amigo do presidente Getulio Vargas.

Odilon Neves 1933-2019.

Odilon Neves 1933-2019.

 

Mais tarde, foi convidado para prestar serviços na Rádio Educadora de Uberlândia que estava em fase de instalação, contudo, seu sonho era voltar para sua terra natal que estava bem pertinho. Atendendo o convite de Theodoreto Veloso de Carvalho voltou a Araguari para trabalhar na Rádio Cacique em fase de implantação. Foi o introdutor das transmissões esportivas no Brasil Central. Nesta época, Araguari se destacava como uma das mais importantes cidades da região.

Atendendo o convite de Juscelino Kubistchek de Oliveira, fez sua primeira entrevista internacional, quando estiveram presentes o presidente Craveiro Lopes e o arcebispo Dom Cerejeira de Portugal com o fim de definir o local para a primeira missa a ser celebrada em Brasília e fez a cobertura total do evento.

Foi o primeiro locutor a transmitir um jogo de futebol em Brasília quando se enfrentaram Fluminense de Araguari e Guará. Fez a cobertura da chegada da estrada de ferro na Estação Bernardo Sayão em Brasília.

Passou por todas as emissoras locais. Era Jornalista, filiado a Federação Profissional dos Jornalistas do Brasil, sua inscrição foi uma das primeiras; foi também filiado à Federação Internacional de Jornalistas com a inscrição  nº 225. Formou-se em Radiologia; recebeu uma centena de comendas e medalhas e destas, eu destaco: Medalha da Inconfidência – MG, Mendes de Sá – RJ, Cruzeiro do Sul pelo governo federal — uma das mais altas comendas do país, centenas de outros títulos como cidadão honorário de diversas cidades de Minas, São Paulo e Goiás.

Foi vereador por 26 anos no tempo em que se servia a comunidade sem receber salário, nove vezes secretário da Câmara dos Vereadores e um sem número de vezes, líder de prefeitos eleitos.

A vida do Odilon foi uma epopéia de serviços prestados a comunidade, ao Estado e ao Brasil. Uma página não daria para citar as condecorações que possui; todas documentadas com fotos junto às personalidades da época.

Foi uma honra ser contemporâneo e amigo do Odilon. Foi um exemplo de pessoa e cidadão, raros são aqueles aquinhoados com tantas honras por merecimento.  Era muito conhecido e imitado por esse Brasil afora.

Um super abraço ao meu amigão, onde estiver; ele foi também profeta. Em uma conversa entre nós dois, previu o que aconteceria após a ascensão de certo partido político e seus integrantes. “Há grandes homens que fazem com que todos se sintam pequenos. Mas o verdadeiro grande homem é aquele que faz com que todos se sintam bem ao seu lado”.

CASOS E HISTÓRIAS PITORESCAS DE ARAGUARI

Fomos à fazenda do Zé. O Orlando, que era o motorista, também tinha um pequeno sítio, comprado a pouco menos de dois anos.

Chegando lá, demos de cara com um chiqueiro, onde estavam refestelados cinco enormes suínos.

O Orlando, impressionado com o porte dos animais chamou o Zé e lhe perguntou.

“-Zé, eu também tenho um sítio e crio alguns porcos, mas perto dos seus são Preás, o que você dá pra eles comerem, engordarem e crescerem deste tanto?”

O Zé pigarreou e lascou.

“-Isto é uma simpatia.”

E diante da cara aparvalhada do Orlando continuou:

“-Eu dou comida três vezes ao dia pra eles, muita água e de tardezinha o que eles não dão conta de comer, esfrego no lombo deles. Isto é que faz com eles engordem e cresçam, é uma simpatia que aprendi com meu avô.”

O Orlando voltou com a maior cara de taxo.

To rindo até hoje.

Quem não tem dinheiro…

Mário F. S. Júnior

 

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