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Cantinho do Mário – Fausto Fernandes de Melo + 1929 +2019.

sáb, 27 de abril de 2019 05:09

Abertura-cantinho

Natural de Nova Ponte, nascido aos 16 de outubro. Pais: Florêncio Gonçalves Fernandes e dona Maria de Melo Fernandes. Foi casado com a senhora Lourdes Vasconcelos Fernandes. Filha: Ana, Advogada, casada. João Pedro e Luana, são seus netos, foi um avô super coruja.

Veio para Araguari em 1940, estudou no Colégio Regina Pacis em regime de internato por oito anos. Na época disse-me que foi muito bom e o sistema severo ajudou a formar seu caráter.

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Fausto Fernandes de Melo + 1929 +2019.

Formou-se em Contabilidade, morou em Belo Horizonte por dois anos com a intenção de estudar medicina, mas sua vocação era mesmo na área de negócios. Voltou para Araguari e trabalhou como sócio proprietário da firma Vasconcelos e Companhia até 1970. A partir daí foi empresário rural em Rio Verde (GO); Quirinópolis (GO) e Gurupi no Tocantins.

Foi prefeito de Araguari de 1967 a 1971 e de 1977 a 1982. Nunca havia se candidatado a nenhum cargo político e não tinha nenhuma prática no ramo.

Foi presidente do Clube Recreativo Araguarino e o construtor da sede na rua João Peixoto; foi diretor do Sindicato Rural e, juntamente com Geraldo Debs participou de sua implantação e construção da sede. Foi Provedor da Santa Casa de Misericórdia de Araguari.

Na sua gestão como prefeito houve a correção do córrego Brejo Alegre, construção de galerias de esgoto e pluvial, asfaltamento de suas margens se transformando na avenida Coronel Theodolino Pereira de Araújo. Contou com a parceria do 2º Batalhão Ferroviário que viabilizou a construção do “Túnel do Tempo”, (nome dado pela população devido à semelhança com um aparelho de uma série de ficção científica que passava na TV.) para a ligação da avenida Minas Gerais; havia ali um baita buraco no canal do córrego separando-a em duas partes.

Construiu o Ginásio Poliesportivo General Mario Brum Negreiros que permitiu trazer muitas atrações para Araguari como campeonatos, inclusive show do Roberto Carlos (hoje os prefeitos não tem dado conta de reformá-lo).

Foi uma época muito difícil; o país passando por uma crise ímpar e o Fausto só não fez chover.

Dono de um vozeirão — só aparecia ele nas conversas, sinto-me honrado de ser seu contemporâneo e tê-lo como amigo.

Dado ao meu trabalho, quando na ativa, mantive contato frequente com vários prefeitos, mas o Fausto me impressionou, pois era sempre alegre e otimista.

A cidade deve muito a ele.

Um super abraço onde estiver meu irmão. Esta é minha homenagem para um homem de bem, honesto e competente, dono de uma qualidade rara, a simplicidade.

CASOS E HISTÓRIAS PITORESCAS DE ARAGUARI

O irmão do Zé se aposentou e, como não tinha o que fazer, resolveu encher a cara de cachaça. Havia um boteco em frente a sua casa. De meia em meia hora mandava uma Ypioca no papo.

Resultado, em seis meses adquiriu uma cirrose e abotoou o paletó. Durante o enterro o Zé estava lá no fogo habitual (vinte e quatro horas no ar).

Duvido que alguém possa consumir mais cachaça do que ele (dizem as más línguas que se ele engolir um cordão e deixar uma ponta pode ser usado com lamparina).

Embora sabendo o motivo da morte do irmão do Zé eu quis ser atencioso e perguntei a causa da desdita do Tonho. A resposta me pegou no contra pé, veio revestida de toda sabedoria dos consumidores etílicos de longo curso:

“-Meu chapa! O mano careceu de calma e prática, ele quis beber os atrasados todos de uma só vez. Beber é uma arte, posso falar porque estou há muito tempo no ramo. O consumo deve ser homeopático, constante e devagar, não se pode assustar o fígado.”

Dei uma gargalhada e recebi vários olhares desaprovadores. Conheço o Zé a um mundão de tempo, acho que faz sentido.

Quem não tem dinheiro…

MÁRIO F. S. JÚNIOR

 

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