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Cantinho do Mário – Abdala Mameri, *1925 – +1998

sáb, 15 de junho de 2019 05:07

Abertura-cantinho

Natural de Araguari nascido aos 7.3.1925. Pais: Abrão Abdala Mameri e dona Zaquia Jorge Abdala Mameri, que vieram para Araguari em 1912. Foi casado com a senhora Célida Mameri. Filhos: Abdala Mameri, Sadia Mameri  e Linda Mameri.

Ele passou a infância e juventude em Araguari. Fez seus estudos no Grupo Escolar Raul Soares (na época) e logo se mostrou um jovem precoce amante das letras e escrevia seus poemas. Terminou o segundo grau no Colégio Regina Pacis em 1942. Durante todo o tempo que estudou,  auxiliou o Colégio com uma dedicação impecável. Era simples, dedicado e uma pessoa de muito sentimento, denominou sua turma de “Gloriosa – 1942.”

Abdala Mameri, *1925 – +1998

Abdala Mameri, *1925 – +1998

Enquanto viveu, promovia encontro de confraternização dos formandos que não faltavam e vinham a Araguari para matar saudade. Amava Araguari como ninguém, criou o Arquivo Público Municipal em 1944 e foi seu presidente por 30 anos. Fundou a Academia de Letras e Artes de Araguari e hoje é seu Patrono. Criou as primeiras Associações de Bairros de Araguari, sendo a primeira a Associação do Bairro do Rosário, (onde morava) e a partir daí auxiliou na criação de todas as outras da cidade. Trabalhou no Banco Hipotecário de Minas Gerais que ficava ali na esquina das ruas Dr. Afrânio com Quinca Mariano,  posteriormente foi trabalhar no Banco do Brasil.

Contribuiu para a vinda e instalação da Cooperativa dos Bancários, instalou a Livraria do MEC para auxiliar crianças de baixa renda e adquirir objetos escolares a pequenos preços. Recebeu um sem número de comendas e medalhas por seu trabalho que fazia desinteressado de homenagens a bem da cultura.

Instituiu através da Academia de Letras o Concurso Nacional de Contos e Poesias, hoje intitulado Abdala Mameri, completando nos dias atuais mais de cinquenta anos ininterruptos. Foi nomeado: O HOMEM CULTURA, HUMANISTA, POETA, ESCRITOR, JORNALISTA E RELIGIOSO E FAMÍLIA.  Ocupou a cadeira de número 26 da Academia de Letras do Triângulo Mineiro.

Jamais será esquecido, não só pelo que representou para a nossa cidade, mas pelo que deixou realizado, inclusive inúmeros livros prontos para serem publicados, relativos à História e grandes personalidades de nossa cidade e região.

Lembro-me perfeitamente do Abdala, sempre alegre distribuindo gentilezas por onde passava, foi meu professor naquele tempo em que se respeitavam os mestres.

Registro aqui minha homenagem e saudade para meu amigo; de todos os seus legados, destaco aquele que considero mais importante entre as coisas materiais: a Academia de Letras e Artes de Araguari que é uma instituição viva e vibrante. “Há homens que lutam um dia e são bons, há outros que lutam um ano e são melhores, há aqueles que lutam muitos anos e são muito bons. Mas há outros que lutam toda a vida e estes são imprescindíveis.” (Bertolt Brecht).

Devo declarar que este breve relato não lhe faz justiça; isto é apenas um resumo muito pobre da vida de um grande homem, quem quiser saber mais procure a ALAA.

CASOS E HISTÓRIAS PITORESCOS DE ARAGUARI

Essa é referente ao meu amigo homenageado. Eu estudava no Regina Pacis quando ouvi a história pela primeira vez.

Os alunos tinham muito carinho pelo nosso querido professor e ficaram sabendo que ele havia recebido uma pequena herança de um parente dos Estados Unidos.

Então, como não poderia deixar de ser, exatamente pela liberdade e sincera amizade com que tratava a todos, seus alunos passaram a chamá-lo de ABDOLAR. Ele sempre dava boas gargalhadas.

Saudade daqueles tempos.

Quem não tem dinheiro…

MÁRIO F.S. JUNIOR

 

1 Comentário

  1. Azenaide de Fátima Cunha e Silva disse:

    Conheci o Professor, Jornalista Abdala Mameri. Trabalhei no Jornal Botija Parda de Araguari/MG. Abdala Mameri, semanalmente, publicava crônicas. Um homem honrado e íntegro.

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