Da Redação

 

Um tema extremamente debatido entre especialistas de diversas áreas sociais diz respeito às desigualdades das sociedades modernas, especialmente aquelas que adotam o chamado “capitalismo selvagem” como modelo de funcionamento. Por mais que esse assunto não faça parte do dia a dia da maioria das pessoas, ele se torna ainda mais necessário em épocas em que as palavras “solidariedade” e “esperança” saltam aos ouvidos, como é o caso do natal.

Em um mundo em que algumas crianças receberão montanhas de presentes que vão desde roupas de grife à smartphones de última geração, milhões de outros pequenos não ganharão nada.

Diante desse cenário assustador, mas real, campanhas solidárias ganham um nível de importância cada vez maior. E não é diferente no caso da ação realizada pelos Correios, batizada de “Papai Noel dos Correios”.

 

A ideia é uma oportunidade de, não apenas presentear alguém que passaria o natal com a árvore vazia na manhã do dia 25 de dezembro, mas de levar esperança e conforto ao coração dessa criança e de toda sua família. Para se ter uma ideia do que está em jogo, a campanha Papai Noel dos Correios foi lançada na última quinta-feira, 11, e já somava, ontem, 12, mais de 65 mil cartinhas de crianças com até 10 anos de idade e em situação de vulnerabilidade social – a maioria delas buscando “presentes” de necessidade primária, como cestas básicas e material escolar.

É válido destacar que a campanha começou há mais de 30 anos, quando empregados da empresa, comovidos com as cartinhas em caligrafia recém-aprendida ou transformadas em desenhos coloridos que chegavam, decidiram tirar esses sonhos do papel. Somente nos últimos dez anos, foram mais de 6 milhões de cartas atendidas.

Pelas regras da campanha, é aceita uma carta por criança, e as correspondências ao Papai Noel devem ser de alunos da rede pública até o 5º ano do ensino fundamental ou de crianças acolhidas em creches, abrigos e núcleos socioeducativos. Ainda, podem participar crianças com deficiência, independente de sua idade. “Não serão selecionadas as cartas que contenham endereço, telefone ou foto da criança. A identificação da criança será realizada no momento do cadastro e não será divulgada para os padrinhos, em nenhuma hipótese”, alertam os Correios.

Para os interessados em adotar uma cartinha – os chamados padrinhos – é preciso procurar uma unidade participante da ação pelo blog da campanha (blognoel.correios.com.br) e clicar em “Adoção On-line”, em seguida, selecionar o estado da federação em que está e a cidade em que reside ou a mais próxima, para assim poder ler as cartas e escolher qual vai adotar. É possível adotar mais de uma cartinha, e isso pode ser feito de forma online, pelo próprio blog.

Já a entrega de presentes deve ocorrer de forma presencial, no ponto de entrega mais próximo da localidade indicada no blog. Por exemplo, no caso dos araguarinos e araguarinas, na página do portal, no local específico do ponto de entrega, basta selecionar o estado de “Minas Gerais”, a cidade de “Araguari” e a unidade “Centro”. O mesmo processo pode ser feito em qualquer localidade, variando de acordo com a região em que reside o participante. As datas para entrega dos presentes podem variar de acordo com a área do país, e devem ser conferidas no site.

Segundo os Correios, o atendimento presencial será realizado com atenção aos protocolos de segurança – uso de máscaras e distanciamento – para evitar aglomerações.