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Bebê sequestrada da maternidade da UFU é localizada em Itumbiara

qui, 25 de julho de 2024 13:03

Da Redação

 

O caso registrado do sequestro de uma bebê recém-nascida de dentro da maternidade do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia, ganhou grande repercussão nacional, a partir do momento em que o fato foi noticiado pelo pai da menina, pela Polícia Militar e Civil.

 

Pelas imagens do circuito interno do hospital e das câmeras de videomonitoramento, uma mulher que em primeiro momento acreditava-se que se tratava de uma falsa médica, entrou na maternidade se passando por pediatra. O pai Edson Ferreira, contou que sua filha nasceu de uma cesariana e que após 3 horas, entrou no quarto uma mulher vestida de médica ressaltando fazer parte da equipe de pediatria. “Como minha esposa ainda não havia produzido o leite para dar a minha filha, a mulher falou que iria levar a bebê para amamentar e que traria em seguida. Mas como ela não voltou, procurei auxílio do hospital”, disse.

A acusada é médica neurologista e possui uma clínica em Itumbiara

 

A mulher saiu do HC levando a criança em uma bolsa amarela presa em suas costas e com um cobertor entre os braços. Em seguida ela saiu por uma

porta lateral da entrada principal da unidade, caminhando até um veículo Corolla, de cor vermelha, que estava estacionado em via pública. A mulher entrou no veículo e arrancou de forma tranquila.

 

Após fazer o monitoramento do veículo, por meio de câmeras de segurança, a Polícia Civil de Uberlândia fez contato com a Polícia Civil em Araguari, que por sua vez, também acionou a Polícia Civil de Itumbiara. Ainda por meio de imagens, a Polícia Civil de Itumbiara conseguiu monitorar e chegar até o veículo. Em uma investigação rápida, a PCGO chegou até a acusada, sendo identificada como Cláudia Soares Alves, que segundo o delegado da PCGO, Anderson Pelágio, estaria com itens no carro, para ficar mais dias com a criança.

 

“Assim que recebemos a informação da Polícia Civil de Minas Gerais, deslocamos até o imóvel dela. Lá uma empregada estava na residência e conseguimos pegar a criança e colocá-la em segurança. Entramos em diligências e conseguimos localizar a médica que retornava para casa. Ela se limitou a dizer que estava tomando remédios e que não daria mais declarações”, disse o delegado.

Milhares de postagens foram compartilhadas em grupos, com o objetivo de encontrar a sequestradora e a bebê. Por volta das 9h30, a notícia vinda da cidade de Itumbiara, acabava com o mistério, informando a localização da sequestradora.

 

Segundo apurado pela reportagem da Gazeta do Triângulo, junto à Polícia Civil de Goiás, Cláudia segue presa e deverá ser encaminhada para cidade de Uberlândia, para mais esclarecimentos sobre os fatos dentro do Inquérito instaurado pela PC. Outro fato apurado pela reportagem, está relacionado ao Ministério Público Federal, que por meio do Procurador Kléber Eustáquio, já está com investigação aberta, a fim de apurar se a médica agiu sozinha ou se teve auxílio de pessoas de dentro da própria unidade hospitalar. A investigação também seguirá para apontar como a médica entrou na unidade sem realizar os procedimentos obrigatórios dos médicos que trabalham no HC UFU.

 

Em nota divulgada pela direção do HC UFU, está sendo efetuada uma apuração interna de todas as circunstâncias do caso. A instituição destaca que está colaborando com as investigações e que está à inteira disposição das autoridades e da família para a breve solução do caso.

 

QUEM É CLÁUDIA?

 

Cláudia Soares Alves, de 42 anos, é graduada pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, em Uberaba. Possui também residência em Clínica Médica na Universidade Federal de Uberlândia e pós-graduação em medicina do trabalho pela Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (SP), concluída em 2008. Ganhou o título de especialista em Neurologia pelo MEC, em 2011.

 

Além do caso desta terça-feira (23), Cláudia ainda é suspeita de ser a mandante da morte de uma farmacêutica em Uberlândia, em 2010, quando a vítima foi atingida por cinco tiros chegando ao trabalho.

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