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Atração por pecadores

qui, 19 de junho de 2014 00:00

JULIANO FABRICIO

Viver pela graça inspira uma consciência crescente de que sou e o que sou aos olhos de Jesus e nada mais. É a aprovação Dele que conta. Fazer de Jesus nosso lar, do modo que Ele faz de nós o Seu, leva-nos a ouvir criativamente:

“Já passou pela sua cabeça que eu esteja orgulhoso de que você tenha aceitado o dom da fé que lhe ofereci. Orgulhoso de que você me tenha escolhido livremente, depois que eu o escolhi, como seu amigo e seu Senhor? Orgulhoso de que com todas as suas rugas e verrugas você não desistiu? Orgulhoso de que você confie em mim o bastante para tentar vez após outra?

“Você faz ideia de quanto eu valorizo o fato de você me querer? Quero que você saiba quanto sou grato quando você pára para sorrir e confortar uma criança perdida. Sou grato pelas horas que você dedica para aprender mais a meu respeito; pela palavra de encorajamento que você ofereceu a seu surrado pastor, por sua visita ao confinado, por suas lágrimas pelo retardado. O que você fez a eles, fez a mim. Minha tristeza é quando você não crê que o perdoei totalmente, ou quando você não se sente à vontade para aproximar-se de mim”.

A oração é outra área em que muitos têm dificuldade porque não estão conscientes de que, na liberdade do Espírito, há tantos modos de orar quanto cristãos. Como regra cardeal da oração permanece o dito de Don Chapman: “Ore como você consegue, não ore como você não consegue”.

Suponhamos que você dê para sua filha de três anos um livro de colorir e uma caixa de giz de cera como presente de aniversário. No dia seguinte, ostentando o sorriso orgulhoso que somente um pequeno pode reunir, ela apresenta as primeiras figuras para sua inspeção. Ela coloriu o sol de preto, a grama de roxo e o céu de verde. No canto inferior direito, ela acrescentou maravilhas confusas de placas flutuantes e anéis suspensos; à esquerda, um arsenal de rabiscos coloridos e despreocupados. Você se maravilha diante dos traços ousados e intui que sua psique está lutando contra sua própria pequenez cósmica diante de um mundo grande e feio. Mais tarde, no escritório, você compartilha com sua equipe o primeiro esforço artístico de sua filha e faz veladas referências às obras mais precoces de Van Gogh.

Nenhuma criancinha é capaz de colorir mal, tampouco nenhum filho de Deus é capaz de fazer uma oração ruim. “Um pai se deleita quando seu pequenino, deixando de lado seus brinquedos e amigos, corre até ele e atira-se em seus braços. Enquanto abraça seu pequenino junto de si, o pai pouco se importa se a criança está olhando ao redor, sua atenção passando rapidamente de uma coisa para a outra, ou apenas se aconchegando para dormir. Essencialmente, a criança está escolhendo estar com seu pai, confiante do amor, do cuidado e da segurança que são seus nos braços dele. Nossa oração é bem semelhante. Nós nos aconchegamos nos braços do Pai, em suas mãos amorosas. Nossa mente, nossos pensamentos, nossa imaginação podem saltar de um lugar para outro; podemos até mesmo cair no sono; porém estamos essencialmente escolhendo permanecer durante esse tempo na intimidade com nosso Pai, entregando-nos a Ele, recebendo seu amor e cuidado, deixando que Ele desfrute de nós à vontade. É oração simples. É oração bem infantil. É oração que nos abre para todos os deleites do Reino.”
tudodegraca

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