Assassinato de Poliana Vaz é esclarecido pela Polícia Civil
sáb, 12 de maio de 2018 05:28Da Redação
Corpo da garota de 17 anos foi encontrado em setembro na região da represa Araras; mandado de prisão do suspeito foi cumprido na tarde de ontem
A Polícia Civil em Araguari, chefiada pelo delegado Wilson José Fernandes, realizou coletiva com a imprensa na tarde desta sexta-feira, 11, para apresentar a elucidação de um dos crimes mais complexos dos últimos tempos no município, vitimando Poliana Carolina Vaz, de apenas 17 anos, em setembro de 2017. O corpo dela foi encontrado dois dias após desaparecer de casa, no bairro Santa Terezinha.

Delegados da Polícia Civil na coletiva de ontem à tarde
** Gazeta do Triângulo
O suspeito Rafael Eduardo da Costa, 30 anos, foi capturado pela Polícia Civil mediante mandado de prisão preventiva expedido pela titular da Primeira Vara Criminal da Comarca, juíza Danielle Nunes Pozzer. Ele era monitorado há algum tempo e, ontem, ao chegar de viagem para visitar sua mãe, na região do bairro Independência, não teve como escapar da equipe responsável pelo caso.
A coletiva contou ainda com o delegado Felipe Oliveira Monteiro, que responde pela Delegacia de Homicídios, e as delegadas Paula Fernanda de Oliveira e Mariana Dell’isola Oliveira de Melo Alves, da Delegacia Especializada em Orientação e Proteção à Família.
De acordo com a equipe de policiais, diversas linhas de investigação foram desenvolvidas. No início cogitou-se a hipótese da participação de um parente da garota no crime, no entanto, através do aparelho celular da vítima o caso tomou novos rumos. Rafael havia repassado o telefone ao seu filho.
A partir de então, várias diligências foram realizadas, dentre as quais coleta de material genético do suspeito, sendo que um exame de DNA confirmou que o material genético dele estava presente na região genital de Poliana Vaz.

Corpo da garota de 17 anos foi encontrado em setembro na região da represa Araras; mandado de prisão do suspeito foi cumprido na tarde de ontem
“O suspeito inicialmente negou qualquer envolvimento no crime, porém, ao ser confrontado com as provas colhidas no inquérito, decidiu assumir a autoria do homicídio”, disse Felipe Monteiro.
A delegada Paula Fernanda informou que a investigação apurou junto às câmeras de segurança o trajeto da adolescente na fatídica tarde de 15 de setembro, quando supostamente havia saído de sua residência para fazer faxina na casa de um familiar. “Em dado momento ela sumiu desse percurso. Assim as diligências foram concentradas nessa situação, inclusive sendo constatada a presença do suspeito nessa região da cidade”.
Além do celular, a Polícia Civil conseguiu chegar até o veículo de Rafael, uma caminhonete a qual havia sido repassada a terceiros no Alto Paranaíba. Um exame detalhado da carroceria constatou vestígios de sangue, mesmo após ser lavada pelo suspeito, conforme relatado por uma testemunha.
“Ele contou que a vítima lhe ofereceu drogas. Como usuário, decidiu comprar. Após usarem a substância entorpecente em sua casa, tiveram relação sexual com o consentimento de ambos. Houve uma discussão que gerou o assassinato”, relatou o delegado Felipe Monteiro com base nas declarações do investigado.
A versão apresentada por Rafael não convenceu a equipe de policiais, tendo em vista que, a princípio a vítima não tinha qualquer envolvimento com esse tipo de delito.
Os desdobramentos da investigação buscam apurar a veracidade do depoimento do suposto assassino bem como se houve estupro antes de ceifar a vida da adolescente.
“Houve um cuidado muito grande para apresentar o Rafael como principal suspeito da morte de Poliana. A investigação exigiu tempo. O exame de DNA, por exemplo, demorou, mas trouxe 100% de certeza da autoria do crime”, observou o delegado regional Wilson Fernandes.
Rafael Eduardo da Costa foi encaminhado ao Presídio de Araguari na tarde de ontem, ficando à disposição da Justiça. Caso se confirme a sua participação, ele deverá ser submetido a julgamento através do Tribunal do Júri.
O CASO
No dia 15 de setembro do ano passado, foi registrado pela família de Poliana Carolina Vaz o seu desaparecimento, tendo em vista que saiu de casa por volta de 13h de sexta-feira e seguia de bicicleta para a residência do tio com a intenção de fazer faxina, mas não teria chegado ao local e nem entrado em contato, preocupando a todos.
No dia 17 de setembro, pela manhã, o cadáver de uma mulher foi encontrado numa estrada vicinal na região da represa Araras, saída para o distrito de Amanhece, caído ao solo de barriga para baixo. Uma pessoa que passava pelo lugar acionou imediatamente os militares.
Segundo relatado, o rosto estava completamente desfigurado, mas familiares e o namorado de Poliana reconheceram as roupas – bermuda jeans, que estava rasgada, e blusa florida, como sendo aquelas que a menor usava no dia do desaparecimento.
Ainda no domingo, uma tia da vítima compareceu ao PML – Posto Médico Legal e constatou que se tratava da adolescente desaparecida. Houve também uma força-tarefa entre a Delegacia de Homicídios e a Delegacia Especializada em Orientação e Proteção à Família, iniciando naquela data os trabalhos de investigação.
Em outubro a delegada Paula Fernanda de Oliveira solicitou à Justiça da Comarca mais prazo para a apuração dos fatos. Em dezembro, o Juízo Criminal concedeu 60 dias para o encerramento do feito, porém, em fevereiro houve novo pedido para a conclusão das diligências, justamente em função da realização de exames de DNA assim como no veículo do suspeito.
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Nossa de parabéns essa polícia!