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Assassinato de jogador amador: Júri Popular confirmado para agosto

ter, 7 de maio de 2019 05:14

Da Redação

Três jovens estarão no banco dos réus e responderão por homicídio qualificado

O Tribunal do Júri da Primeira Vara Criminal da Comarca designou para o próximo dia 22 de agosto, a partir de 10h, no Fórum Doutor Oswaldo Pieruccetti, a sessão de julgamento popular dos denunciados pelo assassinato de Ralfh Campos de Godoi, atleta de futebol amador, morto a tiros enquanto dormia em sua casa, na rua Corumbá, bairro Brasília. O jovem de 32 anos jogava pelo União Esporte Clube, equipe que representa aquela região da cidade.

Há oito meses, a Gazeta do Triângulo informou que os réus seriam julgados. Agora, foi confirmada a data da sessão, aguardada com grande expectativa pelos familiares e amigos da vítima.

A então companheira de Ralfh, 22 anos, a irmã dela, 20 e o responsável pela execução do crime, 21 anos, serão julgados por homicídio qualificado – motivo fútil, mediante promessa de recompensa e recurso que dificultou a sua defesa. As duas estão recolhidas na ala feminina do Presídio de Araguari desde o dia 25 de agosto de 2017. O atirador aguarda pelo julgamento no Presídio Professor Jacy de Assis, em Uberlândia.

Mais dois jovens foram denunciados pelo Ministério Público de Minas Gerais. O que teria emprestado o revólver calibre 38, Taurus, utilizado no delito, não será julgado e foi colocado em liberdade no ano passado. A acusação entendeu que não havia provas de que ele sabia da trama para executar o jogador.

Um quinto participante, 21 anos, é considerado foragido da Justiça. Como ele desapareceu, responderá ao processo separado dos demais. Ele estaria pilotando a motocicleta naquela fatídica manhã de 10 de agosto.

CONFISSÃO

Em abril do ano passado, os acusados foram interrogados. Eles chegaram ao Fórum Dr. Oswaldo Pieruccetti sob forte escolta das unidades prisionais. Familiares e amigos de Ralfh Campos de Godoi se manifestaram do lado de fora, cobrando justiça.

O atirador, que alegou trabalhar como auxiliar de mecânico, assumiu a autoria da execução bem como a participação da ex-mulher da vítima. Negou o envolvimento da irmã e dos demais denunciados. Segundo falou na audiência, assim que entrou no quarto, o jogador estava se levantando e foi alvejado por dois disparos de arma de fogo.

O rapaz confirmou que a companheira da vítima prometeu o pagamento de uma recompensa para que cometesse o assassinato, o qual foi combinado por telefone, mas não chegou a receber o dinheiro. Além disso, a mulher deixou o portão da residência aberto para que entrasse e surpreendesse o homem.

Conforme colocado pela juíza, a confissão dele bate com as provas, especialmente com o depoimento de um vizinho que viu a jovem sair de casa e retornar logo depois. Ele também presenciou o autor deixando o local, logo após ouvir um barulho parecido com o estouro de uma bomba.

“A negativa de autoria apresentada pelas acusadas segue isolada das provas e não merece consideração”, observou Danielle Nunes Pozzer, que manteve a prisão preventiva das duas e do rapaz.

 

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