Araguari sedia IX Congresso Nacional dos Artesãos
ter, 17 de outubro de 2023 08:08Da Redação
O artesanato é uma técnica manual empregada para produzir objetos feitos a partir de matéria-prima natural. Geralmente, os artesanatos são fabricados por famílias, dentro de suas casas ou em uma pequena oficina. Essa técnica é praticada desde o período antigo, denominado Neolítico, quando poliam pedras para fabricar armas e objetos de caça e pesca, cerâmica para guardar alimentos e tecelagem para fabricar redes, roupas e colchas.
A partir da Revolução Industrial, o artesanato ficou desvalorizado, pois, neste período, as pessoas realizavam funções específicas, deixando de participar de todo o processo de fabricação. Além disso, os artesãos eram submetidos à péssimas condições de trabalho e baixa remuneração. Este processo recebeu o nome de linha de montagem.
Atualmente, o artesanato voltou a ter prestígio e importância. Continua a buscar elementos naturais para desenvolver suas peças originadas do barro, couro, pedra, folhas e ramos secos entre outros. Em todas as regiões é possível encontrar artesanatos diversificados originados a partir da natureza típica do local e de técnicas específicas.
Sabendo da importância do artesanato para a população, entre os dias 13 e 15, a Prefeitura de Araguari, através da Fundação Araguarina de Educação e Cultura (FAEC), em parceria com a Federação do Artesão Mineiro e a Associação Mutirão promoveram o IX Congresso Nacional dos Artesãos. A finalidade do encontro foi debater políticas públicas destinadas ao artesanato, através de discussões sobre a construção e implementação do artesanato e a contribuição dos artesãos e mestres no desenvolvimento sustentável.
De acordo com a FAEC, dentre os presentes estavam: deputados federais, deputados estaduais, representantes do Senado nacional, mestres e doutores sobre o assunto, que participaram das mesas redondas, com os seguintes temas: cenário atual das políticas do artesanato e da legislação existente – desafios para superação dos problemas; produção artesanal sustentável e inovações tecnológicas; importância da atuação em redes de cooperação; estratégias de comercialização e integração socioeconômica; memória do artesanato.
Ainda segundo a FAEC, foram formados cinco grupos de discussão, cada um foi norteado da seguinte forma: Grupo 1 – Memória do artesanato – definir diretrizes para criação de políticas relativas ao registro da memória do artesanato; à preservação dos saberes e identificação de mestres e mestras artesãs; à preservação do artesanato de base identitária. Grupo 2 – Produção artesanal sustentável e Inovações Tecnológicas – indicar estratégias e ações para incentivar a adoção de métodos, meios e mecanismos para uma produção artesanal diferenciada, com utilidade e funcionalidade, imprimindo a força e riqueza da cultura dos seus territórios; e orientar a utilização de inovações tecnológicas no processo de desenvolvimento sustentável, sob a ótica da categoria. Grupo 3 – Atuação em redes de cooperação – definir diretrizes para o fortalecimento das organizações representativas dos artesãos, com adoção de modelos e processos de gestão atualizados e adequados; articulação e efetivação de parcerias com entidades e instituições públicas e privadas de diferentes áreas de atuação; adoção de práticas de planejamento e gestão participativas e colaborativas. Grupo 4 – Estratégias de Comercialização e Integração Socioeconômica – indicar caminhos para governança da política de acesso ao mercado sob a ótica das necessidades dos artesãos (ãs) e sua integração com outros segmentos da economia com perspectiva de ampliação e consolidação no mercado. Grupo 5 -Políticas Públicas e Legislação do Artesanato – priorizar os principais problemas que atingem o setor artesanal que deverão ser objeto de processos de construção e implementação de políticas, bem como da construção do marco legal do artesanato, priorizando os rumos da profissão de artesãos, artesãs, mestres e mestras, através da regulamentação da lei 13.180/2015.
Para Wederson Prado Machado, vice-presidente da FAEC, a realização deste evento em Araguari representa o resultado dos investimentos feitos pela Prefeitura de Araguari, através da FAEC, no desenvolvimento do artesanato em Araguari. Isso inclui a capacitação contínua dos artesãos, a promoção de várias oficinas de aprimoramento e o envio dos artesãos araguarinos para participação em feiras nacionais, o que têm levado Araguari a uma posição de destaque em Minas Gerais e no Brasil.
“Esse evento é realizado dois em dois anos, nele também aconteceu uma votação que escolheu Rio Grande do Sul para ser o próximo estado que sediará o congresso. Na próxima edição, o encontro será em Porto Alegre”, explicou Wederson Prado Machado.
“Receber o IX Congresso do Artesão é muito mais do que ser uma referência no debate das políticas públicas, no contexto da construção da economia criativa do nosso país. É representar Minas Gerais. É o primeiro congresso que acontece em Minas e Araguari foi escolhida para poder recepcionar todas essas delegações, são 12 estados”, disse Diogo Machado, presidente da FAEC.
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