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Após nove meses descredenciado, município retorna à AMVAP

qui, 30 de novembro de 2017 05:21

por Tatiana Oliveira

Desligamento do convênio de Saúde teve motivação financeira, afirma prefeitura

No dia seis de fevereiro deste ano o prefeito Marcos Coelho de Carvalho (PMDB) encaminhou um ofício solicitando o descredenciamento do município da Associação dos Municípios da Microrregião do Vale do Paranaíba – AMVAP. Na data, o motivo alegado foram as contas municipais. “No início do mandato o prefeito achou por bem sair da AMVAP porque nós estávamos em uma situação financeira difícil e a contribuição para a Associação, quando fizemos um levantamento, era alta. Naquele momento não era possível acompanhar o gasto“, coloca o secretário de Saúde João Batista Arantes.

Prefeitos conveniados à AMVAP reúnem-se no Palácio dos Ferroviários

Prefeitos conveniados à AMVAP reúnem-se no Palácio dos Ferroviários

 

Ontem, 29, o prefeito retornou à AMVAP, em reunião no Palácio dos Ferroviários. “No momento estamos com as contas municipais regularizadas, mais organizadas. Nesse sentido, junto a toda a região, resolvemos participar novamente dessa associação, que é muito importante, pois os problemas passam a ser resolvidos em conjunto, e não sozinhos”, coloca o líder peemedebista.

Conforme explica o secretário de Saúde, o benefício de retomar o convênio de Saúde com a AMVAP não é financeiro. “Para um município do porte de Araguari o retorno é muito mais de um congraçamento, um entrosamento”, coloca. Segundo ele, a contribuição anual da cidade à AMVAP é de R$ 418 mil. “A contribuição de Araguari é muito alta em relação a uma cidade menor que contribui pouco e tem um benefício maior. Isso foi pesado, mas resolvemos aderir novamente e fazer parte desse grupo do Vale do Paranaíba, principalmente porque estamos montando o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência e entendemos que se, formos unidos, temos mais forças”, completa Arantes.

O ex-ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT) esteve presente na reunião. “Ele está nos auxiliando, nos assessorando sobre a implantação do SAMU”, afirma o prefeito de Araguari. Segundo Padilha, retomar o convênio traz benefícios a Araguari, principalmente para viabilizar o SAMU na região. “Nenhum município sozinho consegue implantar o SAMU. Ele precisa de profissionais, de médicos, enfermeiros, hospitais de referência e funcionamento integrado com as unidades de saúde’, coloca.

Conforme o petista conta à Gazeta do Triângulo, o serviço de atendimento de urgência deve ter início no próximo ano. “Então Araguari, principalmente o SAMU, precisa dessa união dos municípios. Os recursos do Ministério da Saúde e do Governo do Estado estão garantidos, as ambulâncias estão compradas, profissionais selecionados, agora é colocar o SAMU para funcionar aqui na região”.

AMVAP e CISTRI

A AMVAP não recebe recurso a nível Federal e Estadual, sendo assim, é mantida pelos 20 municípios credenciados que pagam as contribuições devidas para a manutenção da entidade. Assim, o credenciamento do município tem um custo de aproximadamente R$ 70 mil mensais; em contrapartida, são oferecidos produtos e serviços a partir de convênios firmados entre as cidades participantes. Além disso, são disponibilizadas consultas e exames de média e alta complexidade e que estão ligados ao Consórcio Municipal de Saúde.

O município também está associado ao Consórcio Público Intermunicipal de Saúde da Rede de Urgência e Emergência da Macrorregião do Triângulo do Norte (CISTRI/MG). O Consórcio desenvolve ações e serviços de saúde, observando os preceitos que regem o Sistema Único de Saúde (SUS) especialmente no que tange ao gerenciamento dos serviços de urgência e emergência. A sede do CISTRI está instalada em Uberlândia, conta com 27 municípios credenciados e é responsável pela implantação do SAMU na região.

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