por Mel Soares

Durante reunião, representantes da Polícia Militar, Conselho Tutelar e secretaria de Educação ressaltam a importância dos pais ou responsáveis quanto a formação de jovens psicologicamente saudáveis

Na manhã dessa segunda-feira, 1° de abril, o 53° Batalhão de Polícia Militar se reuniu com diretores e professores de escolas públicas e particulares de Araguari, e ainda representantes da Superintendência Regional de Ensino, no Imepac (Instituto Master de Ensino Presidente Antônio Carlos).

Segundo informações do comandante da 252ª Cia, responsável pelo policiamento da cidade de Araguari, tenente Ivanir Clementino de Brito, a reunião foi motivada após os diretores das escolas pedirem informações a Polícia Militar sobre a maneira que devem agir no caso de observarem que os jovens estejam envolvidos na criminalidade, situação que ocorreu em uma escola estadual na semana passada, onde alunos planejavam um possível massacre.

“A Polícia Militar observou esta demanda e então foi organizada esta reunião com o intuito de dar dicas de segurança e orientar sobre como proceder, se por ventura, acontecer alguma situação de ameaça, algum atentado. Esperamos que isso não aconteça, mas temos que prevenir, orientar para que os diretores repassem tais orientações para os professores e pais de alunos, algo primordial”, destacou.

Ao falar sobre o assunto, o militar comentou acerca da importância da educação familiar destes jovens. “Tudo começa em casa: segurança; responsabilidade; educação e disciplina vêm de casa. Temos que orientar os pais para que estes problemas não cheguem à escola, mas se por ventura chegarem, nós temos todo o respaldo para fazer frente a esta situação.”

Com o objetivo de oferecer segurança a comunidade escolar, o 53° Batalhão de Polícia Militar reforçou o policiamento na porta das escolas como forma preventiva. “Reforçamos o policiamento com o objetivo de que os pais possam levar os filhos para a escola com toda segurança possível.”

A conselheira tutela Vera Arruda, que acompanhou os menores que confessaram o plano de massacre na escola, disse que foi feito um trabalho em conjunto na data, que perdurou por doze horas.

“Estamos atentos a tudo, ao chamamento das escolas, da comunidade, dos pais. Estamos realizando um trabalho de acalmar, de conversar com os pais em relação a estes conflitos. Se algum adolescente apresentar comportamento inadequado as escolas devem nos acionar e tem acontecido isso, porque as escolas são parceiras”, disse.

De acordo com Iara Faria, assessora especial da secretaria de Educação, o diálogo entre pais e filhos é essencial na formação dos jovens. “Todos estão muito assustados com o atual contexto, mas temos que levar em conta a nossa casa, onde os pais precisam ter uma conversa aberta, um diálogo com os filhos; olhar a mochila do filho, levá-lo na porta da escola, orientar, porque o papel do pai ou mãe é muito importante neste momento. A escola faz a prevenção, mas os pais fazem a orientação dentro de casa, e isso é muito importante. Os pais precisam monitorar o celular de seus filhos e colocar limites, principalmente na rede social”, considerou.

A reunião contou com palestras ministradas pelo comandante do 53° Batalhão de Polícia Militar, tenente coronel João Romeu Mendonça, e o sargento Cardoso que ressaltaram sobre a importância da educação na vida dos adolescente, sobretudo, acerca do papel da família.