Ações para o combate ao uso de bebidas alcoólicas por menores são intensificadas
qui, 26 de março de 2015 00:30DA REDAÇÃO – A Promotoria da Infância e Juventude promoveu, nessa segunda-feira, 23, uma audiência no Ministério Público, para discutir ações visando o combate ao consumo de bebidas alcoólicas por menores. Participaram do encontro o Conselho Tutelar, o Comissariado da Infância e da Juventude e o 53º Batalhão de Polícia Militar.
De acordo com a conselheira tutelar, Maria Isabel Nonato, a venda e fornecimento de bebidas alcoólicas a menores não era considerado crime. “O indivíduo era apenas conduzido para a delegacia e considerava-se uma contravenção, mas, com a mudança na lei, tornou-se um crime, previsto no artigo 243 do Estatuto da Criança e do Adolescente, e a pessoa que cometer esse ato pode ser presa em flagrante e estar sujeita a pena de detenção de dois a quatro anos. Caso o menor esteja na companhia de um adulto, ele também será conduzido. Se o jovem estiver desacompanhado e for pego com bebidas alcoólicas, ou embriagado, os pais serão notificados e, em caso de reincidência, serão autuados”.
Durante a reunião, foi definido que os órgãos iniciarão fiscalizações em bares e locais públicos, visando o combate ao uso de bebidas. A conselheira conta que há muitos anos, o Conselho, juntamente com a Delegacia de Polícia Civil, Polícia Militar, secretaria de Meio Ambiente, Comissariado e Corpo de Bombeiros, realizavam rondas bimestrais no município. “Essas ações eram muito produtivas. Passávamos nos bares e locais com grandes índices de aglomeração identificando menores com bebidas alcoólicas”.
A conselheira ressalta que o consumo aumentou bastante no município. “É um índice muito alto. Os jovens fazem aglomerações nas praças e locais públicos para consumir bebidas e drogas. Muitos misturam vodca e pinga com refrigerante para não serem pegos, mas agora, se encontrarmos os menores cometendo esses atos, os responsáveis terão que responder”.
As fiscalizações serão iniciadas em breve e a conselheira tutelar afirma que, nesse primeiro momento, será realizada a orientação e prevenção. “A nova lei marca uma grande evolução, pois agora poderemos fazer com que os infratores respondam pelo crime”. Os estabelecimentos que descumprirem a proibição de venda de bebida alcóolica para menores estarão cometendo infração prevista no artigo 258-C do Estatuto da Criança e do Adolescente. “A pena será a multa, que pode variar de R$ 3 mil a R$ 10 mil, com interdição do local. Em caso de reincidência, o estabelecimento poderá até mesmo ser fechado”.
Segundo a conselheira, a expectativa dos órgãos em relação às fiscalizações é muito boa. “Esperamos que vá melhorar bastante a situação e pedimos para que os pais fiquem mais atentos e mais preocupados com os filhos e com os locais que eles têm frequentado.Nossa maior preocupação é resguardar a integridade física e moral desses menores”.
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Não sou a favor do alcoolismo , só acho que nesse país um menor pode roubar , matar , estuprar , sequestrar e varios outros crimes piores ainda , mas beber de jeito nenhum , daqui a pouco colocam prisão perpetua para esse tipo de “crime`´ e os vagabundos que estão na rua fazendo o mal vão ser tratados como se fossem herois e bancados pelo trabalhador , pai de familia , enfim as pessoas de bem da nossa sociedade , ja que é assim por que não reduzir a maioridade . (indignado)
Não reduzem a maioridade penal, pois os maiores infratores, não teriam em quem por a culpa. O crime é a maior fonte de renda para os politicos. Se a maioridade fosse reduzida, alguns orgãos teriam que deixar de existir, pois não haveria proposito para tais orgãos.
Não é questão de minimizar o que um menor faz Lucas, é questão de tentar conscientizar os jovens de que o uso de bebidas alcoólicas não é bom nem para ele nem para a sociedade em que ele vive. Apesar de ser difícil conscientizar um jovem que diariamente é bombardeado com publicidade, que querendo ou não estimulam o uso das bebidas. E a questão de redução de maioridade penal é no mínimo falta de conhecimento sobre a situação carcerária brasileira. O senhor acredita que misturar um jovem que por exemplo roubou um livro, ou alguma coisa em um supermercado ou loja qualquer (talvez pelo motivo de sua família não ter condição de comprar) com marginais de alta periculosidade resolveria o problema? Acho que agravaria a situação. E quando reduzíssemos a maioridade penal, os grandes bandidos que pagam os jovens, responderiam “contratando” pessoas mais jovens e mais jovens, aí chegaríamos a uma situação de ter que prender as crianças no berço!!!