1- O que é Transtorno de Personalidade Esquiva?
O Transtorno de Personalidade Esquiva é caracterizado por um padrão predominante de inibição social, sentimentos de incapacidade, sensibilidade extrema a críticas ou repreensões e uma tendência à solidão ou isolamento. Pessoas que apresentam o transtorno de personalidade esquiva sentemse como socialmente ineptas e não atraentes e evitam contato social por medo de serem ridicularizadas, humilhadas ou desprezadas. Os pacientes, tipicamente, mostram-se solitários e relatam o sentimento de distanciamento da sociedade. Entre 0,5 e 1% da população em geral sofre de transtorno de personalidade esquiva.
2-Quais são as suas características?
As pessoas que sofrem de transtorno da personalidade esquiva caracterizam-se por ter sentimentos de inadequação, por serem hipersensíveis às avaliações negativas e por evitar qualquer contato por medo de serem desaprovadas. Este transtorno tem certas semelhanças com a fobia social, mas diferencia-se desta, pois, nesta última, as pessoas evitam determinadas situações sociais, mas não as relações próximas. No transtorno da personalidade esquiva, evita-se qualquer tipo de interação pessoal; existe o desejo de se aproximar das pessoas, mas o medo de ser rejeitado é mais forte.
3-Como diagnosticar o transtorno de esquiva?
Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, na quinta edição (DSM-V ) o transtorno deve ser diagnosticado se houver: – esquiva de atividades devido a um medo irracional de rejeição ou críticas; – falta de vontade de entrar em um relacionamento interpessoal; – moderação em situações interpessoais devido ao medo de ser ridicularizado; – preocupação com a crítica e temor de rejeição; – inibição das relações interpessoais devido a sentimentos de inadequação; – percepção irreal de inadequação social e inferioridade perante aos outros; – relutância em participar de atividades novas devido à ideia de risco e constrangimento.
4-Como ajudar a uma pessoa com esse transtorno?
Procure informação sobre o transtorno de personalidade esquiva. Para poder ajudar o seu familiar, primeiro entenda o que ocorre e porque lhe acontece. Não o julgue se decidir não ir a uma reunião social por medo de ser recusado. Também não o critique nem o menospreze. Isto só agravará seus sentimentos negativos e você perceberá que ele vai notar uma rejeição da sua parte que o fará se sentir pior. Incentive-o a sair ainda que responda sempre negativamente. Proponha-lhe também planos que sejam de seu interesse e deixe-o saber que você estará ao seu lado e não deve sentir medo pela rejeição porque o que importa é estar bem e se desligar da vida diária em companhia.
5-Como é realizado o tratamento?
A terapia cognitiva pode ser útil. Esta terapia assume que o pensamento errado do paciente está causando o transtorno de personalidade, e, portanto, centra-se na mudança de padrões cognitivos distorcidos por examinar a validade das hipóteses por trás deles. Se um paciente sente que é inferior, desagradável e socialmente inaceitável, um terapeuta cognitivo iria testar a realidade dessas premissas pedindo ao paciente para nomear amigos e familiares que gostam de sua companhia, ou para descrever os encontros sociais do passado. Ao mostrar ao paciente que outros valorizam a sua presença e situações sociais podem ser agradáveis, a irracionalidade de seus medos e inseguranças sociais estão expostas. Este processo é conhecido como restruturação cognitiva.
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