DA REDAÇÃO – A Justiça de Araguari programou para segunda-feira, dia 7, o julgamento popular de Eurípedes Martins, o Euripão, principal suspeito de matar pelo menos cinco mulheres em Araguari, na década passada. O caso do maníaco, como foi denominado na época, assombrou a comunidade local e repercutiu em todo o País. Por enquanto, o réu responde pela morte de Lara Rodrigues Caetano Pereira, de 13 anos.

Para a sessão do Tribunal do Júri, foram sorteados 25 nomes de uma lista com mais de 200 pessoas selecionadas no ano passado. Elas deverão comparecer ao Fórum Doutor Oswaldo Pieruccetti, a partir de 9h. Acusação e defesa irão apontar sete cidadãos para se assentarem no Conselho de Sentença – responsável por decidir se o réu é culpado ou inocente.

Os nomes sorteados são os seguintes: Flávia Martins F. da Cunha, Mara Marta M. Soares, Juliana Alessi S. Soncini, Sirlene Cabral L. Cunha, Luciana C. Siqueira, Marinês F. Cunha, Cinthya B.S. Diniz, Thays Luzia C.N. da Cunha, Sandro Resende, Marta Helena M.R. Felipe, Tiago Martins F. da Cunha, Lucas M. Narciso, Maria Deusdete P. Silva, Regina F. Tormin, Silvia Helena R. Martins, Adriana dos Santos M. Olegário, Elaine Polônio, Cíntia R. Alves, Josimar C. Xavier, Williana S. Almeida, Norma Aparecida F. Campos, Lilian Martins C. Viana, Eliana P. de Melo, Márcio R. Lourenço e Alecsandra Carolina V. Lopes.

Participaram do sorteio o juiz-titular da Primeira Vara Criminal e presidente do Tribunal do Júri da Comarca, Ewerton Roncoleta e a promotora de Justiça Lílian Tobias. Os mesmos jurados deverão comparecer ao Fórum para a sessão do dia 9 de abril.

A DENÚNCIA

De acordo com o Ministério Público Estadual, no dia 23 de agosto de 2004, após as 20h, na estrada de acesso à fazenda Cachoeirinha, na região do bairro de Fátima, Eurípedes Martins, por motivo torpe, matou Lara Rodrigues Caetano Pereira, arrastando o cadáver para um matagal com o objetivo de ocultar sua localização.

Na noite dos fatos, a adolescente teria saído com um homem de aproximadamente 35 anos em um motel no bairro Goiás. Em troca ela receberia 20 reais para comprar drogas.

Ao deixar o estabelecimento, segundo o MP, a vítima foi abordada por Euripão e convencida a se dirigir até o local ermo, onde consumiriam crack. Ambos estavam em bicicletas.

Diz a denúncia que “aproveitando o lugar deserto, impelido pelo motivo torpe, consistente no fato de ter-lhe sido encomendada a morte da adolescente para um ritual de magia negra, o denunciado agrediu a vítima com socos e chutes na cabeça, golpes que a deixaram atordoada e sem defesa. Em seguida, agarrou-a pelo pescoço e a matou. Eurípedes ainda deixou Lara parcialmente nua e cobriu o corpo com uma blusa azul”.