A norma de fabricação do Queijo Minas Artesanal estabelece tempo de maturação de 17 dias para o tipo “Serro” e 22 para o “Canastra”. Foto: Daniel Nunes/SECOM/PMU

DA REDAÇÃO – O queijo fabricado no Triângulo Mineiro foi reconhecido oficialmente como Queijo Minas Artesanal, sendo admitida a sua comercialização. Juntamente com Uberlândia, as cidades de Araguari, Cascalho Rico, Estrela do Sul, Indianópolis, Monte Alegre, Monte Carmelo, Nova Ponte, Romaria e Tupaciguara passam a compor a sexta região produtora de Queijo Minas Artesanal do Estado.

A notícia foi divulgada na tarde de terça-feira (25) na Femec, quando o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, José Silva, confiou ao vice-prefeito, Paulo Vitiello, o relatório de pesquisa de qualidade do Queijo Minas Artesanal, que descreve as características do queijo do Triângulo Mineiro. A homologação foi publicada pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) na Portaria 1.397/2014. As outras cinco regiões reconhecidas que mais produzem o queijo em Minas são: Canastra, Serro, Araxá, Cerrado e Campo das Vertentes. “Essa é uma luta histórica dos produtores rurais para legalizar a produção e venda do Queijo Minas, sendo conhecido nacionalmente como produto tipicamente mineiro”, comentou o diretor geral do IMA, Altino Rodrigues Neto.

Existem cerca de 1,3 mil produtores de queijo artesanal no Triângulo Mineiro, os quais, com a homologação da região produtora de Queijo Minas Artesanal, serão beneficiados com trabalho e renda. Para a produção desse tipo de alimento, existem algumas características imprescindíveis que são levadas em consideração, como o clima, altitude, histórico, entre outros. “Os produtores poderão agora sair da informalidade e difundir a cultura mineira pelo país. Quem ganha é o produtor, por ter seu produto legalizado, e o consumidor, por ter a certeza de um produto com qualidade, devidamente certificado”, contou a secretária municipal de Agropecuária e Abastecimento, Vanessa Petrelli.

A certificação cria mais uma opção de trabalho para os pequenos produtores de leite da Agricultura Familiar da região de Uberlândia e do Triângulo Mineiro, gerando emprego, melhoria de renda e qualidade de vida.
 
Novos horizontes

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento firmou um convênio com o Governo de Minas Gerais para colocar em execução novos critérios a fim de facilitar o registro de queijos artesanais tradicionalmente produzidos a partir de leite cru. A nova direção normativa ratifica as ações já adotadas em Minas para incentivar a expansão comercial do queijo nacionalmente, sem abrir mão das normas de qualidade. Através da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento e de instituições a ela vinculadas – Emater e IMA – são adotadas medidas de combate à clandestinidade e informalidade, através do registro e da vigilância em todo o Estado. Com a publicação do ato, o produtor mineiro desse tipo de queijo, maturado em período inferior a 60 dias, poderá comercializar seu produto por todo o país.

“Já vamos reconhecer mais duas regiões produtoras de queijo no Estado e uma região produtora de requeijão. Agradeço ao apoio dado pelo município em viabilizar o reconhecimento do Queijo Minas Artesanal do Triangulo Mineiro. A certificação do queijo é uma forma de qualificar e manter uma tradição tão mineira”, explicou o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, José Silva.

Antes da revisão da norma, a comercialização estava limitada a queijarias localizadas em região de indicação geográfica e propriedades certificadas pelo Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal (PNCEBT). Além da diminuição do prazo de maturação, órgãos do Governo Estadual irão atuar em parceria para a inspeção, descentralizando e facilitando o processo de certificação. A norma de fabricação do Queijo Minas Artesanal exige tempo de maturação de 17 dias para o tipo “Serro” e 22 para o “Canastra”.