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Representante da associação dos proprietários de moto táxi utiliza tribuna para falar sobre processo licitatório

qua, 8 de agosto de 2018 05:24

Da Redação

Segundo ele, classe está pronta para ser regulamentada e município descumpriu leis federais e municipais no último edital

Ontem, 7, Luiz Claudio da Cunha compareceu em companhia de Irineu Filho a fim de representar a associação dos proprietários de moto táxi. O convite foi realizado por meio de requerimento do vereador Paulo de Oliveira do Vale (PV) após Cunha apresentar irregularidades no último processo licitatório.

Representante afirma que deve ser feito novo processo licitatório e não apenas um “remendo”

Representante afirma que deve ser feito novo processo licitatório e não apenas um “remendo”

 

Segundo Cunha, o último edital publicado pela prefeitura descumpre direitos previstos na Lei Federal 5.126, de março de 2013, e legislação municipal nº 5.977, que altera a Lei nº 5.126, de 7 de março de 2013, que “Dispõe sobre o Serviço de Transporte Individual de Passageiros no Município de Araguari e dá outras providências”, modificada pela Lei nº 5.964, de 13 de novembro de 2017.

Durante a visita no plenário, o mototaxista apontou diversas irregularidades. “A lei federal veio com o intuito de eliminar o que era prejudicial. Um dos pontos é a questão de que as motos fossem de propriedade da empresa ou do mototaxista, mas na licitação que a prefeitura fez não foi bem assim. Durante vistoria foram percebidos diversos veículos em nome de terceiros, por exemplo, ou com licenciamento antigo”. Segundo ele há processo no Ministério Público e na 2ª Vara Cível tramitando a respeito do processo licitatório.

Posteriormente, conta o representante da classe, foi assinado Termo de Ajustamento de Conduta junto ao Ministério Público, que previa alterações na lei municipal. “A ideia era ajudar a categoria, como por exemplo, a criação do Micro Empreendedor Individual, que era regulamentada por lei federal”, conta. “Foram alterações muito boas, porém, ficaram engavetadas.”

Conforme relatos do mototaxista, a aprovação da lei fez com que cerca de 70% dos mototaxistas deixassem de ser ligados ao INSS e passassem a contribuir pelo MEI. Após isso, foi lançado edital de processo licitatório que os prejudicou. “A licitação apareceu e exigiu que os mototaxistas fossem assegurados pelo INSS, isso fez com que os MEI não pudessem concorrer.” “Tentamos de todas as formas uma comunicação com o secretário. Não tivemos outra saída senão entrar com outra ação judicial contra os atos dele.” A Gazeta do Triângulo tentou falar com o secretário de Trânsito, Transportes e Mobilidade Urbana, Luiz Antônio Lopes, porém até o fechamento da edição não obteve sucesso.

Segundo ele, após uma única empresa participar do processo licitatório e nova vistoria feita pela prefeitura, apenas 30 mototaxistas estão aptos, de acordo com edital, a prestar serviço na cidade. “São aproximadamente 25 empresas, segundo lei federal e municipal, aptas a concorrer. Com isso, em média de 200 a 250 mototaxistas vão ficar sem serviço.”

Outro problema enfrentado pela classe é a respeito do valor inserido no edital de R$ 2,48 pela corrida mínima sendo que o menor valor cobrado atualmente gira em torno de R$ 5. A questão do cadastro do assegurado como autônomo também foi um dos empecilhos para os pontos não participarem do certame.

No fim do ano passado foi determinada pelo Ministério Público a paralisação dos serviços de mototaxistas tendo em vista a falta de legalidade da atividade.

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