Da Redação

Caso a prefeitura não envie uma resposta até o final de janeiro, poderá haver paralisação do serviço

O Sindicato dos Médicos de Minas Gerais (Sinmed-MG), entidade representativa da classe em Araguari, informou que está acompanhando a situação dos médicos do município, na luta por melhorias salariais. Os profissionais solicitam a implantação de um Projeto de Lei para alteração do piso salarial, que, segundo a categoria, se encontra defasado.

 

De acordo com informações do sindicato, foram realizadas reuniões para negociação, inclusive no Ministério Público, cuja promotora responsável se mostrou atenta às reivindicações, porém, até o momento, não foi viabilizada nenhuma ação concreta e não houve resposta aos ofícios enviados pelo Sinmed.

O sindicato afirma que nem a atual gestão e nem a próxima definiram como lidar com a situação da classe, o que, na opinião do sindicato, configura em notório desrespeito aos profissionais e à população araguarina. O órgão ressalta que irá acompanhar a negociação e, caso não haja nenhuma proposta, tomará as devidas providências para defender os direitos dos médicos em Araguari, inclusive com a possibilidade de paralisação dos serviços. Conforme foi acordado com a categoria, o Sinmed está aberto ao diálogo e aguarda resposta da administração até o dia 31 de janeiro do próximo ano.

Segundo a secretária de Saúde, Lucélia Aparecida Rodrigues, está havendo negociações com os médicos, porém, as reuniões são acompanhadas pela secretaria de Administração. “Enviamos uma resposta ao sindicato informando que essa situação está sendo acompanhada pela secretaria de Administração e que não podemos assumir um compromisso salarial para a próxima gestão”. A secretária ressaltou que a pasta é responsável pela verificação do cumprimento do contrato dos médicos e da carga horária. “As questões relacionadas ao pagamento do salário, piso salarial e repasses é de responsabilidade da Administração”.

Atualmente, o salário base do médico generalista, que realiza carga horária de 8h diárias, é de R$ 8.766,54 e dos médicos especialistas e clínico-gerais, cuja carga horária é de 4h diárias é de R$ 1.258,74. O secretário de Administração, Braulino Borges, comenta que a proposta da categoria era de que o médico generalista recebesse o salário base de R$ 16 mil, o médico especialista de R$ 12.900 e o clínico-geral de R$ 8 mil. “Essa proposta foi descartada, pois o município não tem condições financeiras para assumir esse aumento salarial, por isso faremos uma contraproposta”.

Braulino ressalta que, devido à lei nº 9.504, não é permitido fazer alterações salariais no período eleitoral. “A lei veta alterações salariais entre o período de 2 de julho a 1º de janeiro. Além disso, fizemos uma lei complementar, nº 101 de 2000, que proíbe o governo municipal de aumentar as despesas de caráter salarial nos últimos 180 dias de mandato”.

As negociações da classe estão sendo realizadas juntamente com a equipe que está deixando o governo e a equipe de transição. “O atual governo irá propor alterações e o futuro governo deve concordar com a proposta para que efetive um acordo. Estive reunido com a coordenadora da equipe de transição, Tereza Cristina Griep, ela concordou com a proposta e apresentaremos aos médicos em uma audiência no Ministério Público, que está marcada para a próxima quarta-feira, 7, a partir das 14h”.