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UPA – Candidatos questionam transparência quanto aos critérios para seleção de funcionários

qua, 1 de junho de 2016 05:35

Da Redação

A Organização Social Missão Sal da Terra, assumiu a gestão da Unidade de Pronto-Atendimento – UPA 24 horas, durante solenidade promovida nesta segunda-feira, 30. A entidade irá fornecer à Araguari atividades de apoio ligadas à área de saúde e desta maneira, ficará responsável pela organização da estrutura e de providenciar a contratação emergencial de funcionários para o início do atendimento na unidade de saúde.

Candidatos questionam transparência quanto aos critérios para seleção de funcionários

Candidatos questionam transparência quanto aos critérios para seleção de funcionários

 

Logo na segunda-feira, 30, grande número de interessados se apresentou no Sine (Sistema Nacional de Emprego) para deixar seus currículos no intuito de pleitear uma vaga de trabalho e foram pegos de surpresa por um questionário que indagava não só informações pessoais do candidato, mas também sua preferência religiosa. O assunto foi amplamente discutido nas redes sociais e levado ao plenário da Câmara Municipal durante sessão desta terça-feira, 31.

Na ocasião, a vereadora Eunice Mendes (PMDB) apresentou um requerimento solicitando a presença dos representantes da Organização Missão Sal da Terra, na próxima sessão ordinária, a  ser realizada no dia 7 de junho. “Fui procurada por algumas pessoas interessadas em vagas disponíveis na UPA e me relataram que, no preenchimento do questionamento, é pedida a informação referente à religião do candidato, desta maneira, gostaríamos de obter esclarecimentos sobre os critérios que serão utilizados na análise dos currículos apresentados pelos interessados,” afirmou.

A vereadora contou ainda que, juntamente com o vereador José Ricardo Resende de Oliveira (PPS) esteve no SINE para verificar as informações junto à empresa terceirizada, responsável pela seleção. “Ao serem questionados, os representantes afirmaram que a religião do candidato não é de caráter eliminatório. Mas vamos continuar acompanhando a seleção de currículos; precisamos esclarecer esta situação, para que seja feita uma seleção transparente e justa com os candidatos,” completou.

A reportagem entrou em contato com coordenador da entidade, Vanderlei Antônio Gomes. Ele garantiu que somente as informações referentes à qualificação, formação e experiência profissional serão analisadas como critério de seleção. “O cadastro é feito pela empresa contratada. Em posse de todas as informações, o candidato seguirá para entrevista psicológica e comportamental, depois fará uma prova de conhecimentos específicos. Haverá ainda a análise de currículo de acordo com as especificações de cada cargo disponível para preenchimento e entrevista técnica com o selecionado,” explicou.

Ele ressaltou ainda que a Organização foi fundada em 1981 e possui caráter beneficente, com fins sociais, educacionais, profissionalizantes e recreativos, sem distinção de raça, credo ou sexo. “Na área da saúde, a entidade atua desde 2007, quando começou a gerenciar a UPA – Sul. Em 2011, assumiu a UAI (Unidade de Atendimento Integrado) Pampulha, também no setor sul, e 21 UBSFs (Unidades Básicas de Saúde da Família), além da criação de diversos projetos e programas desenvolvidos com apoio das prefeituras e não apoiamos qualquer tipo de discriminação nestes projetos,” ressaltou.

Para ele, os candidatos podem ficar tranquilos e encaminhar currículo por meio do Sine (Sistema Nacional de Emprego), pois, processo seletivo será feito com total lisura e transparência. A expectativa é de que haja a contratação de mais de 200 profissionais de várias áreas, que serão preparados para atuar em caráter provisório por seis meses na unidade, conforme determinação do Ministério Público.

2 Comentários

  1. josue disse:

    A nobre vereadora não tinha tantas preocupações no mandato passado.

  2. Julio Cesar Rodrigues disse:

    Se a vereadora teve ou não “tantas preocupações” no mandato passado, isto não diminui em nada a preocupação atual em defender os candidatos de eventual perseguição religiosa. A simples existência da pergunta sobre preferência religiosa, já indica preconceito e não deveria existir. O Brasil é laico e, por lei, ninguém deve ser obrigado a declarar preferência religiosa. Muito menos ser favorecido ou prejudicado por isto.

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