Demora na análise de processos penais gera manifestação na porta do Presídio
qui, 26 de maio de 2016 05:09Da Redação
Em torno de trinta pessoas se reuniram na porta do Presídio de Araguari na manhã desta quarta-feira, 25. O grupo, formado por familiares dos presos, manifestou revolta em relação à superlotação e, principalmente, acerca da demora na análise da progressão da pena por parte da Justiça.
Segundo as esposas, tais informações foram recebidas durante visitas e repassadas à Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal.
Para verificar a real situação dos detentos, o vereador presidente da Comissão, Wesley Lucas de Mendonça (PPS) e o advogado Fernando de Almeida Santos, estiveram em reunião com a direção do Presídio e oito detentos, abrigados em celas do bloco A.
Conforme informações, parte dos internos deste pavilhão decretou greve de fome na terça-feira, 24. “As refeições estão disponíveis, mas os presos disseram que não irão se alimentar até que o juiz responsável pela análise dos casos se manifeste sobre o andamento dos processos. Alguns deles poderiam cumprir outros regimes como o aberto ou semiaberto, mas devido à demora na análise isto ainda não foi viabilizado”, esclareceu o vereador sobre a versão dos presos.
A questão referente a superlotação foi confirmada pelos representantes. “A nossa preocupação é com a integridade física. Como pudemos constatar, diferente do que foi anunciado por familiares, não há ninguém ferido. No entanto, procede a informação de que há um número excessivo de presos no mesmo espaço. As celas tem capacidade para seis pessoas, mas estão comportando em torno de vinte”, explicou o advogado.
À tarde, parte das famílias permaneceu por algumas horas no canteiro central da avenida Coronel Theodolino Pereira de Araújo em frente ao Fórum Oswaldo Pieruccetti para solicitar ações do Judiciário. De acordo com informações, o juiz Cassio Macedo Silva, que recebeu os vereadores Wesley Lucas e Giulliano Souza Rodrigues (PTC) estará no Presídio na próxima semana com o objetivo de ouvir os questionamentos e dialogar com os internos a respeito dos processos.
A defensora pública, Vanessa Moreira Alves, disse que aproximadamente trinta benefícios estão vencidos. “Estive em reuniões com o promotor e o juiz responsável ainda na semana passada. Ambos manifestaram interesse em resolver estas situações o mais rápido possível. Uma das hipóteses seria a realização de um mutirão na promotoria para que os processos sejam encaminhados rapidamente. Aqueles que não tiverem faltas graves dentro do Presídio poderão ser contemplados brevemente”, explicou.
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O presídio está bem bonito na foto, do jornal parece que deram uma boa reformada. Parabéns !!!
excesso de lotação ? qual a lotação prevista ? Qual o número de presos ? reportagem muito ruim…..
João Ribeiro, a informação sobre o número limite de presos numa cela pode ser constatada na fala do advogado. Por favor, releia a matéria.
Sra. Melmara, a informação do advogado não é oficial, e há celas variadas de tamanho no presídio. Logo, o Jornal tem que ouvir a Administração para informar o número total de vagas e o número de presos, e se, o excesso de lotação é em todas as celas…..
Pensando bem, o senhor tem toda razão.