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Casos de dengue confirmados no primeiro trimestre superam total do ano de 2014

ter, 15 de março de 2016 08:33

Da Redação

Secretaria de Saúde recebeu confirmação de 250 casos de dengue desde o início do ano

O número de casos de dengue confirmados no município, até o dia 4 de março, superou o total confirmado durante todo o ano de 2014. Ministério da Saúde ainda não repôs estoque de inseticida do vetor alado.

De acordo com a coordenadora de Epidemiologia da secretaria de Saúde, Maria Lúcia Hirono, até o final da primeira semana de março, o município recebeu 671 notificações de casos de dengue, sendo que 250 resultados foram positivos. “Ainda não tivemos nenhuma suspeita de Chikungunya e recebemos quatro suspeitas de Zika Vírus em gestantes, sendo que um resultado foi negativo e os outros três ainda estão em investigação”.

Até início desse mês, município recebeu 671 notificações e 250 casos confirmados

Até início desse mês, município recebeu 671 notificações e 250 casos confirmados

 

A coordenadora comenta que os casos de dengue em 2015 começaram a aparecer apenas em abril e, até o mês de fevereiro, havia apenas oito confirmações de casos de dengue. Esse ano, em janeiro, o município registrou 58 notificações e 29 casos confirmados. Até o dia 12 de fevereiro, a secretaria de Saúde recebeu 149 novas notificações, totalizando 207 notificações e 30 casos confirmados. Nesse período, o laboratório de Uberlândia, responsável pela análise dos materiais e confirmação de casos de dengue provenientes de 18 municípios da região, ainda não havia enviado os resultados ao município.

Desde o dia 12 de fevereiro, até 4 de março, o município recebeu 464 novas notificações, totalizando 671. Além disso, foram confirmados 220 novos casos, totalizando 250 confirmações de casos de dengue no município. O número é superior a todo o ano de 2014, quando foram registrados 160 casos de dengue. Até julho de 2015, foram registrados 2.761 episódios. “Esse ano está bastante descaracterizado, pois a dengue veio muito antes do ano passado. Em 2015, os casos começaram em abril e esse ano em janeiro”.

Lucia Hirono afirma que as mudanças climáticas favoreceram o aumento do número de casos. “Ano passado tivemos um longo período de seca e de calor. A fêmea coloca os ovos e eles conseguem permanecer em um ambiente seco por volta de 462 dias, então, a primeira chuva favoreceu para esses ovos eclodirem, saírem da fase larvária e se tornarem vetores”.

O município apresenta um risco médio de índice larvário. “Esse índice significa a presença de larvas do vetor, que podem se desenvolver no vetor alado e contaminar a população, então, recomendamos que os moradores se conscientizem e eliminem os criadouros. É preciso evitar a água parada, pois o mosquito é ágil em encontrá-la”.

Em casos de suspeita de dengue, o morador deve procurar auxílio médico e evitar a automedicação. “Estamos em um momento de incidência de dengue, então, caso a pessoa comece a sentir os sintomas, como dor de cabeça, dor no corpo, mal estar, deve procurar o médico. Esses sintomas são frequentemente confundidos com a gripe e a pessoa pode acabar indo à farmácia e se automedicando, entretanto, pode não ser uma gripe. É importante sempre procurar a assistência médica”.

Segundo a coordenadora da Epidemiologia, o município continua sem o inseticida do Aedes aegypti na fase adulta desde o dia 26 de fevereiro. “Esse é um fator crítico e uma situação que não estávamos esperando, por isso, ressalto que a população deve ficar alerta em relação à inspeção de seu domicílio. É preciso colocar o lixo em local adequado, não deixar o quintal sujo, verificar os vasos de plantas e não deixar água parada, para que não haja possibilidades de criadouros. A população deve nos ajudar na eliminação do mosquito”.

O município tem realizado o combate apenas com o larvicida. “Não temos condições de eliminar o vetor alado, pois estamos sem o veneno das bombas manuais e costais, então, não é possível bloquear a transmissão. Recomendamos que, se um membro da família for contaminado, os demais se previnam utilizando repelentes, blusas de manga comprida, calças compridas, cortinados para dormir, dentre outros”.

O Ministério da Saúde informou que haveria movimentação no processo licitatório no dia 10 de março. “Após a realização do processo, ainda haveria mais 15 dias para que a empresa forneça o inseticida. Acredito que a população irá sofrer com isso. É uma situação angustiante, estamos muito preocupados, mas não podemos adquirir o produto. Esse inseticida deve passar por uma avaliação de controle de qualidade por parte da vigilância sanitária e o Instituto de Controle de Qualidade possui diversos trâmites para que a população não sofra com o inseticida. A prefeitura está fazendo o que pode, porém, essa é uma questão administrativa do Ministério da Saúde”.

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