Da Redação

“CLI do Esquemão” investiga despesas irregulares na folha de pagamento da prefeitura

O vereador Leonardo Rodrigues Neto (PROS), conhecido com Leo Mulata e a vereadora Eunice Mendes (PMDB) pediram afastamento da “CLI do Esquemão”, durante a sessão da Câmara Municipal, realizada nessa terça-feira, 01.

 

Os edis foram indicados durante a sessão da última terça-feira, 24, para fazer parte da Comissão Legislativa de Inquérito (CLI) referente às denúncias do vereador Dhiosney Andrade (PTC) sobre despesas e gratificações irregulares na folha de pagamento da prefeitura. Durante a sessão, a oposição escolheu a vereadora Eunice Mendes  para as investigações e os vereadores da base indicaram Luiz Antônio de Oliveira (PSDB) e Leonardo Rodrigues Neto (PP), como representantes.

A vereadora Eunice Mendes afirma ter chegado à conclusão de que o domínio que o prefeito Raul Belém (PP) detém sobre a base na Câmara Municipal impede que seja realizado um trabalho com resultados positivos para a população. “Assim como as outras CLI’s, essa também seria frustrante. Não vou despejar minhas energias em um trabalho onde sou minoria e do qual sabemos o possível resultado”.

De acordo com a vereadora, as situações irregulares na folha de pagamento da prefeitura culminaram no afastamento de um servidor. “Sabemos que houve uma discórdia entre dois vereadores da base do prefeito, que resultou na abertura desta CLI, então, percebemos que eles estão brigando entre eles.”

Eunice Mendes apresentou uma carta durante a sessão comunicando o afastamento. No documento, a vereadora afirma que, sendo minoria na equipe, dificilmente teria voz para promover a investigação que a gravidade do caso exige.

O vereador da base Leonardo Rodrigues comenta ter pedido o afastamento por questões particulares. “Além disso, após as denúncias feitas pelo vereador Dhiosney Andrade, o município está tomando providências e solucionou vários problemas. O vereador também protocolou no Ministério Público o pedido para que sejam tomadas as medidas cabíveis. Com isso, me desliguei, para que novos componentes possam compor a comissão”.

As investigações do vereador Dhiosney Andrade em relação às denúncias tiveram início há um ano e foram anunciadas em setembro de 2015. Segundo informações obtidas pelo vereador, os prejuízos com pagamentos indevidos são de aproximadamente 500 mil reais.

Durante as investigações, o edil percebeu que havia diferença salarial entre servidores municipais cuja função é a mesma. Dentre as situações apontadas, estavam Agentes de Combate a Endemias que recebiam acima do piso salarial, além de um motorista, auxiliar de serviço e zelador de estádio que possuíam cargos muito bem remunerados.