Da Redação

Nas palavras do professor da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), João César Guimarães Henriques, o movimento que surgiu recentemente após o aumento de 33% que a MGO Rodovias colocou em prática nas praças de pedágio da região tem dois objetivos claros: a suspensão dessa cobrança, que a concessionária pretende realizar até abril, e a isenção da tarifa para todos os araguarinos, ou ao menos para aqueles que fazem o trajeto Araguari/Uberlândia diariamente.

 

O que começou com um desabafo nas redes sociais chamou a atenção de outros moradores da cidade que usam as rodovias. O grupo de aproximadamente 30 pessoas, incluindo vereadores e membros da sociedade civil se reuniu no sábado, 23, para discutir a realização de uma manifestação no pedágio.

João César Henriques acredita que a ocasião foi produtiva. “Estamos fazendo neste momento a petição para enviar ao Ministério Público com essas duas principais reivindicações. Também vamos enviar um ofício a Polícia Rodoviária Federal, para que eles nos auxiliem e garantam a segurança no dia protesto, que será pacífico,” contou.

Inicialmente, a data estabelecida foi dia 20 de fevereiro, na praça de pedágio. No entanto, pode ser que haja alterações.

Questionado sobre a dificuldade em tornar a isenção realidade, o idealizador do movimento reconhece que se trata de um projeto ambicioso, mas possível. Ele citou situações semelhantes, em que moradores das cidades paulistas de Indaiatuba e Boituva acionaram o Ministério Público e foram bem sucedidos.

“Na pior das hipóteses vamos pedir para isentar de pagamento aqueles que passam todos os dias. É de fato muito injusto para todos, considerando os impostos e a enorme carga tributária do país. Aumento de combustível, IPVA, seguro obrigatório e ainda temos que pagar o pedágio, isso é inaceitável. Acredito que podemos conseguir,” afirmou.

Por último, ele chamou a população para acompanhar o movimento e participar da manifestação. “O essencial é ter noção de que o povo tem o poder. De forma geral, a população tem pouca ciência de sua força. Se essa cidade toda for para o pedágio protestar, podemos conseguir coisas que aparentemente são impossíveis,” concluiu.

O vereador Claudio Coelho (SD) que também participou da manifestação encaminhou oficio ao Ministério Público Federal pontuando uma série de situações envolvendo as obrigações contratuais que não estão sendo cumpridas pela empresa citando, inclusive, omissão da concessionária. “Estamos presenciando a falta de obrigações básicas para segurança que não estão sendo cumpridas e por isso aguardamos a intervenção do MPF na suspensão desta cobrança até que as normas de contrato sejam realizadas”, comentou o vereador.