Em meio a um cenário econômico desfavorável, consumidores optam pelas vantagens do seminovo

 

por Mel Soares

No primeiro trimestre deste ano, o financiamento de veículo zero quilômetro caiu em quase 17%. Para os economistas, a queda é resultado da alta na inflação, juros altos e fim do IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados – reduzido.

Segundo o dono de uma financeira, Leandro Neto, diante deste contexto, o consumidor tem se mostrado mais cauteloso, evitando dívidas a longo prazo. “Por isso, uma das alternativas é optar pelos seminovos”, admitiu.

 

No município, as empresas especializadas em vendas de veículos zero sentiram as consequências, no entanto, em menor proporção. “O nosso volume de venda não é tão grande quanto em capitais, onde a queda gira em torno de 30%. Em municípios como Araguari, a queda é de aproximadamente 15%”, destacou Vinícius Monteiro Naves Mota, gerente comercial.

Por outro lado, o proprietário de uma concessionária especializada em seminovos confirmou que houve aumento nas vendas nos três primeiros meses do ano. “O crescimento gira em torno de 15 a 17%”, respondeu Leonel Nogueira Messias, proprietário de uma garagem de veículos seminovos.

Conforme informou, existem muitos gastos na compra de um automóvel zero, que incluem documentação e emplacamento. “As despesas resultam no investimento de aproximadamente cinco mil reais”.

Dependendo da quilometragem percorrida, o preço do carro usado torna-se acessível. “Recentemente um cliente meu comprou um veículo 2014/2015 com quatro mil quilômetros rodados por 37 mil reais. O valor pago quando era ainda zero foi de 43 mil reais”, exemplificou.