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Direito e Justiça – Curtas e grossas

qui, 12 de março de 2015 00:01

abertura Direito e Justiça
·    Havendo motivos, impeachment (impedimento e afastamento) não seria, em absoluto, um golpe de Estado. Afinal de contas, o instituto encontra sólida e concreta previsão constitucional. E TEMOS PRECEDENTE …. !!!

·    Crises políticas, econômicas e sociais quase sempre possuem um marco inicial e causador identificável e que, até certo desenrolar, comportam refluxo, contenção e correção. Todavia, se isto não se faz em tempo, o fim é sempre imprevisível. Deveríamos buscar exemplos na História. POR EXEMPLO, HAJA VISTA O DIA 14 DE JULHO DE 1.789 … !!!

·    A oposição levada a efeito por alguns edis ameaça descambar para o ridículo …., se é que não descambou. Vão de pires na mão ao Ministério Público, para chorar e clamar providências que lhes cabem e aos demais pares. Querem afastar o Prefeito? Querem cassá-lo? POIS, QUE VOTEM !!!

·    Mas, por qual ou quais motivos? Por não responder, total ou parcialmente,  algum ou alguns das centenas de requerimentos do tipo  “ … ouvido o Plenário, ao Senhor Prefeito … “, oriundos do trabalho incansável nas cansativas sessões ordinárias semanais? Quase todos politiqueiros, provocativos, irrelevantes, repetitivos, invasivos, sem pé e nem cabeça, para não dizer mais? BAH … !!!

·    Como Dom Quixote de La Mancha (obra-prima imortal do genial escritor espanhol Miguel de Cervantes), esses edis-mosqueteiros tornam-se “cavaleiros da triste figura”.  OU SERIAM MAIS COMO UM SANCHO PANÇA … ???

·    A Admistração (em todos os níveis) vai de mal a pior? Em quem você votou? Na Presidenta? No Governador?  No Prefeito? Nesse caso, preclaro amigo, cale-se. Recolha o seu rabo. E passe a escutar agora “a voz rouca que vem das ruas”. POIS, VOCÊ FOI QUEM NOS IMPINGIU TUDO ISSO  … !!!
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Com pressa

Eu estava com pressa.

Passei correndo pela sala de jantar, usando meu melhor vestido, concentrada em me preparar para um encontro de negócios noturno. Gillian, minha filha de quatro anos, estava dançando ao som de sua música favorita, Cool, do filme Amor, Sublime Amor.

Eu estava com pressa, à beira de chegar atrasada. No entanto, uma vozinha dentro de mim disse: “Pare”.

Então, parei. Olhei para ela. Aproximei-me, peguei sua mão e a rodopiei. Minha filha de sete anos, Caitlin, entrou em nossa órbita, e eu também a peguei. Nós três dançamos alucinadamente pela sala de jantar até chegarmos à sala de estar. Ríamos. Rodopiávamos. Será que os vizinhos podiam ver a loucura pelas janelas? Não tinha importância. A música chegou ao fim com um floreio dramático e nossa dança terminou com ela. Dei um tapinha em seus traseiros e mandei que fossem tomar banho.

Elas subiram as escadas, sem fôlego, seus risinhos ecoando pelas paredes. Voltei aos meus afazeres. Estava dobrada para frente, enfiando papéis em uma pasta, quando ouvi a mais nova falar para a irmã:

– Caitlin, você não acha que a mamãe é a “mais melhor”  de todas?

Congelei. Eu quase correra pela vida, perdendo aquele momento. Meu pensamento foi para os prêmios e os diplomas que cobriam as paredes do meu escritório. Nenhum prêmio, nenhuma realização que eu jamais alcançara, poderia se comparar a isso:

–  “Você não acha que a mamãe é a mais melhor”?

Minha filha disse isso, quando tinha quatro anos. Não espero que ela o diga com quatorze. Mas, aos quarenta, se ela se inclinar por cima daquela caixa de pinho para dizer adeus para o recipiente descartado da minha alma, quero que o diga.

–  “mamãe não é a mais melhor”?

Não combina com meu currículo. Mas quero isso gravado na minha lápide.

FONTE: Histórias para Aquecer o Coração; (Edição de bolso) Gina Barrett Schelesinger.
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Rogério Fernal: Juiz de Direito aposentado. Ex-Professor Universítário de Direito, Advogado militante, Mestre Maçom, conferencista e articulista.

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