A vitória de quem merecia vencer
qua, 16 de julho de 2014 00:00
“Tudo quanto sei com maior certeza sobre a moral e as obrigações dos homens devo-o ao futebol”. Albert Camus, o único Nobel de Literatura goleiro, com certeza ficaria satisfeito com o desempenho da Argélia nessa Copa, chegando as oitavas e perdendo para a gigante Alemanha nas prorrogações de cabeça erguida.
O futebol é a magia, a glória, homens que se tornam heróis, a ascensão e a queda, sangue, lágrimas, suor, a tristeza e a alegria que dividem as torcidas no gol que define o destino irreversível de quem vai ganhar e quem vai perder. E quando ninguém consegue marcar, os quase-gols deixam os nervos do espectador em frangalhos.
Os americanos não entendiam como um jogo que às vezes termina em 0x0 pode fascinar tanto as pessoas. Um jogo de basquete tem centenas de cestas. Mas depois dessa Copa, eles começaram a compreender.
É impossível mensurar o que pode acontecer naqueles 90 minutos. Os brasileiros foram pegos de surpresa com essa derrota esmagadora. Sem querer bancar a “Poliana contente”, só um 7×1 faria todo mundo abrir os olhos e finalmente, enxergar a realidade.
A força de vontade argentina e o Messi conseguiram levar a seleção para o último confronto. Reconhecer a desvantagem foi importante, uma lição que o Brasil aprendeu tarde demais. A Alemanha soube respeitar o adversário. A Argentina nunca esteve tão perto e ao mesmo tempo tão longe do título como agora, por isso esse sentimento de desolação. Aos brasileiros restaram o refúgio no humor e a satisfação na derrota do rival.
Nem sempre há justiça no futebol e talvez seja esse um dos motivos que transformam o esporte em algo tão fascinante. Nessa Copa sim, houve justiça no futebol. Venceram os melhores.
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Vergonha
Caetano Veloso e sua empresária, Paula Lavigne, protagonizaram uma situação embaraçosa. A Alemanha havia feito um vídeo com momentos dos jogadores no Brasil, usando como trilha “A Luz de Tieta”, composta por Caetano numa regravação axé/pop/samba/reggae de Margareth Menezes com a Relight Orchestra. O cantor pediu no Facebook uma explicação da Federação Alemã de Futebol pelo uso da música sem qualquer aviso. Ele detém o direito autoral da música e resguardado pela lei, poderia processar a Seleção Alemã. Pegou mal para o Caetano, que foi duramente criticado pelos internautas.
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Mick Jagger mantém fama de pé frio
Adivinha quem torceu pelo Brasil? Bom, ele tem um filho que é brasileiro, natural que seja assim. Sir Mick Jagger continua a perpetuar a tal “maldição”. Mas o resultado do jogo entre Brasil e Alemanha foi demais. O vocalista dos Rolling Stones disse ao jornal “The Sun” que a culpa não era toda dele. “Posso ter sido o responsável pelo primeiro gol da Alemanha, mas não pelos outros seis,” brincou.
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Batata Quente
Quem acompanhou o encerramento da Copa ávido para saber se a presidente Dilma apareceria novamente não se decepcionou. Como um cometa, sua passagem foi bem discreta, e mesmo assim não foi o suficiente para conter as vaias. A FIFA até evitou exibir imagens em que só ela aparecesse no telão. Sem discursos, passou a taça ao capitão Lahm em cerca de três segundos. Pelo semblante da presidente, a coisa estava quente.
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