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CANTINHO DO MÁRIO – 18 de outubro

sáb, 18 de outubro de 2025 09:59

A PREGUIÇA

A preguiça normalmente é tida como um defeito moral de certas pessoas. Mas será? Não existirão causas por trás da indolência? Existem aqueles que são mais predispostos, não perdem oportunidade de curtir “as benesses” da marvada.
A falta de disposição para o trabalho é a falta de inclinação emocional para atividades, apesar da capacidade de agir ou de se esforçar. Pode-se transformar em pejorativo para os mais indolentes.

Já os cientistas afirmam, do ponto de vista da neurociência, que pode ser uma resposta do cérebro visando economizar energia. O corpo humano é uma máquina fantástica — precisa de muito pouco combustível para a consecução das tarefas diárias.

Mas vejam a sabedoria do Criador: o cérebro é projetado para economizar recursos; por isso, às vezes, com uma alimentação frugal, somos capazes de praticar diversas atividades.

Aquelas pessoas que têm tendência a fugir do trampo muitas vezes podem ser depressivas ou estarem estressadas. O medo, segundo os cientistas, pode criar uma espécie de bloqueio emocional, fazendo com que as pessoas temam não dar conta de determinadas tarefas e, com isso, se refugiem na indolência.

Existe um caso interessante vivido por uma conhecida: uma mulher de oitenta e cinco anos de idade, na época, pessoa superdinâmica, uma saúde de fazer inveja a muito jovem. Era elétrica, estava sempre fazendo alguma coisa.

Certo dia, meu conhecido chegou com um amigo e viu sua mãe sentada em um sofá, aparentemente cochilando. Eram cerca de 15h. Ele a chamou e pediu que coasse um café. Ela refugou e permaneceu quieta. O filho estranhou a atitude dela e falou:
— Que é isso, mãe? Tá doente?
Ela simplesmente respondeu:
— Não posso curtir uma preguicinha? Por acaso sou de ferro?

E ficou assim.

A preguiça é vista também como uma enfermidade espiritual e um obstáculo sério ao progresso moral e intelectual — não sendo apenas falta de sono ou descanso, mas sim a aversão ao trabalho útil e ao bem. Ela impede que o indivíduo cumpra o objetivo de sua vinda a este mundo, que é a evolução.

Para combatê-la, recomenda-se o trabalho diligente, a boa vontade, a caridade e a ocupação da mente com atividades úteis, como o estudo, a leitura e o auxílio ao próximo.

Pois é! Mas a gente normalmente conhece: aproveitadores, malandros, velhacos e outros que existem de montão. Esses, a ciência não explica. Não têm nenhum fator psicológico por trás de sua indolência — são folgados mesmo.

Alguns os chamam de bicho-preguiça, mas é uma ofensa ao bichinho, que padece de uma alimentação pobre, à base de brotos de bambu.

Você já se autoanalisou? Enquadra-se em alguma das opções acima?

MÁRIO FERREIRA

 

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