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Coluna: Furando a Bolha (20/11)

qui, 21 de novembro de 2024 17:56

FURANDO A BOLHA

 

O fanatismo é uma doença!

 

O fanatismo é uma condição psicológica que se caracteriza por uma adesão exagerada a uma ideia, pessoa ou crença, que frequentemente beira a obsessão. Essa postura pode impedir o pensamento crítico e racional, levando o indivíduo à ruína e, em casos coletivos, ao caos social. Por trás dessa condição, geralmente há intenções positivas, como o desejo de pertencimento ou a necessidade de dar significado à vida. Entretanto, manipuladores com interesses egoístas se aproveitam dessas fragilidades, utilizando técnicas avançadas de lavagem cerebral para controlar mentes vulneráveis.

A Neurociência aponta que a lavagem cerebral é um processo no qual a vítima perde parcialmente o controle de sua mente, sendo conduzida a um estado praticamente irracional. Essa manipulação é frequentemente utilizada em contextos políticos, religiosos ou até corporativos, sempre visando interesses obscuros. As técnicas empregadas costumam desativar o córtex pré-frontal, área responsável pela razão, transferindo o controle para partes inconscientes do cérebro. Isso faz com que o indivíduo se torne um repetidor de frases e ações predefinidas, como um robô programado.

É importante estar atento a comportamentos que indiquem manipulação, pois isso pode gerar graves consequências. Um exemplo recente foi o caso do “homem-bomba de Brasília”, que, após aderir a teses extremistas, acabou cometendo atos irracionais e autodestrutivos. Situações como essa mostram o quanto o fanatismo pode cegar e destruir a vida de uma pessoa.

Para evitar a lavagem cerebral e resistir a manipulações, é essencial investir no desenvolvimento do conhecimento e da sabedoria. O intelecto é uma poderosa ferramenta contra a adoção cega de mitos ou líderes messiânicos. Além disso, estimular a criatividade e buscar experiências diversificadas pode fortalecer a capacidade crítica. A inteligência não é fixa e pode ser aprimorada por meio do estudo e da prática constante.

Outro ponto importante é valorizar as pessoas e os valores que realmente importam. Quando perceber que está se distanciando de familiares, amigos ou princípios que foram importantes em sua vida, é essencial lutar para preservar esses

laços. Nenhuma ideia ou figura pode ser mais significativa do que aqueles que sempre estiveram ao seu lado.

Momentos de vulnerabilidade emocional também exigem cuidado especial, pois tragédias pessoais ou coletivas podem aumentar a propensão a se agarrar a líderes ou ideias manipuladoras. Nessas ocasiões, a tendência é buscar uma válvula de escape, que pode facilmente ser direcionada a algo que aprisiona em vez de libertar.

Lembre-se de que o fanatismo é um perigo que ronda a todos, especialmente em tempos de incerteza. O antídoto para essa ameaça é a lucidez: conhecer a si mesmo, questionar, pensar criticamente e preservar o que realmente importa. Afinal, a liberdade começa dentro da mente de cada um.

 

Leandro Alves de Melo, bacharel em Direito pela Universidade Federal de Uberlândia, advogado, colunista, é proprietário dos escritórios Alves & Melo Advocacia MG e GO, pós-graduado em gestão de pessoas INESP/SP (2018-2020), especialista em Direito Previdenciário pelo IEPREV/BH (2020 a 2022), pós-graduado em Direito Constitucional pelo Instituto de Direito Público de Brasília (2019-2022), vencedor do Top of Mind 2023: advogado previdenciário e vencedor do Top of Mind 2024: advogado constitucional.

1 Comentário

  1. Eliane disse:

    Dizem que ele não era de esquerda e nem de Direita e devia ter algum problema de desvio mental.

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