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Coluna: Direito e Justiça (26/09)

qui, 26 de setembro de 2024 08:09

O Grande Cientista Louis Pasteur:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Louis Pasteur: * 27.12.1822 – + 28.09.1895.

– O cientista francês Louis Pasteur, membro da Academia das Ciências, da Academia de Medicina e da Academia Francesa, foi um dos precursores da microbiologia, um campo da Biologia que desvenda os mistérios dos microrganismos, como vírus protozoários e bactérias.

– Pasteur conseguiu provar definitivamente que os seres vivos se originam somente a partir de outros seres vivos, deitando por terra e teoria então vigente da “geração espontânea” (abiogênese). Pasteur comprovou cientificamente e de forma irrefutável que todo ser vivo só pode surgir de processos de reprodução, ou seja, a partir de outro preexistente (biogênese).

– Pasteur desenvolveu a vacina antirrábica (1885) e uma para a cólera das galinhas (1889). Fundou e dirigiu, até morrer, em Paris, o primeiro Instituto Pasteur (1888), que se tornou um dos mais importantes centros mundiais de pesquisa científica.

– Pasteur, é claro, descobriu e aperfeiçoa o “processo de pasteurização”, pelo qual eliminam-se os microrganismos patogênicos, sem alterar as propriedades dos produtos, submetendo o leite e o vinho, por exemplo, a uma alta temperatura de até 100 graus celsius por tempo limitado (de 15 a 30 minutos), resfriando-os depois e tornando seguro o consumo desses produtos e de muitos outros.

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Uma estória impactante:

 

Na França do Século XIX, um senhor com 70 anos de idade viajava de trem no metrô de Paris, tendo ao seu lado um jovem universitário, que lia o seu livro de ciências. O senhor, por sua vez, lia um livro de capa preta. Após algum tempo, o jovem percebeu que se tratava da Bíblia, que estava aberta numa passagem do Evangelho de Marcos. Sem muita cerimônia, o jovem interrompeu a leitura do seu idoso companheiro e indagou:

– O senhor, realmente, ainda acredita nesse livro cheio de fábulas, crendices e mentiras deslavadas, que não possui qualquer utilidade para os dias de hoje?

– Sim, meu jovem Eu acredito neste livro. Mas, ao contrário do que você afirma, não é um livro de fábulas, crendices e mentiras. Tem muita utilidade, inclusive e especialmente para os dias de hoje, pois contém a palavra de Deus. Estou errado?

Respondeu petulantemente o jovem:

– Mas é claro que o senhor está errado! Creio que o senhor deveria estudar a História Universal. Veria que a Revolução Francesa, ocorrida há mais de 100 anos, mostrou a miopia da religião. Somente pessoas sem cultura ainda creem que Deus possa ter criado o mundo em seis dias. O senhor deveria conhecer um pouco mais sobre o que os nossos cientistas pensam e dizem sobre tudo isso.

– É mesmo? – disse o senhor. – E o que é que os nossos cientistas pensam e dizem sobre a Bíblia?

– Bem, respondeu o universitário, como vou descer na próxima estação, falta-me tempo agora para explicar, mas deixe-me o seu cartão que lhe enviarei o material pelo correio com a máxima urgência. Então, o senhor poderá, com certeza, perceber o seu erro e remediá-lo.

O velho senhor, então, cuidadosamente abriu o botão interno do paletó e deu o seu cartão ao universitário. Quando o jovem leu o que estava escrito, saiu cabisbaixo do trem, sentindo-se a pior pessoa do mundo.

Não foi sem motivo, pois no cartão estava escrito:

 

“PROFESSOR DOUTORT LOUIS PASTEUR”

DIRETOR-GERAL DO INSTITUTO DE PESQUISAS CIENTÍFICAS

UNIVERSIDADE NACIONAL DA FRANÇA

 

E, um pouco mais abaixo, destacava-se uma frase, escrita em letras góticas e em negrito:

 

“Um pouco de ciência nos afasta de Deus; Muita, nos aproxima.”

 

Obs.: Fato verídico ocorrido em 1892, integrante da biografia do grande cientista Louis Pasteur.

 

Moral simplista desta estória:

Não se meta afoitamente na vida dos outros sem antes saber direito quem é a outra pessoa. Embora você se ache um gênio, poderá perfeitamente parecer e ser de fato um imbecil.

 

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Comentário Pessoal:

 

Diz o povo com muita sabedoria:

 

– “Prudência e caldo de galinha não fazem mal a ninguém”.

 

Pois, é! Tal cuidado vale para qualquer um, em qualquer local e sob todas as circunstâncias. Aquele rapaz, certamente, foi no mínimo muito imprudente. Talvez haja sido levado pela afoiteza e pela arrogância, tão próprias da juventude, ou mesmo pela insensatez e estupidez atávicas e tão inerente àqueles que pensam saber tudo, entender tudo, dominar tudo. Deu-se mal, quebrou a cara, porque encontrou alguém maior do que ele, mas muitíssimo maior! E muito mais útil para toda a Humanidade!

 

 

 

O ser humano verdadeiramente grande e superior não é necessariamente aquele que se sobressai perante a multidão, perante a claque fugaz, tola e fanática, mercê dos seus feitos merecedores, ou não, dos elogios e dos aplausos mundanos.

 

Não. Muita vez o verdadeiro grande homem (ou mulher) bem pode ser aquele (ou aquela) que se apresenta comumente encoberto sob uma capa cinza de humildade, de paciência e de simplicidade. Não são a bajulação e o estardalhaço corriqueiros e populistas que tornam grandes as pessoas. Nunca foi assim, não é e não será. Jamais!

 

Grandeza verdadeira e exibicionismo ordinário são coisas diametralmente diferentes, opostas, antagônicas e inconciliáveis. Lamentavelmente, a sociedade humana atual – e já naquela época do grande cientista francês – parece que se compraz em validar e valorizar mais o exibicionista tosco do que o outro ser mais comedido. Que o digam as tantas redes sociais existentes e ativas, onde buscam sobressair-se as fogueiras das vaidades banais, simplórias, superficiais e até nocivas.

 

Padecemos, nestes nossos tempos, de um excesso notório de “coachs” (instrutores) e de “influencers” (influenciadores), ambos os termos sendo galicismos pedantes e desnecessários, que buscam limitar e moldar nossas personalidades e atitudes. Mas, o pior é termos que constatar e admitir que conseguem isso total e perfeitamente, subjugando milhões de pessoas desavisadas, incautas, inseguras ou sem rumo na vida.

 

Malgrado tudo, consoante se vê do episódio narrado, Louis Pasteur preferiu a discrição e o comedimento, quando pôde, sem maior ofensa ou discórdia, embasbacar aquele jovem estudante, tolo, orgulhoso e metido a sabichão, assim que este pôde ver e ler a qualificação do seu desconhecido interlocutor.

 

Louis Pasteur, por sua qualificação, colocou as coisas nos seus devidos lugares.

 

Araguari – MG, 26 de setembro de 2024.

2 Comentários

  1. Eliane disse:

    Grande cientista Louis Pasteur. Eu me lembro do nome dele desde o Terceiro ano com as vacinas, mais tarde é que li sobre a Pasteurização do leite e que o nome leite pasteurizado veio do sobrenome dele. Muitas coisas que temos hoje devemos aos cientistas e inventores do seculo XlX.

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