Hospital Sagrada Família abre novos leitos para tratar os causos doenças respiratórias em crianças
sex, 3 de maio de 2024 08:56Da Redação
O outono é um período de transição entre o verão e o inverno. Uma das principais características dessa estação é a redução gradativa das temperaturas diárias, que passam de elevadas a mais amenas, antecipando o período frio que vem na sequência. Além das mudanças de temperatura, a estação é marcada pela maior incidência de ventos e pela diminuição da umidade do ar,
fatos que trazem uma conhecida preocupação: o aumento da incidência de doenças respiratórias, especialmente em crianças.
Recentemente, a Prefeitura de Araguari, através da Secretária de Saúde, juntamente com a Unidade de Pronto Atendimento esclareceram alguns pontos com relação ao aumento das incidências de doenças respiratórias em crianças.
De acordo com a secretária de Saúde, Thereza Christina Griep, os hospitais do município estão lotados. “Esse quadro não é só de Araguari, é de todo o estado de Minas Gerais. Estamos providenciando um decreto para instaurar a situação de emergência no município, estamos organizando isso e antevendo esses problemas. Hoje, estamos recebendo pacientes de outras macrorregiões. É importante deixarmos isso registrado. O Hospital Sagrada Família está abrindo novos leitos e estamos providenciando uma retaguarda de leitos a serem ampliados no Hospital Universitário Sagrada Família, tanto para a clínica pediátrica, quanto para leitos de UTI pediátrica, caso seja necessário. Na UPA, estamos fazendo a ampliação de pediatras, então, teremos três pediatras atendendo durante o dia e dois pediatras atendendo durante a noite. A equipe da ABAH está fazendo a ampliação dos leitos da UPA para poder receber e acomodar melhor essas crianças que estão demandando de atendimento médico no município e também para comportar a nossa microrregião”, disse.
Vale destacar que, segundo a secretária, Araguari é polo de uma microrregião, então recebe, como retaguarda, os municípios de Tupaciguara, Cascalho Rico, Indianópolis. Por essa razão, a cidade precisa prever não só os pacientes daqui, mas também da microrregião.
“Um dos problemas que tivemos de aumento da demanda é que houve uma grande sobrecarga na rede privada, que no município atende em poucas instituições, e com isso a demanda no SUS aumenta”, salientou, Thereza Christina Griep.
“Devido à essa superpopulação de crianças doentes nessa época do ano, com a sobrecarga tanto da rede privada, quanto do SUS, temos um problema de atendimento na UPA. Lembrando que, a UPA funciona 24 horas e irá atender a todos que forem lá, mas temos uma capacidade de atendimento, então, às vezes, a espera será longa, nesse primeiro momento. Os casos mais graves sempre serão atendidos primeiro. A ampliação, tanto de retaguarda de leitos, quanto de aumento de pediatras irá desafogar bastante o nosso sistema, mas, mesmo assim, sabemos que ainda haverá fila e espera, peço a paciência da população, pois sempre atenderemos os casos prioritários, primeiro, depois os casos menos graves”, disse o diretor clínico da UPA, Rodrigo Ribeiro.
Ainda, segundo Rodrigo Ribeiro, a unidade realiza o primeiro atendimento e não tem a capacidade de deixar um paciente por muito tempo aguardando. “O pronto atendimento não é preparado para pacientes que
necessitam de internação. De toda forma, dentro da UPA, remanejamos um espaço para deixar essas crianças em um local mais confortável, aumentamos a capacidade para deixar esse paciente em observação, até a implementação desses leitos de retaguarda”, destacou.
Ressalta-se que, os leitos de retaguarda serão implementados no Hospital Universitário Sagrada Família.
Essas doenças são causadas por fatores, como: mudança de temperatura, maior incidência de ventos e diminuição da umidade do ar. “Além disso, muitas dessas crianças que são atendidas na UPA, são crianças que nasceram na época da pandemia e agora estão tendo contato com esses vírus. Como é o primeiro contato, infelizmente, hora ou outra, esse contato pode se agravar. É importante que os pais, que notarem qualquer sintoma, levem as crianças, o quanto antes, à uma unidade de saúde; pois o quanto antes conseguirmos tratar, as chances de o quadro se agravar são menores”, concluiu a secretária de Saúde.
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