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Mulher que baleou o amásio na zona rural de Araguari irá a júri popular

sex, 10 de março de 2023 08:00

Da Redação

 

Uma mulher que baleou o amásio na zona rural de Araguari será submetida a julgamento popular. O Ministério Público apresentou a denúncia como homicídio tentado qualificado (motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima), mas a acusada requereu a desclassificação para o crime de lesão corporal culposa ao argumento de que não agiu com o dolo de matar.

 

Nesta quarta-feira, 8, a 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais julgou o pedido da defesa e manteve a decisão do Juízo Criminal de Araguari, para que o caso seja analisado pelo júri popular, em data a ser designada.

 

“Embora a acusada alegue que não atacou a vítima e que não tinha a intenção de matá-la, os relatos colacionados e as provas dos autos indicam a possível existência de animus necandi, razão pela qual a aferição do dolo da agente deve ser feita pelos jurados, juízo natural e constitucionalmente previsto para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida. Diante do exposto, entendo que há indícios suficientes da autoria a justificar a denúncia e, por conseguinte, a submissão da acusada a julgamento perante o Tribunal do Júri”, destacou o desembargador Flávio Batista Leite.

 

O caso se arrasta desde fevereiro de 2012, quando o homem foi baleado numa fazenda às margens da MG-413 (sentido Araguari/Caldas). Segundo a denúncia, a acusada, no momento dos fatos estava alcoolizada e afirmou que efetuou o disparo contra a vítima, por causa de discussões ínfimas, afirmando que o ofendido frequentava a casa de sua ex-esposa, na época moradora do lado de sua residência.

 

Consta, ainda, que a denunciada, após os disparos, prestou socorro à vítima.Ato contínuo, a PM foi acionada, e deu voz de prisão à autora. O amásio foi levado até o pronto-socorro do HC da UFU, dada gravidade dos ferimentos, se submetendo à cirurgia.

A acusada confirmou na delegacia e em Juízo que efetuou um disparo dearma de fogo contra o carro da vítima. Contudo, disse que não sabia que elaestava no veículo. Testemunhas teriam contado que a acusada disse que teve a intenção de matar a vítima, mas que errou o disparo.

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