Suspeita de matar o companheiro na cidade é indiciada por homicídio qualificado
qua, 14 de julho de 2021 08:13Da Redação
Uma mulher de 42 anos vai responder no Juízo Criminal por homicídio qualificado em razão da morte do pedreiro Paulo César da Silva. O fato se deu no dia dos Namorados, 12 de junho último, na rua dos Pinheiros, região do bairro São Sebastião.
A suspeita foi interrogada na Delegacia de Polícia Civil e negou ter esfaqueado o próprio companheiro de 66 anos, no entanto, ao concluir as investigações, o delegado Felipe Oliveira Monteiro entendeu que ela cometeu o crime por motivo fútil (discussão familiar).
Naquela fatídica noite, a filha dela, 25 anos, também foi conduzida pela Polícia Militar até a Delegacia, sob a suspeita de contribuir na morte do pedreiro, mas, segundo apurado, não há elementos suficientes que comprovem o seu envolvimento no homicídio.
A indiciada, que teria esfaqueado seu companheiro em outra oportunidade, se encontra à disposição da Justiça da Comarca desde a manhã do dia 13 de junho na ala feminina do Presídio Professor Jacy de Assis, em Uberlândia.
CONTRADIÇÕES
A Polícia Militar foi acionada pelo SAMU pouco depois das 19h de sábado, 12. No local, a equipe médica havia constatado o óbito de Paulo César da Silva, golpeado por arma branca na barriga.
Testemunhas informaram que o casal tinha discutido ao longo do dia. No começo da noite houve um atrito verbal seguido de luta corporal entre eles e a enteada da vítima. Em certo momento, Paulo foi esfaqueado por uma das mulheres.
Uma testemunha – responsável por acionar o socorro médico, teria relatado aos policiais que viu a jovem com a faca na mão se dirigindo até sua casa, nos fundos do imóvel onde ocorreu o crime, e esta afirmou que tomou a faca de sua mãe.
A mulher de Paulo César foi encontrada ainda no local dos fatos, mas sua filha estava com suas crianças num quarto de outra residência com a luz apagada, se mostrando muito nervosa após a chegada dos militares.
O esposo da jovem contou que chegou na casa quando Paulo já estava ferido, mas escutou ela pedindo, por várias vezes, que sua mãe não “fizesse aquilo” e que a motivação seria brigas e uso de bebida alcóolica.
A enteada afirmou aos policiais que, após uma briga, sua genitora pegou uma faca no armário e esfaqueou seu padrasto por duas vezes, momento em que a jovem entrou em luta corporal com sua mãe e conseguiu desarmá-la, jogando a faca num terreno baldio ao lado da residência.
A companheira de Paulo César, por sua vez, disse à PM que usavam bebida alcóolica e realmente iniciaram uma discussão por motivo fútil, tendo o pedreiro negado 10 reais para a enteada. A filha, então, desferiu os golpes de faca contra a vítima.
Apesar dessa afirmativa, ainda durante a confecção do boletim de ocorrência, assumiu aos militares ter praticado o homicídio. A arma foi localizada em um cômodo da casa e apreendida.
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