Após mortes de animais, vereadora realiza audiência pública hoje na Câmara Municipal
qui, 10 de junho de 2021 08:09Da Redação
Hoje, 10 de junho, às 18h30, acontece na Câmara Municipal de Vereadores de Araguari uma audiência pública, que partiu da iniciativa da vereadora Débora Dau, que deve pautar a situação dos animais de grande porte na cidade.
A vereadora concedeu entrevista exclusiva à Gazeta do Triângulo e falou com a reportagem a respeito do assunto, destacando que os maus tratos acontecem de forma recorrente. “Só em 2021 já tivemos quatro situações em que socorremos os animais, que estavam caídos ao solo e em desnutrição, porém, mesmo com os cuidados veterinários eles não resistiram e vieram a óbito. Isso não pode mais continuar acontecendo”, lamentou a parlamentar.
O último caso ocorreu no dia 31 de maio, quando Débora tomou conhecido de um cavalo caído em via pública. Mesmo sendo socorrido, alimentado e recebendo tratamento, o animal faleceu no dia 1º de junho.
A audiência pública deve contar com a presença de autoridades e pessoas influentes na comunidade, conforme relatou Débora. “Convidamos todos os vereadores, secretários municipais, inclusive o responsável pela pasta de Serviços Urbanos, Antônio Cafrune, o representante dos carroceiros, João Paulo Diniz, e também as pessoas que trabalham como carroceiros em Araguari”, pontuou.
Um dos incidentes, em que um cavalo acabou caindo em meio à via pública, se viralizou em redes sociais nos últimos dias. O fato ocorreu em frente ao estabelecimento comercial de Gleiston Pereira, que também é presidente da ASCOMARI. O comerciante também foi convidado para estar na audiência.
A vereadora conta que realizou em suas redes sociais enquetes para saber a opinião de seus eleitores e seguidores a respeito do tema, e a grande maioria foi contra o uso dos animais para tração de carroças. “Não queremos prejudicar quem trabalha como carroceiro, não é nossa intenção de forma alguma. Mas queremos que os maus tratos acabem, e para isso precisamos regulamentar essa prática, inclusive com barreiras sanitárias, se for preciso. Queremos oferecer aos carroceiros sérios, que não causam mal a seus animais, cursos sobre alimentação e vacinação dos bichos e qualificação. Pretendemos também acabar com a ‘hereditariedade’ da profissão de carroceiro, sendo que o filho dele não continuará com esse serviço, mas daremos qualificação para que essa pessoa atuar e ter seu sustento em outra área de trabalho”, expôs. Débora também comentou que, uma outra proposta, que demanda investimento considerável, mas que pode ser viável, é a troca do cavalo pelo chamado ‘cavalo de lata’, que se trata de uma espécie de ‘motocicleta’ motorizada com uma carroceria embutida na parte traseira, sendo eficiente para substituir o uso da tração animal.
A edil contou que espera estar mais próxima da regulamentação dessas atividades após a audiência, e que estima ter um entendimento consensual com todos os envolvidos por meio dessa reunião.
Débora garantiu que as medidas sanitárias e protocolos de segurança serão observados na audiência pública. “Com o auxílio de meus assessores, faremos a medição da temperatura corporal de todos, a higienização e o controle da quantidade de pessoas, a fim de evitar aglomerações”, ponderou.
Ainda de acordo com a vereadora, neste ano de 2021 foi devolvida uma verba para a prefeitura, que era da Câmara Municipal, mas que não havia sido usada. O dinheiro teria sido repassado com a condição de que uma parte deveria ser aplicada no curral municipal. A vereadora demonstrou grande expectava na liberação do recurso para readaptação do espaço.
Em contato com o secretário municipal de Serviços Urbanos, Antônio Cafrune, foi explicado que o curral segue operando conforme suas possibilidades. “Hoje temos 16 animais adultos e três potros. Poderíamos ter muito mais se o local não tivesse sido arrombado”, comentou Cafrune. A respeito da verba, o secretário afirmou que sabe que há um esforço para levantar recursos em prol do curral municipal, mas que até o momento não se inteirou a respeito desse montante.
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Na Ilha de Paquetá são usados esses transportes, os cavalos não trabalham mais.
Inicialmente, ninguém é carroceiro por opção, mas sim, por falta dela. Se muitas vezes os animais estão magros, é porquê, possivelmente o carroceiro dono do animal está passando por dificuldades financeiras.
Quem maltrata animais é exceção e não regra.
Outra coisa, quem fará a manutenção do cavalo de lata? Pois do mesmo modo que muitos carroceiros não tem condição de cuidar dos animais, também não terão de dar manutenção no cavalo de lata.
Sei que a intenção pode até ser boa, mas a realidade é outra.
Acredito que dar curso para cuidar de animais é importante, mas há muitos carroceiros que são alcoólatras, por isso eles também precisam de ajuda, não só os animais.
Preço do cavalo de lata
Modelo sem motor elétrico com caçamba
Valor unitário: R$ 6.950,00
Modelo com motor elétrico e caçamba
Valor unitário: R$ 12.500,00
Modelos com motor elétrico e caçamba de alumínio
totalmente fechada
Valor unitário: R$ 13.400,00
https://consulta.siscam.com.br/camaraitajuba/arquivo?Id=38789