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Volta às aulas presenciais preocupa professores em Araguari

ter, 4 de maio de 2021 08:03

Da Redação

Secretário de Educação, Gilmar Chaves, garante retorno às aulas presenciais com segurança e seguindo protocolos sanitários

A área educacional e todo o sistema de educação vivem uma das maiores incerteza em meio à pandemia causada pela disseminação da Covid-19. A discussão em torno do retorno presencial às aulas está presente tanto entre os setores governamentais quanto entre os profissionais da área e as famílias dos estudantes.

Mantidos pelo ensino remoto e por apostilas confeccionadas pelo Poder Público, os alunos das redes estadual e municipal de educação seguem sem ter certeza de quando e em quais condições voltarão a frequentar as salas de aula. Os professores sofrem com o mesmo dilema.

A reportagem da Gazeta já havia fala com o SindUte em Araguari (Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais), que informou que a volta às aulas presenciais sem a vacinação dos alunos e professores “traria mais problemas do que solução”, se referindo ao aumento da disseminação da doença que poderia ser desencadeado. Os servidores temem retornar sem ser imunizados, o que gera insatisfação.

Professora de Educação Física da rede municipal, Aline Costa, fala a respeito do medo a que estão submetidos os servidores. “Nós nos sentimos inseguros, mesmo com vacina. Cientificamente falando, a vacinação demorada e parcial favorece o aparecimento de variantes resistentes ao imunizante. Acreditamos que, além da vacinação, que é imprescindível, precisamos de EPIs adequados e fornecidos pelo empregador, assim como adequações sanitárias e prediais, para que o retorno seja seguro [para todos]”, disse à reportagem.

A profissional ainda expõe que o país vive o pior momento da pandemia, e que o sistema de saúde pode voltar a ficar sobrecarregado novamente. “Nós, professores, estamos trabalhando no ensino remoto. Mesmo que o estado não os tenha oferecido, temos nos desdobrado para oferecer o nosso melhor com recursos próprios. É preciso que fique claro que as aulas presenciais foram interrompidas para evitar a contaminação generalizada, e não para ‘preservar os professores’. O fechamento das escolas resguarda a vida da população como um todo. Temos que lembrar que a cada três pessoas hospitalizadas, uma falece. Inevitavelmente, muitas pessoas adoecerão com a abertura das escolas, como mostram os exemplos dentro e fora do Brasil. Ainda estamos no pico da pandemia. A volta às aulas sobrecarregará, mais uma vez, os sistemas de saúde e funerário”, conclui.

Apesar de ainda não haver data definida para o retorno presencial na rede estadual de ensino, há a expectativa de que a volta aconteça ainda no primeiro semestre deste ano. Vale lembrar que a vacinação segue em um ritmo lento e que apenas uma pequena parcela da população foi imunizada

Na rede municipal, quatro unidades já têm previsão de retorno para o dia 10 de maio (próxima segunda-feira), sendo elas o CEM CAIC, CEM Professor Hermengildo Marques Veloso, CEM Papa João XXIII e o CEM Vilagran Cabrita.

De acordo com o secretário municipal de Educação, Gilmar Chaves, a volta será de forma híbrida e seguindo as normas sanitárias. “Seguiremos o protocolo de segurança em relação à Covid-19. O retorno será escalonado, com ‘rodízio’ de alunos nas unidades, com uma quantidade muito pequena de estudantes. Tudo isso visa dar maior segurança para todos. Os pais, ainda, terão direito de só enviar seus filhos para as escolas se sentirem segurança para tal, podendo continuar o estudo de forma remota como já acontece hoje”, disse o chefe da pasta da educação, que garantiu a segurança de todos.

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