Tratamento precoce: prefeitura de Araguari recua e anuncia estudo de viabilidade do método
qua, 10 de março de 2021 00:20Da redação
Em meio à pandemia causada pela covid-19, a busca por medidas que podem amenizar os danos causados pelo vírus é constante, tanto por parte do Poder Público quanto da sociedade.
Na última sexta-feira, 5, o prefeito Renato Carvalho (Republicanos) havia falado sobre o cenário pandêmico em Araguari e anunciou diversas restrições. Além disso, o chefe do Executivo comentou a respeito do chamado ‘tratamento precoce’ e destacou que essa terapia não possuía as comprovações clínicas e científicas consistentes que são necessárias. Entretanto, no início desta semana, após se reunir com um grupo de profissionais da saúde que defende a profilaxia, Renato voltou atrás e anunciou que será feito um ‘estudo de viabilidade técnica e jurídica’ a respeito do tratamento precoce.
A medida a qual o prefeito se refere, busca entender os medicamentos usados, os custos e outras questões técnicas, além das possibilidades dentro da lei, no que diz respeito à ‘viabilidade jurídica’.
Procurado pela Gazeta, o secretário de Gabinete municipal, Flávio Soares, esclareceu que a prefeitura na verdade não estaria “apoiando o tratamento precoce, mas considerando como uma opção”. “Não vamos distribuir nenhum tipo de ‘kit’, algumas pessoas têm contraindicações para algumas medicações desse tratamento. A única coisa que está sendo feita é considerar a profilaxia como mais uma opção para o tratamento, após conclusão do estudo de viabilidade, que deve ser recomendado a critério do médico e vontade do paciente. Ainda, a maior parte dos médicos não adota esse método”, apontou o secretário.
Os dados da pandemia em Araguari têm se ‘estabilizado’ e apresentado uma leve melhora em comparação com semanas anteriores. O que pode ter ocorrido, principalmente, em razão das medidas restritivas adotadas no município, de acordo com avaliação da gestão.
CENÁRIO MUNICIPAL
Os números atuais apontam 9.066 casos positivos para Covid-19, 1.964 em monitoramento, sendo 876 confirmados e 1.088 suspeitos. Há 244 óbitos causados pela doença registrados, e mais três suspeitos. No que diz respeito à ocupação dos leitos de UTI, são 27 pacientes na Santa Casa de Misericórdia, representando 90% de sua ocupação máxima. Ainda, estão ocupados 13 (52%) leitos de enfermaria no Hospital de Campanha, cinco (71%) na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), seis (100%) no Hospital São Sebastião, seis (50%) no Hospital Santo Antônio e dois na Santa Casa. As informações constam no último boletim epidemiológico municipal, divulgado pela prefeitura nesta terça, 9.
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