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Coluna: Fora da Curva (04/12)

sex, 4 de dezembro de 2020 19:11

FORA

“…Como consequência, terão que rever alianças, estratégias e posturas para que retornem às posições das quais jamais deveriam ter saído: a de representantes majoritários dos interesses de todos araguarinos…”


Limpando o tabuleiro
De maneira discreta, porém cuidadosamente calculada – como sempre agiu -, Marcos Coelho está a menos de 30 dias de encerrar este segundo mandato frente à Prefeitura com a imagem menos desgastada do que aquela que possuía há apenas 3 meses, quando ainda cogitava uma disputa para a reeleição e percebeu-se inviabilizado por circunstâncias desfavoráveis.

Marcão, recomeçando o jogo…?!?
Sua ausência das discussões, que o processo eleitoral produz naturalmente, o pouparam de apresentar diversos esclarecimentos sobre promessas de campanha não cumpridas (como aquela de “dobrar a capacidade da UPA”), ou sobre os escândalos e investigações envolvendo aliados políticos e integrantes de seu governo. O fato é que Marcão ainda respira na política e se reposiciona claramente para possibilidades futuras; afinal de contas, boa parte daqueles que o apoiavam em 2016, novamente elegeram um novo prefeito em 2020… de agora, até 2022, muito se revelará!

Efeito reverso
Curiosamente, os Deputados Zé Vitor e Raul Belém seguiram o caminho contrário do atual Prefeito Marcos Coelho e arriscaram indevidamente o bom prestígio político que possuíam há apenas 3 meses, quando optaram por ingressar diretamente (e desnecessariamente) numa disputa eleitoral para a qual não deveria importar-lhes o vencedor ou vencidos. Como consequência, terão que rever alianças, estratégias e posturas para que retornem às posições das quais jamais deveriam ter saído: a de representantes majoritários dos interesses de todos araguarinos.

Enquanto isso, do “outro lado”…
O grupo “vencedor” das eleições, que potencializou a vitória do Major Renato – praticamente o mesmo conjunto de pessoas que venceu as eleições de 2016 -, claramente possui afinidade com os deputados Doorgal Andrada e Lafayette Andrada, fato que remete ao entendimento de que esta dupla de parlamentares deverá atuar de maneira ainda mais expressiva e efetiva em Araguari.

Quem ganha…?
Obviamente que Araguari poderá e deverá ganhar muito com todo este cenário de futura disputa pela hegemonia dos votos em 2022; os quatro deputados que hoje gozam de maior notoriedade junto ao eleitorado local deverão, obviamente, mostrar ainda mais serviços que justifiquem as preferências dos Araguarinos. No meio do caminho haverá um personagem que poderá dar o tom a esta já provável concorrência. Sim, caberá ao Prefeito Renato Carvalho a “missão” de potencializar todo este “arsenal” de prováveis benefícios parlamentares em favor exclusivo dos interesses dos Araguarinos. Exemplo negativo de como não fazer isto ele já possui, vindo inclusive da dupla de deputados residentes na cidade; afinal ele o “Major” foi eleito para ser o Prefeito de todos os araguarinos.

 

Meias-verdades
Ainda não agora, mas nas próximas semanas, o governo que ora encerra as atividades irá garantir que terá deixado a Prefeitura com as “contas em dia” e “dinheiro em caixa” e a nova administração afirmará exatamente ao contrário. Nesta semana, Marcos Coelho deu o tom ao permitir que “vazasse” um pseudo relatório onde 44 milhões eram apresentados como “saldo disponível” para o Município. Meia-verdade, é claro, pois se tratavam de verbas cujas origens são de natureza vinculada para educação e saúde e, ainda, saldo de contrato de empréstimo (FINISA), cuja finalidade também é específica para obras de infraestrutura.

Cadê o Legislativo (1)?
A “transição governamental” começou, mais de 3 dezenas de pessoas foram nomeadas pelo Prefeito eleito, porém não há qualquer tipo de transparência pública sobre o modelo de trabalho adotado e, principalmente, acerca do teor das informações requeridas e quais os conteúdos das respostas que foram apresentadas. O fato é que a presença efetiva com acompanhamento destas ações por parte do Poder Legislativo – leia-se, vereadores do atual mandato – fiscalizando procedimentos e requerendo cópias de todas as documentações que irão circular durante este período é de suma importância para a real compreensão e formal registro de todo este importante processo que deverá, em primeiro momento, assegurar a plena continuidade dos serviços públicos.

 

Cadê o Legislativo (2)? Ainda há tempo!
Ainda há tempo de ser constituída uma “Comissão Especial” na Câmara para que todo este processo de “transição governamental” receba o devido acompanhamento pelo Poder Fiscalizador, cuja participação imprescindível proporcionará, além da transparência, muito mais segurança e harmonia; tanto para quem conclui o mandato, quanto para aqueles que iniciarão um novo período de governo.
Até a próxima, abraços!

5 Comentários

  1. Anônimo disse:

    Aquele lá deve estar na labuta pra ver se consegue tirar o Major. Não vai ter jeito, pode conformar.
    Não vá lá levar uma garrafa de mel para tentar passar na boca do Major, dizendo assim: Se não colocar os meus aí eu não trago dinheiro para a cidade. NÃO VAI FAZER A MENOR FALTA, POIS NUNCA TROUXE. E além disso tem gente que já está com o filme queimadinho, queimadinho. Prestígio político para mim é trazer verbas para a cidade e fora para esse povo que vive na picuinha. Quem trabalha contra a cidade tem mais é que ficar em casa.

  2. Anônimo disse:

    Esse cargo de vereador é inútil. Mais inútil ainda é o salário deles. Mais de 500 deputados e senadores fazendo leis que só prejudicam a população. O povo pensa que a culpa é da justiça, a culpa é dos políticos. Enquanto a justiça estiver atrelada à política só veremos injustiça. Vários países já extinguiram esse cargo de vereador, quem deveria ganhar o que eles ganham seriam os policiais, bombeiros, professores. Eu não consigo entender como um médico que gastou para estudar, quando vai trabalhar em um órgão público ser mal remunerado. Por isso que esse país está arrombado. O grande problema desse país chama-se políticos, principalmente aqueles que não ficam satisfeitos com o que ganham. Se pensassem mais nas cidades, seria diferente, mas só pensam no bem estar de seus familiares.

  3. Renata Mendes disse:

    Muito bom! Espero que prefeito, vereadores e os que num futuro bem próximo irão tomar posse desses cargos acompanhem essa coluna! Só verdades!

  4. Paulo Sérgio Rodrigues da Cunhs disse:

    Amigo Milton Eduardo, parabens pelo sei diagnóstico político. Marcão optou em afastar de sua vaidade concorrer ao 3o Mandato, fato nunca ocorrido em Araguari. Não tinha nenhuma chance, teria que enfrentar as cobranças assumidas nas eleições de 2016 das quais não foram cumpridas. Totalmente dedpreparado

  5. Tatiana Rettenmaier de Paula disse:

    Que adoráveis entre linhas hein!?
    Fabuloso Nilton Eduardo!

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