Da Redação

Alguns grupos afirmam que o crescimento de casos está relacionado ao retorno do comércio

Em virtude do aumento de casos relacionados ao coronavírus e dos números de leitos reduzidos no estado, várias cidades decidiram estabelecer novas medidas quanto à flexibilização de serviços, visando evitar a transmissão da covid-19. Em Uberlândia, por exemplo, a administração municipal que havia liberado as atividades econômicas decidiu restringir os horários de funcionamento do comércio para evitar a aglomeração de pessoas.

Em Araguari, o assunto voltou a ser tratado na manhã desta sexta-feira, 5. Durante reunião, o Comitê de Enfrentamento da doença, juntamente com equipes técnicas da Vigilância Epidemiológica e representantes do Executivo, analisou o cenário epidemiológico municipal, os critérios técnicos para flexibilização de atividades e a taxa atual de ocupação de leitos na macrorregião.

“Averiguamos que há uma forte tendência de crescimento nos números de casos confirmados não apenas em Araguari, mas em toda macrorregião e a ocupação de leitos que também está bem alta. Também temos visto que várias cidades da região retrocederam em suas flexibilizações e, assim, discutimos os critérios para retorno de algumas atividades, mas diante da situação não foi votada nenhuma flexibilização neste momento. Achamos por bem não deliberar nenhuma flexibilização em nenhum setor do município, ” afirmou.

Segundo ele, a decisão foi majoritária seguindo todas as recomendações para garantir a segurança dos araguarinos. “As equipes técnicas têm realizado diariamente o monitoramento de todas notificações no município, diante disso, entendemos que é um cenário mais crítico, pois estamos chegando ao momento mais difícil no combate ao coronavírus, ” completou.

Dentre os principais assuntos está a venda e consumo de bebidas alcoólicas nos estabelecimentos comerciais da cidade, como restaurantes, lanchonetes e lojas de conveniência.  A prática está proibida por decreto municipal e tem dividido opiniões.

Em Araguari, segundo o boletim epidemiológico mais recente divulgado pela pasta municipal, há 111 casos confirmados e 1.254 suspeitos. Já o número de casos suspeitos que se encontram internados apresentou uma diminuição considerável.  O boletim anterior apontava 11 casos, diminuindo para 6 na última atualização.

Entretanto, esses dados ainda não constam no informativo diário da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) que aponta para 32 pacientes infectados e 15 em acompanhamento. O documento mostra ainda que a pandemia está avançando em Minas Gerais, onde já são 344 mortes e 13.995 casos confirmados.

Ao todo, 118 cidades mineiras já registram mortes pela doença e 487 têm casos confirmados. A cidade com mais óbitos continua sendo Belo Horizonte, com 58 mortes e 2.247 casos. Na sequência vem Juiz de Fora, na Zona da Mata, com 30 óbitos e 645 infectados e Uberlândia, por sua vez aparece na lista com 25 mortos e 1.130 pessoas com a doença. Ainda segundo o boletim, das pessoas com casos confirmados, 7.703 estão em acompanhamento e 5.948 estão recuperados da doença.

Há ainda 2.046 pacientes internados e 7.081 em isolamento domiciliar, além disso, foram realizados pela rede pública de Minas 24.018 exames para a doença e 2.133 deram positivos e 20.953 negativos. Há ainda 698 exames aguardando a análise e 234 resultados inconclusivos. Além das mortes e confirmações pela Covid-19, Minas teve um aumento de 659% nas internações por síndrome respiratória aguda grave nas primeiras 22 semanas de 2020, se comparadas ao mesmo período do ano passado.